O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White
O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa. O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.
O Grande Conflito reergueram-se negros cadafalsos; e de novo encerraram-se as cenas do dia com horríveis execuções; Luiz XVI, lutando de mãos com seus carcereiros e executores, era arrastado para o cepo e ali seguro violentamente até cair o machado e sua decepada cabeça rolar no tablado.” — Wylie. E não foi o rei a única vítima; perto do mesmo local dois mil e oitocentos seres humanos pereceram pela guilhotina durante os sanguinários dias do Reinado do Terror. A Reforma apresentara ao mundo a Bíblia aberta, desvendando os preceitos da lei de Deus e insistindo quanto aos seus requisitos para com a consciência das pessoas. O amor infinito manifestara aos homens os estatutos e princípios do Céu. Deus dissera: “Guardaios pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos e dirão: Este grande povo só é gente sábia e entendida.” Deuteronômio 4:6. Quando a França rejeitou a dádiva do Céu, lançou as sementes da anarquia e ruína e a inevitável operação de causa e efeito resultou na Revolução e no Reinado do Terror. Muito tempo antes da perseguição provocada pelos cartazes, o ousado e ardoroso Farel fora obrigado a fugir da terra de seu nascimento. Seguiu para a Suíça e, mediante seus labores, secundando a obra de Zwínglio, auxiliou a fazer pender a balança a favor da Reforma. Seus últimos anos deveriam ser ali despendidos; todavia continuou a exercer decidida influência sobre a Reforma na França. Durante os primeiros anos de exílio, seus esforços foram especialmente dirigidos no sentido de propagar o evangelho em seu país natal. Empregou tempo considerável com a pregação entre seus compatriotas próximo da fronteira, onde, com incansável vigilância, observava o conflito e auxiliava com suas palavras de animação e conselho. Com o auxílio de outros exilados, os escritos dos reformadores alemães foram traduzidos para a língua francesa, juntamente com a Bíblia em francês, impressos em grande quantidade. Por colportores foram estas obras extensamente vendidas na França. Eram fornecidas aos colportores por um preço baixo, e assim os lucros do trabalho os habilitavam a continuar. Farel entrou para o seu trabalho na Suíça com as humildes vestes de mestre-escola. Dirigindo-se a uma paróquia afastada, dedicou-se à instrução das crianças. Além das matérias usuais de ensino, cautelosamente introduziu as verdades da Escritura, esperando atingir os pais mediante as crianças. Alguns houve que creram, mas os padres se apresentaram para deter o trabalho, e o supersticioso povo do campo ergueu-se para se opor ao mesmo. “Este não pode ser o evangelho de Cristo”, insistiam os padres, “sendo que a pregação disto não traz paz, mas guerra.” — Wylie. Semelhante aos primeiros discípulos, quando perseguido em uma cidade, fugia para outra. De vila em vila, de cidade em cidade, ia ele, viajando a pé, suportando fome, frio e cansaço, e por toda parte em perigo de vida. Pregava nas praças, nas igrejas, algumas vezes nos púlpitos das catedrais. Por vezes encontrava a igreja vazia de 151
O Grande Conflito ouvintes; outras vezes era sua pregação interrompida com brados e zombaria; outras, ainda, era com violência arrancado do púlpito. Mais de uma vez foi apanhado pela plebe e espancado quase até morrer. Contudo, prosseguia. Posto que freqüentemente repelido, voltava com incansável persistência ao ataque; e uma após outra, via vilas e cidades, que haviam sido redutos do papado, abrirem as portas ao evangelho. A pequena paróquia em que a princípio trabalhara, logo aceitou a fé reformada. As cidades de Morat e Neuchatel também renunciaram aos ritos romanos, removendo de suas igrejas as imagens idolátricas. Farel havia muito desejara implantar as normas protestantes em Genebra. Se essa cidade pudesse ser ganha, seria um centro para a Reforma na França, na Suíça e na Itália. Com este objetivo diante de si, continuou com seus trabalhos até que foram ganhas muitas das cidades e aldeias circunjacentes. Então, com um único companheiro, entrou em Genebra. Mas foi-lhe permitido pregar apenas dois sermões. Os padres, tendo-se vãmente esforçado por conseguir sua condenação pelas autoridades civis, chamaram-no perante um concílio eclesiástico, ao qual chegaram com armas escondidas debaixo das vestes, decididos a tirar-lhe a vida. Fora do salão da assembléia reuniu-se uma populaça furiosa, com clavas e espadas, para garantir a sua morte caso conseguisse escapar do concílio. A presença dos magistrados e de uma força armada, entretanto, salvou-o. Cedo, na manhã seguinte, foi com seu companheiro conduzido através do lago para um lugar de segurança. — Assim terminou seu primeiro esforço para evangelizar Genebra. Para a próxima prova foi escolhido um instrumento mais humilde — um jovem tão modesto na aparência, que foi tratado friamente mesmo pelos professos amigos da Reforma. Mas que poderia ele fazer onde Farel havia sido rejeitado? Como poderia alguém de pouca experiência e coragem resistir à tempestade, diante da qual os mais fortes e bravos haviam sido obrigados a fugir? “Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor.” Zacarias 4:6. “Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes.” “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” 1 Coríntios 1:27, 25. Froment iniciou o seu trabalho como mestre-escola. As verdades que na escola ensinava às crianças, estas repetiam em casa. Logo os pais foram ouvir a explicação da Bíblia, até que a sala de aulas se encheu de atentos ouvintes. Novos Testamentos e folhetos foram livremente distribuídos, e atingiram a muitos que não ousavam ir abertamente ouvir as novas doutrinas. Depois de algum tempo este obreiro foi também obrigado a fugir; mas as verdades que ensinara tinham tomado posse do espírito das pessoas. A Reforma fora implantada, e continuou a se fortalecer e estabelecer-se. Os pregadores voltaram e, mediante seus trabalhos, o culto protestante foi finalmente estabelecido em Genebra. 152
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Contudo, prosseguia. Posto que freqüentemente repelido, voltava com incansável persistência ao<br />
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evangelho. A pequena paróquia em que a princípio trabalhara, logo aceitou a fé reformada. As cidades<br />
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Farel havia muito desejara implantar as normas protestantes em Genebra. Se essa cidade pudesse<br />
ser ganha, seria um centro para a Reforma na França, na Suíça e na Itália. Com este objetivo diante de<br />
si, continuou com seus trabalhos até que foram ganhas muitas das cidades e aldeias circunjacentes.<br />
Então, com um único companheiro, entrou em Genebra. Mas foi-lhe permitido pregar apenas dois<br />
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chamaram-no perante um concílio eclesiástico, ao qual chegaram com armas escondidas debaixo das<br />
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clavas e espadas, para garantir a sua morte caso conseguisse escapar do concílio. A presença dos<br />
magistrados e de uma força armada, entretanto, salvou-o. Cedo, na manhã seguinte, foi com seu<br />
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Para a próxima prova foi escolhido um instrumento mais humilde — um jovem tão modesto na<br />
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deste mundo para confundir as fortes.” “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a<br />
fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” 1 Coríntios 1:27, 25.<br />
Froment iniciou o seu trabalho como mestre-escola. As verdades que na escola ensinava às<br />
crianças, estas repetiam em casa. Logo os pais foram ouvir a explicação da Bíblia, até que a sala de<br />
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atingiram a muitos que não ousavam ir abertamente ouvir as novas doutrinas. Depois de algum tempo<br />
este obreiro foi também obrigado a fugir; mas as verdades que ensinara tinham tomado posse do<br />
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