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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

artífices. O rei, em vez de proibir essas assembléias, ordenou que duas das igrejas de Paris fossem<br />

abertas. Nunca dantes fora a cidade tão comovida pela Palavra de Deus. O espírito de vida, proveniente<br />

do Céu, parecia estar bafejando o povo. Temperança, pureza, ordem e trabalho estavam a tomar o lugar<br />

da embriaguez, libertinagem, contenda e ociosidade.<br />

A hierarquia, <strong>por</strong>ém, não estava ociosa. O rei ainda se recusava a intervir no sentido de sustar a<br />

pregação, e aquela se volveu para a populaça. Não se poupavam meios para excitar os temores,<br />

preconceitos e fanatismo das multidões ignorantes e supersticiosas. Entregando-se cegamente a seus<br />

falsos ensinadores, Paris, como Jerusalém na antiguidade, não conheceu o tempo de sua visitação, nem<br />

as coisas que pertenciam à sua paz. Durante dois anos a Palavra de Deus foi pregada na capital; mas,<br />

ao mesmo tempo em que havia muitos que aceitavam o evangelho, a maioria das pessoas o rejeitavam.<br />

Francisco dera mostra de tolerância, meramente para servir a seus próprios propósitos, e os romanistas<br />

conseguiram readquirir a ascendência. De novo se fecharam as igrejas e ateou-se a fogueira.<br />

Calvino ainda estava em Paris, preparando-se pelo estudo, meditação e oração, para os seus<br />

futuros labores, e continuando a disseminar a luz. Finalmente, <strong>por</strong>ém, firmou-se contra ele a suspeita.<br />

As autoridades resolveram levá-lo às chamas. Considerando-se seguro em sua reclusão, não tinha idéia<br />

do perigo, quando amigos vieram precipitadamente a seu quarto com as notícias de que oficiais<br />

estavam a caminho para prendê-lo. Naquele instante ouviu-se uma forte pancada na <strong>por</strong>ta exterior. Não<br />

havia um momento a perder. Alguns amigos detiveram os oficiais à <strong>por</strong>ta, enquanto outros ajudavam<br />

o reformador a descer <strong>por</strong> uma janela; e rapidamente saiu para os extremos da cidade. Encontrando<br />

abrigo na cabana de um trabalhador amigo da Reforma, disfarçou-se nos trajes de seu hospedeiro e,<br />

levando ao ombro uma enxada, partiu em sua jornada. Viajando para o sul, encontrou novamente<br />

refúgio nos domínios de Margarida. — História da Reforma no Tempo de Calvino. — Ver D’Aubigné.<br />

Ali, <strong>por</strong> alguns meses, permaneceu em segurança sob a proteção de poderosos amigos, e como<br />

dantes, empenhado no estudo. Mas seu coração estava determinado a fazer a evangelização da França,<br />

e ele não poderia ficar <strong>por</strong> muito tempo inativo. Logo que a tempestade amainou um pouco, procurou<br />

um novo campo de trabalho em Poitiers, onde havia uma universidade, e onde já as novas opiniões<br />

alcançavam aceitação. Pessoas de todas as classes ouviam alegremente o evangelho. Não havia<br />

pregação pública, mas na casa do magistrado principal, em seus próprios cômodos, e algumas vezes<br />

num jardim público, Calvino desvendava as palavras de vida eterna aos que as desejavam ouvir. Depois<br />

de algum tempo, aumentando o número dos ouvintes, foi considerado mais seguro reunirem-se fora da<br />

cidade. Uma caverna ao lado de uma garganta profunda e estreita, onde árvores e pedras salientes<br />

tornavam a reclusão ainda mais completa, fora escolhida como o local para as reuniões. Pequenos<br />

grupos, que deixavam a cidade <strong>por</strong> estradas diferentes, dirigiamse para ali. Neste ponto isolado, a<br />

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