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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Ora, compreendendo que jamais poderia tornar-se padre, volveu <strong>por</strong> algum tempo ao estudo das<br />

leis, mas abandonou finalmente este propósito e resolveu dedicar a vida ao evangelho. Hesitou, <strong>por</strong>ém,<br />

em se fazer pregador público. Era naturalmente tímido, é pesava-lhe a intuição das graves<br />

responsabilidades daquele cargo, desejando ainda dedicar-se ao estudo. Os ardorosos rogos de seus<br />

amigos, entretanto, alcançaram finalmente o seu consentimento. “É maravilhoso”, disse ele, “que<br />

pessoa de tão humilde origem fosse exaltada a tão grande dignidade.” — Wylie.<br />

Calmamente deu Calvino início à sua obra, e suas palavras foram como o orvalho que caía para<br />

refrigerar a terra. Deixara Paris, e então se encontrava numa cidade provinciana sob a proteção da<br />

princesa Margarida, que, amando o evangelho, estendia seu amparo aos discípulos do mesmo. Calvino<br />

era ainda jovem, de <strong>por</strong>te gentil e despretensioso. Começou o trabalho nos lares do povo. Rodeado<br />

dos membros da família, lia a Escritura e desvendava as verdades da salvação. Os que ouviam a<br />

mensagem, levavam as boas novas a outros, e logo o ensinador passou para além da cidade, às vilas e<br />

aldeias adjacentes. Encontrava ingresso tanto no castelo como na cabana e ia avante, lançando o<br />

fundamento de igrejas que deveriam dar corajoso testemunho da verdade.<br />

Decorridos alguns meses, achou-se de novo em Paris. Havia desusada agitação nas rodas dos<br />

homens ilustrados e eruditos. O estudo das línguas antigas conduzira os homens à Bíblia, e muitos,<br />

cujo coração não fora tocado pelas suas verdades, discutiam-nas avidamente, dando mesmo combate<br />

aos campeões do romanismo. Calvino, se bem que fosse hábil lutador nos campos da controvérsia<br />

religiosa, tinha a cumprir uma missão mais elevada do que a daqueles teólogos ruidosos. O espírito<br />

dos homens estava agitado, e esse era o tempo para lhes desvendar a verdade. Enquanto os salões da<br />

Universidade ecoavam do rumor das discussões teológicas, Calvino prosseguia de casa em<br />

casa,abrindo a Escritura ao povo,falando-lhes de Cristo, o Crucificado.<br />

Na providência de Deus, Paris deveria receber outro convite para aceitar o evangelho. Rejeitara<br />

o apelo de Lefèvre e Farel, mas de novo a mensagem deveria ser ouvida <strong>por</strong> todas as classes naquela<br />

grande capital. O rei, influenciado <strong>por</strong> considerações políticas, não tinha ainda tomado completamente<br />

sua atitude ao lado de Roma contra a Reforma. Margarida ainda se apegava à esperança de que o<br />

protestantismo triunfasse na França. Resolveu que a fé reformada fosse pregada em Paris. Durante a<br />

ausência do rei, ordenou a um ministro protestante que pregasse nas igrejas da cidade. Sendo isto<br />

proibido pelos dignitários papais, a princesa abriu as <strong>por</strong>tas do palácio. Um de seus compartimentos<br />

foi improvisado em capela e anunciou-se que diariamente, em hora determinada, seria pregado um<br />

sermão, sendo o povo de todas as classes e condições convidado a comparecer. Multidões<br />

congregavam-se para assistir ao culto. Não somente a capela, mas as antecâmaras e vestíbulos<br />

regurgitavam. Milhares se reuniam todos os dias — nobres, estadistas, advogados, negociantes e<br />

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