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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Capítulo 11 — Os Príncipes Amparam a Verdade<br />

Um dos mais nobres testemunhos já proferidos pela Reforma, foi o protesto apresentado pelos<br />

príncipes cristãos da Alemanha, na Dieta de Espira, em 1529. A coragem, fé e firmeza daqueles<br />

homens de Deus, alcançaram para os séculos que se seguiram, a liberdade de pensamento e<br />

consciência. O protesto deu à igreja reformada o nome de Protestante; seus princípios são “a própria<br />

essência do protestantismo.” — D’Aubigné.<br />

Uma época tenebrosa e ameaçadora havia chegado para a Reforma. Apesar do edito de Worms,<br />

declarando Lutero proscrito, e proibindo o ensino ou a crença de suas doutrinas, até ali prevalecera no<br />

império a tolerância religiosa. A providência divina repelira as forças que se opunham à verdade.<br />

Carlos V estava inclinado a aniquilar a Reforma, mas, muitas vezes, quando levantara a mão para dar<br />

o golpe, fora obrigado a desviá-lo. Repetidas vezes a imediata destruição de tudo que ousava o<strong>por</strong>-se<br />

a Roma parecia inevitável; mas no momento crítico os exércitos dos turcos apareciam na fronteira<br />

oriental, ou o rei da França, ou mesmo o próprio papa, cioso da crescente grandeza do imperador,<br />

contra ele faziam guerra; e, assim, entre a contenda e o tumulto das nações, a Reforma teve<br />

o<strong>por</strong>tunidade de fortalecer-se e estender-se.<br />

Finalmente, entretanto, os soberanos católicos coagiram seus feudos a que fizessem causa<br />

comum contra os reformadores. A Dieta de Espira, em 1526, dera a cada Estado ampla liberdade em<br />

matéria religiosa, até à reunião de um concílio geral; mas, mal haviam passado os perigos que<br />

asseguraram aquela concessão, o imperador convocou uma segunda Dieta a se reunir em Espira, em<br />

1529, com o fim de destruir a heresia. Os príncipes deveriam ser induzidos, <strong>por</strong> meios pacíficos, sendo<br />

possível, a se colocarem contra a Reforma; mas, se tais meios falhassem, Carlos estava preparado para<br />

recorrer à espada.<br />

Os romanistas estavam jubilosos. Compareceram em Espira em grande número, manifestando<br />

abertamente sua hostilidade para com os reformadores e todos os que os favoreciam. Disse Melâncton:<br />

“Nós somos o ódio e a escória do mundo; mas Cristo olhará para o Seu pobre povo e o preservará.” —<br />

D’Aubigné. Aos príncipes evangélicos que assistiam à Dieta foi até proibido que se pregasse o<br />

evangelho em sua residência. Mas o povo de Espira tinha sede da Palavra de Deus e, apesar da<br />

proibição, milhares se congregavam para os cultos realizados na capela do eleitor da Saxônia.<br />

Isso apressou a crise. Uma mensagem imperial anunciou à Dieta que, como a resolução que<br />

concedia liberdade de consciência havia dado origem a grandes desordens, o imperador exigia fosse<br />

ela anulada. Este ato arbitrário excitou a indignação e alarma dos cristãos evangélicos. Disse um deles:<br />

“Cristo caiu de novo às mãos de Caifás e Pilatos.” Os romanistas tornaram-se mais violentos. Um<br />

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