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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

eles as Escrituras Sagradas não eram senão letra morta, e todos eles começaram a clamar: ‘O Espírito!<br />

o Espírito!’ Mas, certamente não seguirei para onde seu espírito os conduz. Deus me guarde, pela Sua<br />

misericórdia, de uma igreja em que não há senão santos. Desejo associar-me aos humildes, fracos,<br />

doentes, que conhecem e sentem seus pecados, e que, do fundo do coração, gemem e clamam<br />

continuamente a Deus, para obter dEle consolação e apoio.” — D’Aubigné.<br />

Tomaz Münzer, o mais ativo dos fanáticos, era homem de considerável habilidade, que,<br />

corretamente dirigida, o teria capacitado a fazer o bem; mas ele não aprendera os rudimentos da<br />

verdadeira religião. “Possuía-o o desejo de reformar o mundo e esquecia-se, como o fazem todos os<br />

entusiastas, de que a reforma deveria começar consigo mesmo.” — D’Aubigné. Ambicionava obter<br />

posição e influência, e não estava disposto a ficar em segundo lugar, mesmo em relação a Lutero.<br />

Declarava que os reformadores, substituindo pela autoridade das Escrituras a do papa, estavam apenas<br />

estabelecendo uma forma diversa de papado. Ele próprio pretendia haver sido divinamente incumbido<br />

de introduzir a verdadeira reforma. “Aquele que possui este espírito”, disse Münzer, “possui a<br />

verdadeira fé, ainda que em sua vida nunca visse as Escrituras.” — D’Aubigné.<br />

Os ensinadores fanáticos entregaram-se à direção das impressões, considerando todo<br />

pensamento e impulso como sendo a voz de Deus; conseqüentemente iam a grandes extremos. Alguns<br />

queimaram mesmo a Bíblia, exclamando: “A letra mata, mas o Espírito vivifica.” O ensino de Münzer<br />

apelava para o desejo humano do maravilhoso, enquanto satisfazia seu orgulho colocando virtualmente<br />

as idéias e opiniões dos homens acima da Palavra de Deus. Suas doutrinas eram recebidas <strong>por</strong> milhares.<br />

Logo denunciou toda a ordem no culto público, e declarou que obedecer aos príncipes era tentar servir<br />

simultaneamente a Deus e a Belial.<br />

O espírito do povo, começando já a arremessar o jugo do papado, estava-se também tornando<br />

impaciente sob as restrições da autoridade civil. Os ensinos revolucionários de Münzer, pretendendo<br />

sanção divina, levaram-nos a romper com todo domínio e dar rédeas a seus preconceitos e paixões.<br />

Seguiram-se as mais terríveis cenas de sedição e contenda, e os campos da Alemanha embeberam-se<br />

de sangue. A agonia d’alma que, havia tanto tempo antes, Lutero experimentara em Erfurt, oprimia-o<br />

agora com redobrada força, vendo ele os resultados do fanatismo imputados à Reforma. Os príncipes<br />

romanistas declaravam — e muitos estavam prontos a dar crédito à declaração — que a rebelião era o<br />

fruto legítimo das doutrinas de Lutero. Conquanto esta acusação não tivesse o mínimo fundamento,<br />

não poderia senão causar grande angústia ao reformador. Que a causa da verdade fosse assim<br />

infelicitada, sendo emparelhada com o mais ignóbil fanatismo, parecia mais do que ele poderia<br />

su<strong>por</strong>tar. Por outro lado, os chefes da revolta odiavam a Lutero <strong>por</strong>que ele não somente se opusera a<br />

suas doutrinas e negara ser de inspiração divina o que pretendiam, mas declarara-os rebeldes à<br />

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