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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

de seus próprios sentimentos e impressões. Por este ato de pôr de lado o grande indicador do erro e<br />

falsidade, fora aberto o caminho para Satanás governar os espíritos como melhor lhe aprouvesse.<br />

Um desses profetas pretendia haver sido instruído pelo anjo Gabriel. Um estudante que se lhe<br />

unira, abandonara seus estudos declarando que fora pelo próprio Deus dotado de sabedoria para ex<strong>por</strong><br />

Sua Palavra. Outros que naturalmente eram propensos ao fanatismo, a eles se uniram. A ação destes<br />

entusiastas criou não pequeno excitamento. A pregação de Lutero tinha levado o povo em toda parte<br />

a sentir a necessidade de reforma, e agora algumas pessoas realmente sinceras foram transviadas pelas<br />

pretensões dos novos profetas. Os dirigentes do movimento seguiram para Wittenberg e instaram com<br />

Melâncton e seus cooperadores para que aceitassem suas pretensões. Disseram: “Nós somos enviados<br />

<strong>por</strong> Deus para instruir ao povo. Temos familiarmente entretido conversas com o Senhor; sabemos o<br />

que acontecerá; em uma palavra, somos apóstolos e profetas, e apelamos para o Dr. Lutero.” —<br />

D’Aubigné.<br />

Os reformadores estavam surpresos e perplexos. Com semelhante elemento não haviam ainda<br />

deparado, e não sabiam o que fazer. Disse Melâncton: “Há efetivamente espírito extraordinário nestes<br />

homens; mas que espírito? ... De um lado acautelemo-nos de entristecer o Espírito de Deus, e de outro,<br />

de sermos desgarrados pelo espírito de Satanás.” — D’Aubigné.<br />

O fruto do novo ensino logo se tornou manifesto. O povo foi levado a negligenciar a Bíblia, ou<br />

lançá-la inteiramente à parte. Nas escolas estabeleceu-se confusão. Estudantes, repelindo toda<br />

restrição, abandonavam seus estudos e retiravam-se da universidade. Os homens que se julgavam<br />

competentes para reanimar e dirigir a obra da Reforma, conseguiram unicamente levá-la às bordas da<br />

ruína. Os representantes de Roma recuperaram então sua confiança, e exclamaram exultantemente:<br />

“Mais uma luta, e tudo será nosso.” — D’Aubigné.<br />

Lutero, em Wartburgo, ouvindo o que ocorrera, disse com profundo pesar: “Sempre esperei que<br />

Satanás nos mandaria esta praga.” — D’Aubigné. Percebeu o verdadeiro caráter desses pretensos<br />

profetas, e viu o perigo que ameaçava a causa da verdade. A oposição do papa e do imperador não lhe<br />

tinha causado perplexidade e angústia tão grandes como as que experimentava agora. Dos professos<br />

amigos da Reforma haviam surgido seus piores inimigos. As mesmas verdades que lhe haviam trazido<br />

tão grande alegria e consolação, estavam sendo empregadas para provocar contenda e criar confusão<br />

na igreja.<br />

Na obra da Reforma, Lutero fora compelido à frente pelo Espírito de Deus, e levado além do que<br />

ele pessoalmente teria ido. Não se propusera assumir as posições que assumiu, nem efetuar mudanças<br />

tão radicais. Não fora senão o instrumento nas mãos do Poder infinito. Contudo, muitas vezes<br />

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