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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Deus provera a Seu servo nesta hora de perigo um meio para escapar ao mesmo. Um olhar<br />

vigilante acompanhava os movimentos de Lutero e um coração verdadeiro e nobre decidira o seu<br />

livramento. Era claro que Roma não se satisfaria com coisa alguma senão sua morte; unicamente<br />

ocultando-se poderia ele ser preservado das garras do leão. Deus dera sabedoria a Frederico da Saxônia<br />

para idear um plano destinado a preservar o reformador. Com a cooperação de verdadeiros amigos,<br />

executou-se o propósito do eleitor, e Lutero foi, de maneira eficiente, oculto de seus amigos e inimigos.<br />

Em sua viagem de volta para casa, foi preso, separado de seus assistentes e precipitadamente<br />

trans<strong>por</strong>tado através da floresta para o castelo de Wartburgo, isolada fortaleza nas montanhas. Tanto<br />

o rapto como o esconderijo foram de tal maneira envoltos em mistério, que até o próprio Frederico,<br />

durante muito tempo, não soube para onde fora ele conduzido. Esta ignorância não deixou de ter seu<br />

desígnio; enquanto o eleitor nada soubesse do paradeiro de Lutero, nada poderia revelar. Convenceuse<br />

de que o reformador estava em segurança e com isso se sentiu satisfeito.<br />

Passaram-se a primavera, o verão e o outono, e chegara o inverno, e Lutero ainda permanecia<br />

prisioneiro. Aleandro e seus partidários exultavam quando a luz do evangelho parecia prestes a<br />

extinguir-se. Mas, em vez disso, o reformador enchia sua lâmpada no repositório da verdade; e sua luz<br />

deveria resplandecer com maior brilho. Na proteção amiga de Wartburgo, Lutero durante algum tempo<br />

se regozijou em seu livramento do ardor e torvelinho da batalha. Mas não poderia <strong>por</strong> muito tempo<br />

encontrar satisfação no silêncio e repouso. Habituado a uma vida de atividade e acirrado conflito, mal<br />

su<strong>por</strong>tava o permanecer inativo. Naqueles dias de solidão, surgia diante dele o estado da igreja, e<br />

exclamava em desespero: “Ai! ninguém há neste último tempo da ira do Senhor para ficar diante dEle<br />

como uma muralha e salvar Israel.” — D’Aubigné. Novamente volvia os pensamentos para si mesmo<br />

e receava ser acusado de covardia <strong>por</strong> afastar-se da contenda. Acusava-se, então, de indolência e<br />

condescendência própria. No entanto, produzia diariamente mais do que parecia possível a um homem<br />

fazer. Sua pena nunca estava ociosa. Seus inimigos, conquanto se lisonjeassem de que ele estivesse<br />

em silêncio, espantavam-se e confundiam-se pela prova palpável de que ainda exercia atividade. Semnúmero<br />

de folhetos, procedentes de sua pena, circulavam pela Alemanha toda. Também prestava<br />

im<strong>por</strong>tantíssimo serviço a seus patrícios, traduzindo o Novo Testamento para a língua alemã. De seu<br />

Patmos rochoso, continuou durante quase um ano inteiro a proclamar o evangelho e a repreender os<br />

pecados e erros do tempo.<br />

Não foi, <strong>por</strong>ém, meramente para preservar Lutero da ira de seus inimigos, nem mesmo para<br />

pro<strong>por</strong>cionar-lhe uma tem<strong>por</strong>ada de calma para esses im<strong>por</strong>tantes labores, que Deus retirara Seu servo<br />

do cenário da vida pública. Visavam-se resultados mais preciosos do que esses. Na solidão e<br />

obscuridade de seu retiro montesino, Lutero esteve afastado do apoio terrestre e excluído dos louvores<br />

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