20.09.2016 Views

A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Em presença <strong>de</strong> Cristo, experimentou Nico<strong>de</strong>mos uma estranha timi<strong>de</strong>z, que se esforçou <strong>por</strong> ocultar<br />

sob um ar <strong>de</strong> compostura e dignida<strong>de</strong>. “Rabi”, disse ele, “bem sabemos que és Mestre, vindo <strong>de</strong> Deus; <strong>por</strong>que<br />

ninguém po<strong>de</strong> fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele”. João 3:2. Esperava, falando dos raros<br />

dons <strong>de</strong> Cristo como mestre, bem como <strong>de</strong> Seu maravilhoso po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> operar milagres, preparar o terreno para<br />

a entrevista que pretendia. Suas palavras visavam exprimir e <strong>de</strong>spertar confiança; na realida<strong>de</strong>, <strong>por</strong>ém,<br />

exprimiam incredulida<strong>de</strong>. Não reconheceu <strong>Jesus</strong> como o Messias, mas apenas como um mestre enviado <strong>por</strong><br />

Deus. Em vez <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer essa saudação, <strong>Jesus</strong> fixou os olhos no visitante, como se lhe estivesse lendo o<br />

coração. Em Sua infinita sabedoria viu diante <strong>de</strong> Si um indagador da verda<strong>de</strong>. Sabia o objetivo <strong>de</strong>ssa visita e,<br />

no <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> aprofundar a convicção já existente no espírito do ouvinte, foi diretamente ao ponto, dizendo<br />

solene, mas bondosamente: “Na verda<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong> te digo que aquele que não nascer <strong>de</strong> novo, não po<strong>de</strong> ver<br />

o reino <strong>de</strong> Deus”. João 3:3. Nico<strong>de</strong>mos fora ter com o Senhor pensando em entrar com Ele em discussão, mas<br />

<strong>Jesus</strong> expôs-lhe os princípios fundamentais da verda<strong>de</strong>.<br />

Disse a Nico<strong>de</strong>mos: Não é tanto <strong>de</strong> conhecimento teórico que precisas, mas <strong>de</strong> regeneração espiritual.<br />

Não necessitas satisfazer tua curiosida<strong>de</strong>, mas ter um novo coração. É necessário que recebas nova vida <strong>de</strong><br />

cima, antes <strong>de</strong> te ser possível apreciar as coisas celestiais. Antes que se verifique essa mudança, tornando<br />

novas todas as coisas, nenhum salvador proveito tem para ti o discutir comigo Minha autorida<strong>de</strong> ou missão.<br />

Nico<strong>de</strong>mos ouvira a pregação <strong>de</strong> João Batista quanto ao arrependimento e ao batismo, e indicando ao povo<br />

Aquele que havia <strong>de</strong> batizar com o Espírito Santo. Ele próprio sentira haver falta <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> entre os<br />

ju<strong>de</strong>us, que, em gran<strong>de</strong> parte, eram dominados pela hipocrisia e a mundana ambição. Tinha esperado um<br />

melhor estado <strong>de</strong> coisas <strong>por</strong> ocasião da vinda do Messias. Todavia, a perscrutadora mensagem do Batista<br />

<strong>de</strong>ixara <strong>de</strong> nele operar a convicção do pecado.<br />

Fariseu estrito, orgulhava-se <strong>de</strong> suas boas obras. Era largamente estimado <strong>por</strong> sua beneficência e<br />

liberalida<strong>de</strong> na manutenção do serviço do templo, e sentia-se certo do favor <strong>de</strong> Deus. Ficou assustado ante a<br />

idéia <strong>de</strong> um reino <strong>de</strong>masiado puro para ele ver em seu estado atual. A figura do novo nascimento, empregada<br />

<strong>por</strong> <strong>Jesus</strong>, não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ser familiar a Nico<strong>de</strong>mos. Os conversos do paganismo à fé <strong>de</strong> Israel eram muitas<br />

vezes comparados a crianças recém-nascidas. Portanto,<strong>de</strong>via ter percebido que as palavras <strong>de</strong> Cristo não se<br />

<strong>de</strong>stinavam a ser tomadas em sentido literal. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu nascimento como israelita, entretanto,<br />

consi<strong>de</strong>rava-se seguro <strong>de</strong> um lugar no reino <strong>de</strong> Deus. Achava não precisar <strong>de</strong> nenhuma mudança. Daí sua<br />

surpresa ante as palavras do Salvador. Ficou irritado <strong>por</strong> sua íntima aplicação a si próprio.<br />

O orgulho do fariseu lutava contra o sincero <strong>de</strong>sejo do pesquisador da verda<strong>de</strong>. Admirava-se <strong>de</strong> que<br />

<strong>Jesus</strong> lhe falasse da maneira <strong>por</strong> que falou, não respeitando sua posição <strong>de</strong> príncipe em Israel. Colhido <strong>de</strong><br />

improviso, respon<strong>de</strong>u a Cristo em palavras plenas <strong>de</strong> ironia: “Como po<strong>de</strong> um homem nascer, sendo velho?”<br />

97

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!