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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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inesquecível sábado para os tristes discípulos, e também para os sacerdotes, os príncipes, os escribas e o povo.<br />

Ao pôr-do-sol do dia <strong>de</strong> preparação, soaram as trombetas, anunciando o começo do sábado. A páscoa foi<br />

observada como fora <strong>por</strong> séculos, ao passo que Aquele a quem ela apontava havia sido morto <strong>por</strong> mãos ímpias<br />

e jazia no sepulcro <strong>de</strong> José. No sábado, os átrios do templo encheram-se <strong>de</strong> adoradores. O sumo sacerdote,<br />

vindo do Gólgota, ali estava, esplendidamente vestido com os trajes sacerdotais. Sacerdotes <strong>de</strong> alvos turbantes,<br />

em plena ativida<strong>de</strong>, cumpriam seus <strong>de</strong>veres.<br />

Mas alguns dos presentes não se achavam tranqüilos, ao oferecer-se pelo pecado o sangue <strong>de</strong> bezerros<br />

e bo<strong>de</strong>s. Não estavam conscientes <strong>de</strong> que o tipo encontrara o antítipo, <strong>de</strong> que um infinito sacrifício fora feito<br />

pelos pecados do mundo. Não sabiam que não mais havia valor no <strong>de</strong>sempenho do serviço ritual. Mas nunca<br />

antes fora aquela cerimônia testemunhada com tão contraditórios sentimentos. As trombetas e os instrumentos<br />

<strong>de</strong> música, bem como as vozes dos cantores, eram tão altos e claros como <strong>de</strong> costume. Mas dir-se-ia estar tudo<br />

possuído <strong>de</strong> um sentimento <strong>de</strong> estranheza. Um após outro indagava <strong>de</strong> um singular acontecimento que<br />

ocorrera. Até então o santíssimo fora guardado impenetrável. Mas agora se achava exposto aos olhares <strong>de</strong><br />

todos. O pesado véu <strong>de</strong> tapeçaria, feito <strong>de</strong> puro linho, e belamente trabalhado em ouro, escarlate e púrpura,<br />

fora rasgado <strong>de</strong> alto a baixo.<br />

O lugar em que Jeová Se encontrara com o sumo sacerdote, para comunicar Sua glória, o lugar que<br />

fora a sagrada câmara <strong>de</strong> audiência <strong>de</strong> Deus, jazia aberto a todos os olhos — não mais reconhecido pelo Senhor.<br />

Com sombrios pressentimentos ministravam os sacerdotes diante do altar. O haver sido exposto o sagrado<br />

mistério do lugar santíssimo os enchia <strong>de</strong> medo <strong>de</strong> uma calamida<strong>de</strong> <strong>por</strong> vir. Muitos espíritos ocupavam-se com<br />

pensamentos <strong>de</strong>spertados pela cena do Calvário. Da crucifixão à ressurreição, muitos olhos insones estiveram<br />

constantemente examinando as profecias, alguns para compreen<strong>de</strong>r o inteiro significado da festa que então<br />

celebravam, outros para procurar provas <strong>de</strong> que <strong>Jesus</strong> não era aquilo que pretendia; outros ainda, corações<br />

tristes, buscavam testemunho <strong>de</strong> que Ele era o verda<strong>de</strong>iro Messias.<br />

Embora indagassem levados <strong>por</strong> diferentes motivos, convenceram-se todos da mesma verda<strong>de</strong> — que<br />

se cumprira a profecia nos acontecimentos dos últimos dias, e que o Crucificado era o Re<strong>de</strong>ntor do mundo.<br />

Muitos que, naquela ocasião, tomaram parte do serviço, nunca mais se uniram aos ritos pascoais. Muitos,<br />

mesmo <strong>de</strong>ntre os sacerdotes, ficaram convencidos do verda<strong>de</strong>iro caráter <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong>. Suas pesquisas das profecias<br />

não foram em vão, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Sua ressurreição reconheceram-nO como o Filho <strong>de</strong> Deus. Nico<strong>de</strong>mos, ao ver<br />

Cristo erguido na cruz, lembrou-se das palavras que Ele proferira à noite, no Monte das Oliveiras: “Como<br />

Moisés levantou a serpente no <strong>de</strong>serto, assim im<strong>por</strong>ta que o Filho do homem seja levantado; para que todo<br />

aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:14, 15. Naquele sábado, enquanto <strong>Jesus</strong> Se<br />

achava no sepulcro, Nico<strong>de</strong>mos teve ensejo <strong>de</strong> refletir. Uma luz mais clara iluminou-lhe o espírito, e as<br />

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