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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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Aqui o Homem”. João 19:5. “Eis aqui vo-Lo trago fora, para que saibais que não acho nEle crime algum”.<br />

João 19:4. Ali estava o Filho <strong>de</strong> Deus, com as vestes da zombaria e a coroa <strong>de</strong> espinhos. Despido até à cintura,<br />

as costas mostravam-Lhe os longos e cruéis vergões, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> corria o sangue abundantemente. Tinha o rosto<br />

manchado <strong>de</strong> sangue, e apresentava os sinais da exaustão e dor; nunca, no entanto, parecera mais belo. O<br />

semblante do Salvador não se <strong>de</strong>sfigurou diante dos inimigos. Cada traço exprimia brandura e resignação, e a<br />

mais terna pieda<strong>de</strong> para com os cruéis inimigos. Não havia em Sua atitu<strong>de</strong> nenhuma fraqueza covar<strong>de</strong>, mas a<br />

resistência e dignida<strong>de</strong> da longanimida<strong>de</strong>. Chocante era o contraste no preso ao Seu lado. Cada linha da<br />

fisionomia <strong>de</strong> Barrabás proclamava o endurecido criminoso que era. O contraste foi manifesto a todos os<br />

espectadores.<br />

Alguns <strong>de</strong>ntre eles choravam. Ao olharem a <strong>Jesus</strong>, o coração encheu-se-lhes <strong>de</strong> simpatia. Mesmo os<br />

sacerdotes e principais convenceram-se <strong>de</strong> que Ele era tudo quanto dizia ser. Os soldados romanos que<br />

ro<strong>de</strong>avam Cristo não estavam todos endurecidos; alguns Lhe fixavam ansiosamente o semblante, em busca <strong>de</strong><br />

um sinal <strong>de</strong> que Ele era um personagem criminoso e <strong>de</strong> temer. De quando em quando, voltavam-se e <strong>de</strong>itavam<br />

um olhar <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprezo a Barrabás. Não era preciso gran<strong>de</strong> perspicácia para adivinhar o que lhe ia no íntimo.<br />

Outra vez olhavam Aquele que estava sendo julgado. Contemplavam o divino Sofredor com sentimentos <strong>de</strong><br />

profunda pieda<strong>de</strong>. A silenciosa submissão <strong>de</strong> Cristo gravou-lhes a cena no espírito, para nunca mais se apagar<br />

enquanto não reconhecessem nEle o Cristo, ou, rejeitando-O, <strong>de</strong>cidissem o próprio <strong>de</strong>stino. Pilatos estava<br />

cheio <strong>de</strong> espanto diante da paciência do Salvador, que não articulava uma queixa. Não duvidava <strong>de</strong> que a vista<br />

<strong>de</strong>sse Homem, em contraste com Barrabás, movesse a simpatia dos ju<strong>de</strong>us. Não compreendia, <strong>por</strong>ém, o<br />

fanático ódio dos sacerdotes contra Aquele que, como a luz do mundo, lhes tornara manifestos as trevas e o<br />

erro. Incitaram a turba a uma fúria louca, e <strong>de</strong> novo os sacerdotes, príncipes e povo ergueram aquele tremendo<br />

brado: “Crucifica-O, crucifica-O!” Per<strong>de</strong>ndo <strong>por</strong> fim toda a paciência ante sua irracional cruelda<strong>de</strong>, Pilatos<br />

gritou em <strong>de</strong>sespero: “Tomai-O vós e crucificai-O; <strong>por</strong>que eu nenhum crime acho nEle”. João 19:6.<br />

O governador romano, embora familiarizado com cenas cruéis, moveu-se <strong>de</strong> simpatia para com o<br />

paciente Preso que, con<strong>de</strong>nado e açoitado, com a fronte a sangrar e laceradas as costas, mantinha ainda o <strong>por</strong>te<br />

<strong>de</strong> um rei sobre o trono. Mas os sacerdotes <strong>de</strong>claram: “Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, <strong>de</strong>ve morrer,<br />

<strong>por</strong>que Se fez Filho <strong>de</strong> Deus”. João 19:7. Pilatos sobressaltou-se. Não possuía nenhuma idéia exata <strong>de</strong> Cristo<br />

e Sua missão; mas tinha uma vaga fé em Deus e em seres superiores à humanida<strong>de</strong>. Um pensamento que lhe<br />

passara anteriormente pelo cérebro, tomou agora feição <strong>de</strong>finida. Cogitava se não seria um Ser divino o que<br />

estava perante ele, revestido da púrpura da zombaria, e coroado <strong>de</strong> espinhos. Voltou novamente ao tribunal, e<br />

disse a <strong>Jesus</strong>: “De on<strong>de</strong> és Tu?” João 19:9. Mas <strong>Jesus</strong> não lhe <strong>de</strong>u resposta alguma. O Salvador falara<br />

francamente a Pilatos, explicando a própria missão como testemunha da verda<strong>de</strong>. Pilatos <strong>de</strong>sprezara a luz.<br />

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