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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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Mateus, cujo preparo lhe ensinara a ser exato em tudo, era tão meticuloso em questões <strong>de</strong> honestida<strong>de</strong> e estava<br />

sempre pensando nas palavras <strong>de</strong> Cristo, absorvendo-se com elas <strong>por</strong> tal forma que, segundo o juízo <strong>de</strong> Judas,<br />

não era <strong>de</strong> confiar que fosse capaz <strong>de</strong> agir com argúcia e vasto alcance nos negócios. Assim passava Judas em<br />

revista todos os discípulos, e lisonjeava-se <strong>de</strong> que a igreja se veria muitas vezes em perplexida<strong>de</strong>s e apuros,<br />

não fora sua habilida<strong>de</strong> como administrador. Consi<strong>de</strong>rava-se o capaz, o inexcedível. Era, em sua própria<br />

estima, uma honra para a causa, e como tal se apresentava sempre. Judas estava cego para a fraqueza <strong>de</strong> seu<br />

caráter, e Cristo o colocou on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>sse ter o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver e corrigir isso.<br />

Como tesoureiro dos discípulos, era chamado a provi<strong>de</strong>nciar quanto às pequeninas necessida<strong>de</strong>s do<br />

grupozinho, e a suprir as faltas dos pobres. Quando, no cenáculo, <strong>Jesus</strong> lhe disse: “O que fazes, fá-lo <strong>de</strong>pressa”<br />

(João 13:27), pensaram os discípulos que Ele lhe pedira que comprasse o que era preciso para a festa, ou que<br />

<strong>de</strong>sse qualquer coisa aos pobres. Servindo aos outros, Judas po<strong>de</strong>ria haver <strong>de</strong>senvolvido espírito abnegado.<br />

Mas ao passo que ouvia diariamente as lições <strong>de</strong> Cristo e Lhe testemunhava a vida isenta <strong>de</strong> egoísmo, Judas<br />

con<strong>de</strong>scendia com sua disposição cobiçosa. As pequenas quantias que lhe chegavam às mãos eram uma<br />

tentação contínua. Muitas vezes, ao prestar qualquer serviçozinho a Cristo, ou <strong>de</strong>dicar tempo a fins religiosos,<br />

remunerava-se à custa <strong>de</strong>sses poucos fundos. Esses pretextos serviam a seus olhos <strong>de</strong> escusa para a ação que<br />

praticava; perante Deus, <strong>por</strong>ém, era ladrão. A tantas vezes repetida <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> Cristo <strong>de</strong> que Seu reino não<br />

era <strong>de</strong>ste mundo, irritava Judas. Estabelecera um limite <strong>de</strong> espera à obra <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong>. Em seus cálculos, João<br />

Batista <strong>de</strong>via ser libertado da prisão.<br />

Mas eis que foi permitido ser ele <strong>de</strong>golado. E <strong>Jesus</strong>, em vez <strong>de</strong> afirmar seu direito real e vingar a morte<br />

<strong>de</strong> João, retirou-Se com os discípulos para um lugar no campo. Judas queria uma luta mais agressiva. Pensava<br />

que, se <strong>Jesus</strong> não impedisse os discípulos <strong>de</strong> executar os próprios planos, a obra seria mais bem-sucedida.<br />

Observava a crescente inimiza<strong>de</strong> dos guias judaicos, e viu seus <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>sprezados quando pediram a Cristo<br />

um sinal do Céu. Abriu-se-lhe o coração à incredulida<strong>de</strong>, e o inimigo forneceu pensamentos <strong>de</strong> dúvida e<br />

rebelião. Por que <strong>Jesus</strong> Se <strong>de</strong>morava tanto em coisas <strong>de</strong>sanimadoras? Por que predizia provas e perseguições<br />

para Si mesmo e para os discípulos? A perspectiva <strong>de</strong> um lugar <strong>de</strong> honra levara Judas a <strong>de</strong>sposar a causa <strong>de</strong><br />

Cristo. Viriam suas esperanças a ser <strong>de</strong>cepcionadas? Judas não chegara à conclusão <strong>de</strong> que <strong>Jesus</strong> não fosse o<br />

Filho <strong>de</strong> Deus; mas estava duvidando e procurando alguma explicação para Suas po<strong>de</strong>rosas obras. Não<br />

obstante os próprios ensinos do Salvador, Judas estava continuamente fomentando a idéia <strong>de</strong> que Ele havia <strong>de</strong><br />

governar como Rei em Jerusalém. Na alimentação dos cinco mil, procurou promover isso.<br />

Nessa ocasião Judas ajudou na distribuição do alimento à multidão faminta. Teve o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver<br />

o benefício que estava em seu po<strong>de</strong>r fazer aos outros. Experimentou a satisfação que sempre acompanha o<br />

serviço para Deus. Auxiliou a levar a <strong>Jesus</strong> os enfermos <strong>de</strong>ntre a multidão. Viu que alívio, que alegria e<br />

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