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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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omanos estavam postados na plataforma abaixo do trono. Aos pés do mesmo, achava-Se <strong>Jesus</strong>. Sobre Ele se<br />

fixavam os olhares <strong>de</strong> toda a multidão. Intensa era a agitação. Ele só <strong>de</strong>ntre a multidão estava calmo e sereno.<br />

A própria atmosfera que O ro<strong>de</strong>ava parecia impregnada <strong>de</strong> santa influência. Caifás consi<strong>de</strong>rava <strong>Jesus</strong><br />

como rival. A ansieda<strong>de</strong> do povo <strong>por</strong> ouvir o Salvador, e sua aparente prontidão para Lhe aceitar os ensinos,<br />

suscitaram os terríveis ciúmes do sumo sacerdote. Contemplando agora, <strong>por</strong>ém, o Prisioneiro, ele foi tomado<br />

<strong>de</strong> admiração pela nobreza e dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seu <strong>por</strong>te. Sobreveio-lhe a convicção <strong>de</strong> que esse homem tinha<br />

parentesco divino. Logo a seguir baniu <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhosamente essa idéia. Sua voz se fez ouvir imediatamente em<br />

tons zombeteiros e altivos, exigindo que <strong>Jesus</strong> operasse diante <strong>de</strong>les um <strong>de</strong> Seus po<strong>de</strong>rosos milagres. Mas suas<br />

palavras caíram aos ouvidos do Salvador como se as não tivera escutado. O povo comparava a conduta <strong>de</strong>sperta<br />

e maligna <strong>de</strong> Anás e Caifás com a serena, majestosa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong>. No próprio espírito daquela endurecida<br />

multidão, surgiu a pergunta: Terá esse homem <strong>de</strong> aspecto divino que ser con<strong>de</strong>nado como criminoso?<br />

Percebendo a influência que se estava exercendo, Caifás apressou o julgamento. Os inimigos <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong><br />

achavam-se em gran<strong>de</strong> perplexida<strong>de</strong>. Estavam resolvidos a firmar Sua con<strong>de</strong>nação, mas como consegui-lo,<br />

não o sabiam. Os membros do conselho estavam divididos entre fariseus e saduceus. Renhida animosida<strong>de</strong> e<br />

contenda reinava entre eles; não ousavam abordar certos pontos disputados, <strong>por</strong> temor <strong>de</strong> briga. Com poucas<br />

palavras po<strong>de</strong>ria Cristo haver <strong>de</strong>spertado os preconceitos <strong>de</strong> uns contra os outros, e teria [496] assim <strong>de</strong>sviado<br />

<strong>de</strong> Si a ira <strong>de</strong>les.<br />

Bem o sabia Caifás, e <strong>de</strong>sejava evitar uma contenda. Havia numerosas testemunhas para provar que<br />

Cristo acusara os sacerdotes e escribas, que lhes chamara hipócritas e homicidas; mas esse testemunho, não<br />

era conveniente apresentar. Em suas cortantes disputas contra os fariseus, haviam-se os saduceus servido <strong>de</strong><br />

idêntica linguagem. E tal testemunho não teria nenhuma força diante dos romanos, que estavam eles mesmos<br />

<strong>de</strong>sgostosos com as pretensões dos fariseus. Havia abundantes provas <strong>de</strong> que <strong>Jesus</strong> <strong>de</strong>sprezara a tradição dos<br />

ju<strong>de</strong>us, e falara irreverentemente <strong>de</strong> muitas <strong>de</strong> suas or<strong>de</strong>nanças; mas quanto às tradições, fariseus e saduceus<br />

estavam <strong>de</strong> arma em riste entre si; e também essa prova nenhum peso teria quanto aos romanos.<br />

Os inimigos <strong>de</strong> Cristo não ousavam acusá-Lo <strong>de</strong> transgressor do sábado, para que um exame não<br />

revelasse o caráter <strong>de</strong> Sua obra. Fossem Seus milagres <strong>de</strong> cura trazidos à luz, e estaria <strong>de</strong>rrotado o objetivo dos<br />

sacerdotes. Subornaram-se falsas testemunhas para acusarem a <strong>Jesus</strong> <strong>de</strong> incitar rebelião e buscar estabelecer<br />

um governo separado. Mas seus testemunhos se <strong>de</strong>monstraram vagos e contraditórios. Ao serem interrogados,<br />

falsearam suas próprias <strong>de</strong>clarações. No princípio <strong>de</strong> Seu ministério, dissera Cristo: “Derribai este templo, e<br />

em três dias o levantarei.” Na figurada linguagem da profecia, predissera assim Sua própria morte e<br />

ressurreição. “Ele falava do templo <strong>de</strong> Seu corpo”. João 2:19, 21. Essas palavras compreen<strong>de</strong>ram os ju<strong>de</strong>us<br />

em seu sentido literal, como se referindo ao templo <strong>de</strong> Jerusalém. De tudo quanto Cristo dissera, não podiam<br />

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