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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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cena <strong>de</strong> regozijo, em que todos Lhe tributavam homenagens, o Rei <strong>de</strong> Israel Se <strong>de</strong>bulhava em lágrimas; não<br />

as silenciosas lágrimas da alegria, mas pranto e gemidos <strong>de</strong> inexprimível angústia. A turba sentiu-se<br />

repentinamente tomada <strong>de</strong> tristeza. Emu<strong>de</strong>ceram-lhes as aclamações. Muitos choraram, possuídos <strong>de</strong> simpatia<br />

<strong>por</strong> um pesar que não podiam compreen<strong>de</strong>r. As lágrimas <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> não eram a antecipação <strong>de</strong> Seus próprios<br />

sofrimentos. Mesmo diante dEle achava-se o Getsêmani, on<strong>de</strong> em breve O envolveria o horror <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />

treva. Estava à vista também a <strong>por</strong>ta das ovelhas, pela qual, durante séculos, haviam sido conduzidos os<br />

animais <strong>de</strong>stinados às ofertas sacrificais. Essa <strong>por</strong>ta presto se abriria para Ele, o gran<strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Deus, a<br />

cujo sacrifício pelos pecados do mundo apontavam todas essas ofertas.<br />

Perto estava o Calvário, cenário <strong>de</strong> Sua próxima agonia. No entanto, não foi <strong>por</strong> causa <strong>de</strong>sses pontos a<br />

lembrarem-Lhe a cruel morte que o Re<strong>de</strong>ntor chorou e gemeu em angústia <strong>de</strong> espírito. Não era uma dor egoísta,<br />

a Sua. O pensamento <strong>de</strong> Sua própria agonia não intimidava aquela nobre Alma pronta para o sacrifício. Foi a<br />

vista <strong>de</strong> Jerusalém que pungiu o coração <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> — Jerusalém, que rejeitara o Filho <strong>de</strong> Deus e Lhe <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhara<br />

o amor, que recusara ser convencida <strong>por</strong> Seus po<strong>de</strong>rosos milagres e estava prestes a tirar-Lhe a vida. Viu o<br />

que ela era, em sua culpa <strong>de</strong> rejeitar o Re<strong>de</strong>ntor, e o que po<strong>de</strong>ria ter sido caso O houvesse aceitado a Ele, o<br />

único a po<strong>de</strong>r-lhe curar a ferida. Viera para salvá-la; como po<strong>de</strong>ria a ela renunciar? Israel fora um povo<br />

favorecido; Deus fizera <strong>de</strong> seu templo a Sua habitação; era “formoso <strong>de</strong> sítio, e alegria <strong>de</strong> toda a Terra”. Salmos<br />

48:2.<br />

Aí se achava o registro <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> mil anos do protetor cuidado e terno amor <strong>de</strong> Cristo, como <strong>de</strong> um<br />

pai tratando com um filho único. Naquele templo emitiram os profetas suas solenes advertências. Ali foram<br />

agitados os ar<strong>de</strong>ntes incensários, enquanto o incenso, <strong>de</strong> mistura com as orações dos adoradores, ascen<strong>de</strong>ra<br />

para Deus. Ali fluíra o sangue dos animais, tipo do sangue <strong>de</strong> Cristo. Ali manifestara Jeová sua glória sobre o<br />

propiciatório. Ali oficiaram os sacerdotes, e a pompa do símbolo e da cerimônia havia continuado <strong>por</strong> séculos.<br />

Tudo isso, <strong>por</strong>ém, <strong>de</strong>via ter um fim. <strong>Jesus</strong> ergueu a mão — aquela mão que tantas vezes beneficiara os<br />

enfermos e sofredores — e movendo-a na direção da con<strong>de</strong>nada cida<strong>de</strong>, em entrecortadas frases <strong>de</strong> dor,<br />

exclamou: “Ah! se tu soubesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!” Lucas 19:42. Aí<br />

Se <strong>de</strong>teve o Salvador e <strong>de</strong>ixou <strong>por</strong> dizer qual seria a condição <strong>de</strong> Jerusalém, houvesse ela aceito o auxílio que<br />

Deus lhe <strong>de</strong>sejava dar — o dom <strong>de</strong> Seu bem-amado Filho.<br />

Se Jerusalém houvesse sabido o que era seu privilégio saber, e dado ouvidos à luz que o Céu lhe<br />

enviara, teria permanecido <strong>de</strong> pé no orgulho <strong>de</strong> sua prosperida<strong>de</strong>, rainha <strong>de</strong> reinos, livre na força do po<strong>de</strong>r<br />

dado <strong>por</strong> seu Deus. Não teria havido soldados armados às suas <strong>por</strong>tas, nem ban<strong>de</strong>iras romanas tremulando <strong>de</strong><br />

seus muros. O glorioso <strong>de</strong>stino que felicitaria Jerusalém, houvesse ela aceito o Re<strong>de</strong>ntor, surgiu aos olhos do<br />

Filho <strong>de</strong> Deus. Viu que, <strong>por</strong> meio dEle, seria ela curada <strong>de</strong> sua grave enfermida<strong>de</strong>, libertada da escravidão e<br />

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