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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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Aquela cena <strong>de</strong> triunfo era <strong>de</strong>signada pelo próprio Deus. Fora predita pelo profeta, e o homem era<br />

impotente para impedir os Seus <strong>de</strong>sígnios. Houvesse o homem <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> executar Seu plano, e Ele teria<br />

comunicado voz às inanimadas pedras, que saudariam Seu Filho com aclamações <strong>de</strong> louvor. Ao retirarem-se<br />

os mudos fariseus, foram proferidas <strong>por</strong> centenas <strong>de</strong> vozes as palavras <strong>de</strong> Zacarias: “Alegra-te muito, ó filha<br />

<strong>de</strong> Sião; exulta, ó filha <strong>de</strong> Jerusalém; eis que o teu Rei virá a ti, justo e salvador, pobre, e montado sobre um<br />

jumento, sobre um asninho, filho <strong>de</strong> jumenta”. Zacarias 9:9.<br />

Quando o cortejo chegou ao cimo da colina e estava para <strong>de</strong>scer para a cida<strong>de</strong>, <strong>Jesus</strong> <strong>de</strong>teve-Se, e toda<br />

a multidão com Ele. Perante eles se <strong>de</strong>scortinava Jerusalém em toda a sua glória, nesse momento banhada à<br />

luz do Sol poente. O templo atraiu todos os olhares. Em majestosa suntuosida<strong>de</strong> erguia-se ele acima <strong>de</strong> todos<br />

os outros edifícios, parecendo apontar para o Céu, como a dirigir o povo ao único e verda<strong>de</strong>iro Deus. O templo<br />

fora, durante muito tempo, a glória e o orgulho da nação judaica. Também os romanos se orgulhavam <strong>de</strong> sua<br />

magnificência. Um rei <strong>de</strong>signado pelos romanos se unira aos ju<strong>de</strong>us para o restaurar e embelezar, e o imperador<br />

<strong>de</strong> Roma o enriquecera com suas dádivas. Sua firme estrutura, riqueza e magnificência o haviam tornado uma<br />

das maravilhas do mundo. Enquanto o Sol no Oci<strong>de</strong>nte tingia e dourava o Céu, o resplendor <strong>de</strong> sua glória<br />

iluminava o puro e alvo mármore das pare<strong>de</strong>s do templo, pondo-lhe cintilações nas áureas colunas. Do alto do<br />

monte on<strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> parou com Seus seguidores, apresentava ele a aparência <strong>de</strong> maciça estrutura <strong>de</strong> neve,<br />

marchetado <strong>de</strong> capitéis <strong>de</strong> ouro. À entrada do templo achava-se uma vi<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> ouro e prata, com ver<strong>de</strong>s<br />

folhagens e maciços cachos <strong>de</strong> uvas, executados pelos mais hábeis artistas.<br />

Esse <strong>de</strong>senho representava Israel como uma próspera vinha. O ouro, a prata e ver<strong>de</strong> vivo eram<br />

combinados com raro gosto e consumada maestria; enlaçando graciosamente os alvos e luzentes pilares,<br />

agarrando-se com as brilhantes gavinhas a seus dourados ornamentos,refletia o esplendor do Sol<br />

poente,resplan<strong>de</strong>cendo como se o Céu lhe houvera emprestado a sua glória. <strong>Jesus</strong> contempla a cena, e a<br />

multidão silencia suas aclamações, encantada com a súbita visão <strong>de</strong> beleza. Todos os olhos se volvem para o<br />

Salvador, esperando ver-Lhe no semblante a admiração <strong>por</strong> eles próprios experimentada. Ao contrário, no<br />

entanto, percebemLhe uma nuvem <strong>de</strong> tristeza. Surpreen<strong>de</strong>m-se, <strong>de</strong>cepcionam-se ao ver-Lhe os olhos<br />

marejados <strong>de</strong> lágrimas e o corpo oscilar como a árvore agitada pela tempesta<strong>de</strong>, enquanto uma angustiosa<br />

queixa Lhe brota dos trêmulos lábios, como irrompendo das profun<strong>de</strong>zas <strong>de</strong> um coração partido. Que cena<br />

aquela que se oferecia à contemplação dos anjos! Seu bem-amado Comandante em lágrimas <strong>de</strong> angústia! Que<br />

visão para a alegre turba que, com gritos <strong>de</strong> triunfo e agitar <strong>de</strong> palmas O escoltava à gloriosa cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> —<br />

esperavam com ardor — iria Ele em breve reinar!<br />

<strong>Jesus</strong> chorara ao pé do sepulcro <strong>de</strong> Lázaro, mas fora numa divina mágoa <strong>de</strong> simpatia para com a humana<br />

dor. Esta súbita tristeza, <strong>por</strong>ém, era qual nota <strong>de</strong> lamento em meio <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> coro triunfal. Por entre uma<br />

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