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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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contra Deus. Ao achar-se o concílio no auge da perplexida<strong>de</strong>, ergueu-se Caifás, o sumo sacerdote. Caifás era<br />

homem orgulhoso e cruel, dominador e intolerante. Havia entre suas ligações <strong>de</strong> famílias, saduceus orgulhosos,<br />

ousados, resolutos, cheios <strong>de</strong> ambição e cruelda<strong>de</strong>, o que ocultavam sob o manto <strong>de</strong> pretendida justiça. Caifás<br />

estudara as profecias, e conquanto ignorante <strong>de</strong> sua real significação, <strong>de</strong>clarou com gran<strong>de</strong> segurança e<br />

autorida<strong>de</strong>: “Vós nada sabeis, nem consi<strong>de</strong>rais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não<br />

pereça toda a nação”. João 11:49, 50.<br />

Ainda que <strong>Jesus</strong> fosse inocente, insistia o sumo sacerdote, <strong>de</strong>via ser afastado do caminho. Ele era<br />

perturbador, arrastando o povo após Si e diminuindo a autorida<strong>de</strong> dos principais. Era apenas um; melhor seria<br />

morrer Ele que enfraquecer-se a autorida<strong>de</strong> dos príncipes. Se o povo per<strong>de</strong>sse a confiança em seus chefes,<br />

estaria <strong>de</strong>struído o po<strong>de</strong>r nacional. Caifás argumentava que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sse milagre, os seguidores <strong>de</strong> Cristo<br />

seriam capazes <strong>de</strong> revoltar-se. Virão então os romanos, disse ele, e fecharão nosso templo e abolirão nossas<br />

leis, <strong>de</strong>struindo-nos como nação. Que vale a vida <strong>de</strong>sse galileu, quando comparada com a do povo? Se Ele é<br />

um obstáculo ao bem-estar <strong>de</strong> Israel, não é prestar a Deus um serviço, removê-Lo daí? É melhor que um<br />

homem pereça, do que ser <strong>de</strong>struída toda a nação. Declarando que um homem <strong>de</strong>via morrer pelo povo,<br />

mostrava Caifás certo conhecimento das profecias, se bem que muito limitado. João, <strong>por</strong>ém, ao narrar esta<br />

cena, toma a profecia, apresentando seu vasto e profundo significado. Diz: “E não somente pela nação, mas<br />

também para reunir em um corpo os filhos <strong>de</strong> Deus, que andavam dispersos”. João 11:52. Quão cegamente<br />

reconhecia o soberbo Caifás a missão do Salvador! Nos lábios <strong>de</strong> Caifás, tornava-se mentira essa preciosíssima<br />

verda<strong>de</strong>.<br />

A política <strong>por</strong> ele <strong>de</strong>fendida baseava-se num princípio tomado emprestado ao paganismo. Entre os<br />

gentios, a vaga consciência <strong>de</strong> que alguém <strong>de</strong>via morrer pela humanida<strong>de</strong>, levara à oferta <strong>de</strong> sacrifícios<br />

humanos. Assim propunha Caifás, pelo sacrifício <strong>de</strong> Cristo, salvar o povo culpado, não da transgressão, mas<br />

na transgressão, a fim <strong>de</strong> que pu<strong>de</strong>ssem continuar em pecado. E <strong>por</strong> seu raciocínio pensava reduzir ao silêncio<br />

os que ousavam dizer que até então coisa alguma digna <strong>de</strong> morte se achara em <strong>Jesus</strong>. Nesse conselho<br />

experimentaram os inimigos <strong>de</strong> Cristo profunda convicção. O Espírito Santo lhes impressionara a mente. Mas<br />

Satanás esforçou-se <strong>por</strong> conquistar o domínio sobre ela. Insistiu em lhes pôr diante as ofensas que haviam<br />

sofrido <strong>por</strong> causa <strong>de</strong> Cristo.<br />

Quão pouco honrara Ele sua justiça! Apresentava uma justiça incomparavelmente superior, a qual<br />

<strong>de</strong>viam possuir todos quantos quisessem ser filhos <strong>de</strong> Deus. Sem dar nenhuma atenção a suas formalida<strong>de</strong>s e<br />

cerimônias, animara o pecador a dirigir-se diretamente a Deus como a um misericordioso Pai, e a falar-Lhe <strong>de</strong><br />

suas necessida<strong>de</strong>s. Assim, na opinião <strong>de</strong>les, <strong>Jesus</strong> pusera à margem o sacerdócio. Recusara-Se a reconhecer a<br />

teologia das escolas dos rabis. Expusera as más práticas Os sacerdotes tramam dos sacerdotes, e danificara <strong>de</strong><br />

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