tese-livre-docencia-Jorge-Machado
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2. Protocolos e softwares<br />
Assim, para evitar restrições no uso de bases de dados é sempre recomendável o uso de<br />
formatos <strong>livre</strong>s, não proprietários. A eliminação de barreiras de custo ou técnicas, faz que os<br />
dados estejam disponíveis a um grupo maior de usuários e outros tipos de usos.<br />
Esse problema está relacionado à tendência de estabelecimento de padrões de usos guiados<br />
pelo mercado e ocorre em contextos onde faltam políticas governamentais que estabeleçam<br />
padrões abertos.<br />
2.5.6 Políticas de formatos abertos<br />
As duas mais importantes fontes para o estabelecimento de padrões abertos que promovem<br />
a interoperabilidade global são o World Wide Web Consortium (W3C), para hipertextos<br />
(web), e os da Organization for the Advancement of Structured Information Standards<br />
(OASIS), para textos (suítes de escritório).<br />
A W3C faz a padronização, por exemplo, de dois formatos amplamente usados na internet,<br />
o HTML (Hypertext Markup Language) e o XHTML (Extensible Hypertext Markup Language).<br />
Já a OASIS padroniza documentos de escritório, como textos, planilhas eletrônicas,<br />
apresentações e gráficos e apresentações através do OpenDocument Format (ODF).<br />
O ODF também é um padrão mundial reconhecido desde 2006, pela ISO e ABNT<br />
(Norma ISO/IEC 26.300). Para promover o uso de padrões abertos e do formato<br />
OpenDocument foi criada a ODF Alliance. Formada por um grupo de organizações governamentais,<br />
empresas e da sociedade civil, a ODF Alliance assumiu o compromisso em apoiar a<br />
interoperabilidade e o desenvolvimento colaborativo dos padrões abertos.<br />
Os objetivos da ODF Alliance foram interiorizados no Brasil através da publicação do<br />
Protocolo de Brasília (2008). O protocolo significou a oficialização da transição do governo<br />
federal à política de adoção do ODF e o compromisso de órgãos do governo para efetivar a<br />
transição dos formatos proprietários para os padrões abertos do ODF. Aderiram ao protocolo<br />
ministérios, o ITI, Banco do Brasil, CEF, DATAPREV, SERPRO, Correios, INPE, INPI,<br />
Petrobrás, Itaipu Binacional, os Comandos militares, alguns ministérios, além de empresas e<br />
cooperativas de software, como CoLivre e TecnoLivre.<br />
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