John-Stott-O-Discipulo-Radical
MATURIDADE visão de Cristo, m ais convencidos nos tornam os de que ele é digno de n ossa dedicação. N a introdução do livro O Conhecimento de Deus,1 J. I. Packer escreve que som os “cristãos pigm eus porque tem os um D eus pigm eu”. Podem os dizer, igualm ente, que som os cristãos pigm eus porque tem os um Cristo pigm eu. A verdade é que existem m uitos “C ristos” sendo oferecidos nas religiões com erciais do m undo, e m uitos deles são falsos C ristos, C ristos distorcidos, caricaturas cio Jesus autêntico. Atualm ente, por exemplo, encontram os o Jesus capitalista com petindo com o Jesus socialista. H á tam bém o Jesus asceta se opon do ao Jesus glutão. Sem falar nos fam osos m usicais — Godspell, com o Jesus palhaço, e Jesus Cristo Superstar. Existiram m uitos outros. Porém, todos eram distorcidos e nenhum deles merece nossa adoração e culto. C ad a um é o que Paulo cham a de “outro Jesu s” , diferente do Jesus que os apóstolos proclam aram . A ssim , se querem os desenvolver u m a m atu ridade verdadeiram en te cristã, precisam os, acim a de tu do, de um a visão renovada e verdadeira de Jesu s C risto — prin cip alm ente de sua su prem acia ab solu ta, cia qual Paulo fala em C o lo ssen ses 1.15-20. E um a das passagens cristológicas m ais sublim es de todo o N ovo T estam en to. Eis um a sim ples paráfrase: Jesus é a imagem visível do Deus invisível (v. 15); assim, quem o vir, terá visto o Pai. Ele é também “o primogênito sobre toda a criação”. Não que ele próprio tenha sido criado, mas ele tem os direitos de um primogênito, e por isso é o “Senhor e cabeça” da criação (v. 16). Por meio dele o universo foi criado. Todas as coisas foram criadas por meio dele como agente e para ele como cabeça. A unidade e a coerência das coisas são encontradas nele. Além disso,
0 DISCÍPULO RADICAL (v. 18) ele é a cabeça do corpo, a igreja. Ele é o princípio e o primogênito de entre os mortos, de tal maneira que em todas as coisas ele possa ter a preeminência. Pois Deus se agradou (v. 19-20) ao fazer habitar toda a sua plenitude em Cristo e também ao reconciliar todas as coisas consigo mediante Cristo, alcançando a paz por meio do sangue de sua cruz. Foi dessa form a que Paulo p roclam ou C risto com o Sen h or — com o Sen h or da criação (aquele por m eio de quem todas as coisas foram feitas) e com o Sen h or da igreja (aquele p o r m eio de quem todas as coisas foram recon ciliadas). Por causa de quem ele é (a im agem e plenitude de D eus) e por causa do que ele fez (aquele que criou e recon ciliou), Je su s C risto tem um a d u p la su prem acia. Ele é o cabeça do universo e da igreja. Ele é o Sen h or de am bas as criações. Essa é a descrição exata que o apóstolo faz de Jesus Cristo. O nde deveríam os estar senão com os rostos em terra diante dele? A fastem os de nós o Jesus insignificante, fraco, pigm eu. Afastem os de nós o Jesus palhaço e pop star. A fastem os tam bém o M essias político e revolucionário. Eles são caricaturas. Se é assim que o enxergam os, não surpreende a persistência de nossa im aturidade. O nde, então, encontrarem os o Jesus autêntico? Ele deve ser encontrado na Bíblia — o livro que pode ser descrito com o o retrato que o Pai fez do Filho, colorido pelo Espírito Santo. A Bíblia é repleta de C risto. C om o ele próprio diz, as Escrituras “testificam de m im ” (Jo 5.39). Jerônim o, o antigo Pai da Igreja, escreve que “ ignorância da Escritura é ignorância de C risto” . D a m esm a form a, podem os dizer que conhecer a Escritura é conhecer a Cristo.
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visão de Cristo, m ais convencidos nos tornam os de que ele<br />
é digno de n ossa dedicação.<br />
N a introdução do livro O Conhecimento de Deus,1 J. I.<br />
Packer escreve que som os “cristãos pigm eus porque tem os<br />
um D eus pigm eu”. Podem os dizer, igualm ente, que som os<br />
cristãos pigm eus porque tem os um Cristo pigm eu. A verdade<br />
é que existem m uitos “C ristos” sendo oferecidos nas religiões<br />
com erciais do m undo, e m uitos deles são falsos C ristos,<br />
C ristos distorcidos, caricaturas cio Jesus autêntico.<br />
Atualm ente, por exemplo, encontram os o Jesus capitalista<br />
com petindo com o Jesus socialista. H á tam bém o Jesus asceta<br />
se opon do ao Jesus glutão. Sem falar nos fam osos m usicais<br />
— Godspell, com o Jesus palhaço, e Jesus Cristo Superstar.<br />
Existiram m uitos outros. Porém, todos eram distorcidos e<br />
nenhum deles merece nossa adoração e culto. C ad a um é o<br />
que Paulo cham a de “outro Jesu s” , diferente do Jesus que os<br />
apóstolos proclam aram .<br />
A ssim , se querem os desenvolver u m a m atu ridade verdadeiram<br />
en te cristã, precisam os, acim a de tu do, de um a<br />
visão renovada e verdadeira de Jesu s C risto — prin cip alm<br />
ente de sua su prem acia ab solu ta, cia qual Paulo fala em<br />
C o lo ssen ses 1.15-20. E um a das passagens cristológicas<br />
m ais sublim es de todo o N ovo T estam en to. Eis um a sim <br />
ples paráfrase:<br />
Jesus é a imagem visível do Deus invisível (v. 15); assim,<br />
quem o vir, terá visto o Pai. Ele é também “o primogênito<br />
sobre toda a criação”. Não que ele próprio tenha sido<br />
criado, mas ele tem os direitos de um primogênito, e por<br />
isso é o “Senhor e cabeça” da criação (v. 16). Por meio dele<br />
o universo foi criado. Todas as coisas foram criadas por<br />
meio dele como agente e para ele como cabeça. A unidade<br />
e a coerência das coisas são encontradas nele. Além disso,