Observatório do Analista em Revista - 6 Edição

Em poucas
palavras...
Destacamos algumas frases que resumem os conteúdos tratados durante o Seminário
“Estado, Serviço Público e Administração Tributária no Brasil”.
“Nós vamos dizer “NÃO” para a ineficiência e A burocracia. Denunciem a corrupção”
Roque Luiz Wandenkolk, Analista Tributário da RFB, assessor do Gabinete da DRF Rio de Janeiro.
Gestão por Processos
O foco é eficiência na RFB
Texto: Ana Cláudia Nogueira / Fotos: Ricardo Pessetti
“Não podemos discutir Receita Federal sem estar colado com o Estado brasileiro”
Hermano Lemos de Avellar Machado, superintendente da Receita Federal em Minas Gerais.
“É debatendo as questões tributárias que poderemos avançar, principalmente para buscar uma tributação mais justa e
mais equânime” Unadir Gonçalves Júnior, presidente do Sinfazfisco MG.
“Temos o desafio de mostrar que o Brasil precisa de mais fiscalização da Receita Federal e denunciar esse escândalo no
país que é a sonegação de R$ 1 trilhão por ano” Gilson Reis, vereador em Belo Horizonte.
Desde o ano passado, servidores
da Receita Federal do
Brasil ouvem falar de uma tal
de gestão por processos –
que significa pensar, planejar
e executar a gestão do órgão a partir
da interação dos diversos departamentos
e atividades da RFB. Tem a eficiência
como foco, gera simplicidade e
agilidade no desempenho das tarefas.
Os resultados são mais facilmente mensuráveis,
possibilita a horizontalidade
nas relações e instrumentaliza o gestor
para o melhor aproveitamento das competências
individuais. E já está sendo
implantada na Receita.
“Teremos a simplificação dos processos,
alocação de mão de obra segundo
missão e visão de futuro da Receita. Vamos
precisar tirar da nossa mente que o
cargo é algo estanque. A proposta mais
honesta é ter cargos especializados estruturados
em carreiras, a otimização das
escolas de formação, maior atenção às
competências individuais, interdisciplinaridade,
equipes de expertises. Tudo isso
“Vamos precisar tirar da nossa mente que o cargo
é algo estanque. A proposta mais honesta é ter
cargos especializados estruturados em
carreiras, a otimização das escolas de formação,
maior atenção às competências individuais
interdisciplinaridade, equipes de expertises.”
vai dar ao servidor motivação e realização
pessoal”, anuncia João Jacques
Silveira, Analista Tributário e assessor jurídico
do Sindireceita.
João Jacques apresentou um quadro da
evolução institucional da RFB a partir da
Constituição de 1988, com a criação
da carreira, até a lei 11.457/07, que
criou a Super Receita. “O cenário pós-
-unificação é de acirramento do corporativismo,
assédio moral, desvalorização
dos quadros, desmotivação dos servidores,
queda da arrecadação e incapacidade
de reação da RFB”, analisa.
A situação é ruim, mas tem saída. O assessor
jurídico do Sindireceita aponta
um caminho: “gestão com competência,
onde o foco é nas pessoas e nas
capacidades que possuem”. A grande
ferramenta do mercado é a gestão por
processos. “A primeira etapa, de planejamento,
concluímos. Estamos na segunda
fase, de modelagem e otimização
de processos. Depois passaremos por
mais quatro etapas: implantação dos
processos; análise de desempenho; auditoria;
e a realimentação do processo
por inteiro, que é permanente”.
“Se criou toda uma lógica em que a única intenção é tirar do orçamento (do governo fedeal) aqueles pontos centrais de
desenvolvimento e transferir para o setor financeiro” Luís Nassif, tratando da política de juros.
“O Brasil é muito subdesenvolvido em termos de conceitos, em termos de homens públicos” Luís Nassif, jornalista econômico.
“Uma equipe econômica que, com o PIB caindo, indo para 8% de queda acumulada mantém uma taxa de juros de 114,5%
para conter a demanda, ou vai preso ou vai internado” Luís Nassif.
“Menos polícia e mais fiscalização” defende o vereador Gilson Reis.
“Espero que vocês ajudem a construir a sociedade dos nossos sonhos” Édson Carneiro, secretário geral da Intersindical.
“A minuta de Lei Orgânica proposta pelo ENCAT é injusta e absurdamente excludente”
Tales Queiroz, delegado do Sindireceita de Belém-PA.
“Queremos que o Fisco tenha o poder de fiscalizar. Se depender de políticos, não tem fiscalização”
Antônio Germano Soares, Presidente da Febrafisco e diretor do SINTEC – RO.
“Não podemos criar um monstro superpoderoso. Precisamos ter investigação externa”
Hugo René de Souza, Vice-Presidente do Sinfazfisco – MG.
“À sociedade não interessa a exclusão de nenhum cargo. Só interessa ao corporativismo e a um grupo que
privatizou a Receita” Marcus Bolpato, diretor jurídico do Febrafisco.
“A Receita Federal tem uma cultura interna e não muda da noite para o dia, mas os passos para fazer com que passe a
uma gestão com processos estão sendo dados” João Jacques Silveira, Analista Tributário e assessor jurídico do Sindireceita.
“Até o Paulo Maluf se indignou com esse trem”Marcus Bolpato, sobre a autonomia total prevista na PEC 186.
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