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MEMO F1 Edição Especial - Williams FW38 P

Tudo sobre o carro de F1 da Williams em 2016. - todos os detalhes técnicos, - tudo sobre o pessoal da equipe, - Tudo sobre o Mundial de F1 2016: datas, times, pneus, etc. Mais um lindo brinde: o Calendário Williams Martini Racing com imagens oficiais

Tudo sobre o carro de F1 da Williams em 2016.
- todos os detalhes técnicos,
- tudo sobre o pessoal da equipe,
- Tudo sobre o Mundial de F1 2016: datas, times, pneus, etc.
Mais um lindo brinde: o Calendário Williams Martini Racing com imagens oficiais

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No. A2<br />

<strong>F1</strong><br />

A REVISTA DAS COISAS QUE INTERESSAM<br />

EDIÇÃO<br />

ESPECIAL<br />

WILLIAMS FW 38<br />

Mais um<br />

BRINDE<br />

CALENDÁRIO<br />

EXCLUSIVO .


Aproveite para comprar seu<br />

ingresso e pagar parcelado


SUMÁRIO<br />

<strong>Edição</strong> <strong>Especial</strong>: O Carro Da <strong>Williams</strong> Para A Temporada 2016<br />

O CARRO ................................................................... 4<br />

- AERODINAMICA ........................................................ 5<br />

- CHASSIS ...................................................................... 11<br />

- OUTRAS PARTES ....................................................... 14<br />

- UNIDADE MOTRIZ .................................................... 16<br />

A EQUIPE ............................................................. 19<br />

- CLAIRE WILLIAMS ................................................ 20<br />

- FELIPE MASSA / DAVE ROBSON .......................... 21<br />

- VALTERI BOTTAS / JONATHAN EDDOLS ............. 22<br />

- PILOTOS AUXILIARES ........................................... 23<br />

- DESIGNERS .......................................................... 24<br />

- PERFORMANCE GROUP ...................................... 25<br />

- FRANK WILLIAMS, O CARA ................................ 26<br />

O CAMPEONATO MUNDIAL ...................................... 28<br />

- AS MUDANÇAS NA <strong>F1</strong> PARA 2016 ...................... 29<br />

- CALENDARIO DAS PROVAS 2016 ......................... 30<br />

- AS EQUIPES ........................................................... 35<br />

- OS PNEUS .............................................................. 40<br />

- UM FIM DE SEMANA TÍPICO NA <strong>F1</strong> ........................ 41<br />

- TABELA DE PONTOS .............................................. 42<br />

- TODOS OS CAMPEÕES MUNDIAIS ......................... 43<br />

MATÉRIAS ESPECIAIS<br />

- AS GRID GIRLS ................................................ 44<br />

- A CRÔNICA DA ÚLTIMA CORRIDA ...................45<br />

- O CALENDÁRIO EXCLUSIVO ............................ 52


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

WILLIAMS <strong>FW38</strong><br />

Uma das equipes mais tradicionais da Formula 1,<br />

vencedora de 9 títulos de Construtores e outros 7 de<br />

Pilotos, a <strong>Williams</strong> apresentou seu carro para a<br />

temporada de 2016 em março, nos testes na pista de<br />

Barcelona.<br />

O carro da <strong>Williams</strong> para 2016, o modelo <strong>FW38</strong>, é um<br />

claro desenvolvimento do carro que correu em 2015.<br />

O objetivo para 2016 é melhorar alguns pontos para<br />

tornar o carro mais veloz em pistas de baixo grip<br />

aerodinâmico e no piso molhado, situações onde o FW37<br />

teve dificuldades.<br />

A palavra-chave dos bons resultados na Fórmula<br />

1 é continuidade. Partir de uma base sólida e fazer melhor.<br />

Mas algumas seções do carro foram bastante modificadas,<br />

como a disposição interna dos diversos componentes de<br />

recuperação de energia, e os radiadores de água foram<br />

redesenhados e montados numa posição mais alta.<br />

Encerrando o Mundial de Construtores na terceira posição<br />

por dois anos seguidos, o objetivo agora é o vicecampeonato,<br />

em luta direta com Ferrari e Red Bull – e mais<br />

quem aparecer pela frente. A ordem é atropelar em 2016!<br />

4


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Item fundamental na F-1<br />

A primeira preocupação dos projetistas de carros<br />

de corrida, no começo das corridas, era com a velocidade<br />

máxima do carro. Todo carro era desenhado visando ter<br />

o motor mais potente para mover o bichão para frente e<br />

o perfil mais limpo possível para atravessar o ar.<br />

Esses princípios transformaram os Fórmula 1 nos<br />

lindos “charutinhos” dos anos 60. Mas mesmo naqueles<br />

tempos, outras técnicas foram aparecendo e deixando os<br />

carros mais velozes, e o chassis monocoque foi um deles.<br />

Em 1962, um brilhante projetista norte-americano<br />

chamado Jim Hall teve a ideia de colocar uma asa num<br />

carro. Montada de cabeça para baixo em relação ao que<br />

se usava nos aviões, o objetivo era empurrar para baixo,<br />

em vez de levantar o veículo. Era o aerofólio.<br />

O carro era o Chaparral 2C, o ano: 1964.<br />

As asas não tornavam os carros mais velozes nas<br />

retas – pelo contrário, Colin Chapman reclamava em<br />

1968 que seus carros desciam as retas uns bons 40 km/h<br />

a menos que em 1965. Mas as asas faziam os carros<br />

serem muito mais velozes nas curvas, e um carro passa<br />

cerca de 65% do tempo de uma volta negociando as<br />

curvas. Assim, os carros com asas eram 3 ou 4 segundos<br />

mais rápidos por volta que os carros “pelados”!<br />

Chapman, o gênio da Lotus, foi o primeiro a pensar<br />

o carro inteiro como uma grande asa, e em 1977<br />

introduziu na F-1 o conceito dos carros-asa. Tal desenho<br />

foi banido da <strong>F1</strong> em 1981, mas a ideia continuou viva.<br />

Pouco depois, outro gênio da <strong>F1</strong>, Adrian Newey,<br />

lançou a moda do bico alto, e assim o carro foi sendo<br />

novamente transformado numa asa – pelo menos em<br />

princípio.<br />

5


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Leyton House March 881, o primeiro carro com o bico mais alto que o chassis na <strong>F1</strong><br />

Qual a grande diferença entre carros com bicos<br />

baixos, rentes ao solo, e os com bicos altos?<br />

Muito simples: a passagem do ar.<br />

Pode parecer simples, e o objetivo final é apenas<br />

fazer com que a camada de ar que passa por cima do<br />

carro seja mais veloz que a camada de ar que passa por<br />

baixo do veículo.<br />

Isso é obtido obrigando o ar por baixo da carro percorrer<br />

um caminho mais longo entre o bico e o extrator de ar lá<br />

atrás. O ar por baixo “demora” mais para sair do carro.<br />

Essa diferença de velocidade entre as duas<br />

camadas de ar em contato com a carroceria gera pressão<br />

e empurra o carro contra o solo. Essa diferença é<br />

acentuada ainda mais pelo extrator, que expande o ar<br />

que está em baixo do veículo e assim reduz muito sua<br />

velocidade em relação ao ar em cima dessa peça.<br />

Felipe Massa nos mostra como é o fundo de um <strong>F1</strong> atual.<br />

Por força do regulamento, o fundo do carro tem<br />

que ser em níveis: no fundo do chassis, tem aparafusada<br />

uma prancha de 10mm, e as laterais devem estar 50mm<br />

mais altas que o fundo do chassis sem a prancha.<br />

Tudo tem que ser plano, sem saliências ou cavidades até<br />

a altura do eixo traseiro, quando então a altura pode<br />

variar. É nessa área que vai montado o extrator, um<br />

túnel que visa expandir o ar que passa sob o carro.<br />

Aqui dá para ver um pouco da complexidade da<br />

passagem do ar por baixo do carro. Os engenheiros procuram<br />

que o ar passe conforme eles pensaram, mas Isso raramente acontece...<br />

No gráfico à direita, o vermelho indica velocidade mais alta do ar em contato com<br />

o carro, as azul as velocidades mais baixas – e o trabalho do extrator em reduzir essa<br />

velocidade. O ar em cima do carro passando mais velozmente, empurra o carro contra o solo.<br />

6


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Veja como o <strong>FW38</strong> evoluiu comparado ao seu antecessor<br />

O sucesso na Formula 1 tem a ver com<br />

continuidade, mas não com imobilidade!<br />

Olhando de longe, a maior diferença entre os carros<br />

2015 e 2016 não está na cara, ou melhor...no nariz, e sim<br />

nas bocas dos radiadores laterais. Mas o <strong>FW38</strong> tem<br />

muitos outros pontos que foram retrabalhados no CFD e<br />

depois no túnel de vento em relação ao modelo do ano<br />

passado, com o objetivo sempre de conseguir maior<br />

apoio aerodinâmico (grip) e ao mesmo tempo deslizar<br />

pelo ar com o menor arrasto possível. É o arrasto que dá<br />

o grip ao carro, mas o torna menos veloz de reta.<br />

Aliás, as laterais foram a área mais retocada para<br />

2016. As bocas mais largas em forma de meia-lua estão<br />

também mais altas, o que permite um tratamento mais<br />

refinado do ar nessa região.<br />

Da mesma forma, o caimento da lateral é menos<br />

inclinado que no carro anterior e, de forma geral, toda a<br />

lateral da carroceria está mais alta que no FW37. Claro<br />

que isso implicou numa redistribuição dos componentes<br />

envelopados (radiadores, sistemas elétrico e hidráulico)<br />

e num fluxo interno do ar diferente por dentro da lateral.<br />

Compare os carros 2015 (E) e 2016 (D).<br />

Note a”boca” dos radiadores nas laterais<br />

7


O CARRO - Aerodinâmica<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> FW37<br />

Outro ditado diz que, se deu certo no carro do adversário, vamos copiar! Neste caso, a <strong>Williams</strong> adotou as<br />

fendas em ângulo no bordo de ataque da cerca do aerofólio que a Mercedes usou no final da temporada de 2015, e<br />

acrescentou flapes na parte externa da lateral da cerca, em ângulo muito agudo. Em verde na foto à direita, uma aba<br />

canaliza o fluxo de ar para a parte de cima do extrator, o que aumenta a eficiência desse elemento aerodinâmico.<br />

O grupo de quatro pequenas cercas foi mantido<br />

no topo da entrada de ar para orientar o ar na lateral,<br />

e o pilão vertical que sai da bandeja do piso se dobra<br />

e se une à cerca externa, criando mais pressão no ar e<br />

mantendo a camada-limite grudada na carroceria por<br />

mais tempo, evitando o movimento ondulatório que<br />

gera muito arrasto indesejado.<br />

8


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O CARRO - Aerodinâmica<br />

Muito do desenvolvimento<br />

aerodinâmico sai de soluções em<br />

túnel de vento, mas testes de pista<br />

são aproveitados para validar as<br />

melhoras esperadas e também<br />

para coletar muitos dados sobre o<br />

comportamento do carro e assim<br />

orientar o caminho de novas<br />

soluções, que deixarão o carro<br />

ainda mais veloz.<br />

Muitos dados são coletados na pista. Na foro, uma grelha sensível montada no <strong>FW38</strong> e à direita como o engenheiro “vê” o ar passando ali.<br />

O trabalho no Departamento de Aerodinâmica nunca para! Sempre há desenvolvimentos em curso, novas idéias, novas peças.<br />

A <strong>Williams</strong> já programava introduzir um novo bico, mais curto, na segunda corrida do ano, no Bahrain, após os testes de fevereiro<br />

9


O CARRO - Aerodinâmica<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> FW37<br />

Cada pequena peça é desenhada de forma a gerar mais apoio aerodinâmico, o chamado “downforce”.<br />

A preocupação com a passagem do ar é tão extrema, os detalhes são tão refinados, que até o interno das rodas é aproveitado<br />

para empurrar o carro contra o solo.<br />

O TÚNEL DE VENTO - Aqui nascem as definições<br />

Aerodinâmicas dos carros da <strong>Williams</strong>.<br />

O F I C I N A - É neste prédio que os carros da <strong>Williams</strong><br />

são montados e preparados.


O CARRO - Aerodinâmica<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Ao longo do ano, dependendo das características de cada pista, muitas novas peças são introduzidas a cada Grande<br />

Prêmio. Perfis de asa, dutos condutores de fluxo de ar, abas laterais e uma miríade de pequenos flapes e abas são mudados<br />

conforme o carro precisa mais ou menos downforce. Todas essas peças são desenhadas em computador e depois testadas<br />

no túnel de vento antes de irem para a pista – o teste final onde a ideia será validada.<br />

Em teoria, quanto mais travada uma pista,<br />

menos importância tem o apoio aerodinâmicos<br />

em relação ao apoio mecânico proporcionado<br />

pelas suspensões do carro. Mas muitos outros<br />

fatores entram no cálculo: tipo de asfalto,<br />

temperatura esperada, as mesclas de pneus que estarão disponíveis, etc. Compare nas fotos abaixo, os diferentes perfis de<br />

asas variando de uma pista lenta (Mônaco) para uma muito veloz (Monza).<br />

Nos últlimos anos, costuma ser muito raro<br />

um desenho de carroceria ser mudado<br />

durante a temporada, mas a <strong>Williams</strong><br />

descobriu um ganho aerodinâmico<br />

importante encurtando a ponta do bico do<br />

<strong>FW38</strong>. Introduzido já na segunda corrida do<br />

ano, contudo, o novo desenho não trouxe na<br />

pista o ganho prometido no túnel de vento.<br />

11


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O CHASSIS <strong>FW38</strong> -<br />

Confirmando uma tradição<br />

Uma coisa que nunca foi posta em dúvida é que a <strong>Williams</strong> sabe<br />

fazer um bom chassis. Em 2014, o carro foi equilibrado e veloz em todos<br />

os tipos de pista, tirando o máximo dos pneus da Pirelli sem destruí-los.<br />

O modelo 2015 foi menos eficiente, e a equipe busca melhor grip<br />

mecânico no <strong>FW38</strong> para ser veloz e equilibrada em todas as corridas.<br />

Os “crash tests” garantem a integridade da célula de sobrevivência do piloto<br />

Construído em material compósito<br />

mesclado com fibra de carbono e<br />

honeycomb (uma espécie de sanduíche de<br />

alumínio e resinas), inteiramente projetado,<br />

moldado e montado na própria fábrica, o<br />

chassis <strong>FW38</strong> é extremamente leve, e o<br />

carro pronto recebe lastros de chumbo para<br />

atingir o peso mínimo exigido (702 kgs) mas<br />

ainda assim é resistente para passar nos<br />

rigorosos testes de impacto impostos pela<br />

FIA.<br />

DIMENSÕES :<br />

Comprimento = 5000 mm .<br />

Largura Máxima = 1800 mm<br />

Altura Máxima = 950mm<br />

Capacidade de combustível : 150 l<br />

Projetista-Chefe : Pat Symonds<br />

12


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O CARRO - Chassis<br />

O <strong>Williams</strong> de 2015 parece ter sido o <strong>F1</strong> que<br />

mais sofreu com a proibição do FRICS na<br />

temporada passada, um sistema que atuava na<br />

altura entre as suspensões dianteira e traseira e<br />

mantinha o carro sempre nivelado, fazendo a<br />

aerodinâmica funcionar direito.<br />

Por isso, o FW37 sofreu em pistas com muitos<br />

bumps e asfalto irregular, e não conseguiu usar<br />

os pneus tão bem quanto outros times.<br />

Uma forma de resolver essa situação seria<br />

melhorar a geometria da suspensão e mudar a<br />

distribuição de massas (pesos) do carro.<br />

A elevação das laterais indica que houve uma<br />

redistribuição interna dos vários componentes<br />

que ali são alojados. Pat Symonds foi atrás de<br />

uma solução “brincando” com o peso.<br />

Por exemplo, a parte final da carroceria ficou<br />

mais delgada, parece que muita coisa foi levada<br />

mais para o meio do chassis, redefinindo a<br />

distribuição de pesos para mais perto do centro<br />

de gravidade longitudinal.<br />

Sistema FRICS - Front-Rear Inter-Connecttion System<br />

Acionador Válvulas de Servo SECU FIA Bomba Hidráulica Vávulas de Servo Acionador<br />

2016 2015<br />

Note como a carroceria ficou mais fechada na traseira<br />

Apesar das suspensões não apresentarem<br />

mudanças visíveis, parece que deu resultado,<br />

pois os tempos nos testes de inverno em<br />

Barcelona foram muito bons, tanto com Massa<br />

quanto com Bottas. Apesar de relutar em prever<br />

onde seu carro está em relação aos demais,<br />

Symonds disse estar contente com os resultados<br />

mostrados pelo <strong>FW38</strong> nos 8 dias de testes.<br />

Então é esperar os treinos oficiais começaram<br />

em Melbourne, na Austrália, e descobrir se o<br />

modelo <strong>FW38</strong> vai honrar a velha tradição da<br />

<strong>Williams</strong> em desenhar bons chassis.<br />

As suspensões não mostram diferenças com o modelo 2015<br />

13


O CARRO - Componentes<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

OUTROS COMPONENTES – Os detalhes que fazem a diferença .<br />

Um bom carro é resultado de um bom conjunto.<br />

Ter apenas um motor super-potente ou somente um chassis<br />

excelente ou mesmo superior aerodinâmica não vão fazer do<br />

seu carro um vencedor. É preciso que tudo seja harmonizado<br />

e trabalhe em conjunto para o resultado aparecer.<br />

Muitos outros componentes que podem trazer sucesso ou<br />

fracasso são acrescentados à receita de se fazer um carro<br />

vencedor – ou pelo menos competitivo.<br />

Diversas peças e componentes são feitos “em casa”<br />

pela própria <strong>Williams</strong>. Asas, carroceria, o chassis, os<br />

braços de suspensão, todas as partes em fibra de<br />

carbono e outros materiais em compósitos são<br />

moldados em vulcanizados na autoclave da equipe<br />

em Grove.<br />

O <strong>FW38</strong> manteve a tela para o piloto no cockpit, de<br />

maneira a evitar que pequenos curtos-circuitos afetem<br />

todo o funcionamento do volante na corrida.<br />

14<br />

Um dos componentes “domésticos” é o<br />

sistema hidráulico de DIREÇÃO, por pinhão e<br />

cremalheira, o que inclui o VOLANTE com<br />

dezenas de acionadores para acertos do piloto


O CARRO - Componentes<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

As SUSPENSÕES também são produzidas pela própria <strong>Williams</strong> em triângulos superior e inferior, barra anti-roll e<br />

acionamento dos amortecedores por sistema pushrod. Sem a ajuda do sistema FRIC, que conectava a suspensão<br />

dianteira à traseira e impedia que a frente do carro afundasse nas freadas e levantasse na aceleração da saída das<br />

curvas, Pat Symonds teve que aumentar a altura do chassis em relação ao solo e o carro ficou mais nervoso no limite.<br />

A equipe sofreu nas trocas de pneus em 2015; redesenhou as<br />

mangas de eixo e tornou-se a campeã dos pit-stops desta temporada<br />

A CAIXA DE CÂMBIO é outro conjunto projetado e<br />

construído na própria <strong>Williams</strong>. Com 8 marchas à frente<br />

mais a marcha a ré, é feita de fibra de carbono e titânio<br />

e a relação de marchas este ano é fixa para todo o<br />

campeonato. Aqueles acertos finos de relação de<br />

marchas para cada circuito são coisa do passado. No<br />

caso da <strong>Williams</strong>, a opção foi de uma relação de marchas<br />

que beneficie a velocidade em vez do torque. Por isso,<br />

pistas como Mônaco e Hungria serão difíceis para eles,<br />

mas pistas velozes como Silverstone, Spa e Monza<br />

podem trazer a chance de vitória. Cada vez mais os<br />

pilotos dependem apenas do acerto aerodinâmico para<br />

deixar seus bólidos competitivos...<br />

Os AMORTECEDORES também são feitos na <strong>Williams</strong>.<br />

E por fim, a <strong>Williams</strong> também constrói a BATERIA DE<br />

LÍTIO que estoca a eletricidade gerada pelos dois<br />

motores elétricos, o de calor (MGU-H, H de Heat = Calor)<br />

e o cinético (MGU-K...Kinetic, okay?).<br />

A <strong>Williams</strong> tem anos de experiência nessa área, tendo<br />

ajudado no desenvolvimento do Porsche Hybrid e<br />

vencido a concorrência para fornecer as atuais baterias<br />

da Formula E, a categoria de carros elétricos.<br />

Outro importante componente é o sistema<br />

de FREIOS, da marca AP, em carbono-carbono<br />

(disco e pinças). A temperatura pode chegar<br />

aos 1000 graus, mas a faixa de uso ótima está<br />

entre 700 e 800ºC. Os freios traseiros têm 4<br />

pistões e os da frente 6 pistões. A distribuição<br />

da força de freada frente x traseira é<br />

controlada pelo piloto de dentro do cockpit, e<br />

pode mudar várias vezes durante uma volta,<br />

conforme a próxima curva.<br />

15


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O CARRO – Unidade de Força<br />

A excelente unidade<br />

motriz Mercedes PU106 ainda<br />

é um importante elemento<br />

para trazer a <strong>Williams</strong> de volta<br />

às vitórias, depois de um ano<br />

frustrante em 2015<br />

A UNIDADE MOTRIZ PU106-B HYBRID - Velocidade e Resistência<br />

Mas porquê Unidade Motriz, e não<br />

simplesmente “motor”? Porque na verdade são<br />

quatro sistemas geradores de potência atuando<br />

juntos para levar o carro para a frente.<br />

Um deles é o bom e velho motor de combustão<br />

interna, atualmente um V6 a 90º com 1.600cc de<br />

capacidade cúbica, girando a 15 mil rpm. Ele não<br />

pode beber mais que 100 kgs de gasolina por<br />

hora, ou cerca de 140 litros – que é todo o<br />

combustível que o carro carrega para percorrer os<br />

300 quilômetros de um GP completo! Assim, tem<br />

que fazer como Fangio dizia: correr o mais<br />

devagar possível...<br />

Para 2015, o motor Mercedes recebeu cornetas<br />

de injeção de altura variável e um escape maior.<br />

Todo o conjunto, mais a central eletrônica e os sensores todos não pode pesar mais que 145 kg.<br />

O piloto também conta com um<br />

turbo-compressor, que injeta ar nos<br />

cilindros a 500 bar de pressão em cada<br />

cilindro, aumentando muito a potência.<br />

Esse bichinho gira a “apenas” 125.000rpm!<br />

As moléculas de ar ficam tão comprimidas<br />

que aquecem e têm de ser resfriadas em<br />

radiadores antes de entrar nas câmaras de<br />

compressão do motor.<br />

Essa dupla motor/turbo produz entre 620 e<br />

660 hp de potência.<br />

16


O CARRO – Unidade de Força<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> FW37<br />

O terceiro sistema é o Gerador Cinético, MGU-K, e é<br />

parte do sistema de recuperação de energia. Nada mais<br />

é que o antigo KERS, recuperando energia cinética<br />

gerada pelas violentas freadas de um carro de corrida; e<br />

está ligado ao motor pelo volante, logo antes da<br />

embreagem.<br />

Este componente atinge 50.000 rpm e produz cerca<br />

de 120 kW de energia por volta, que é transferida para<br />

uma bateria de onde é posteriormente mandada de<br />

volta para o motor.<br />

O quarto componente é o MGU-H, ou Gerador<br />

Térmico, que coleta energia do calor da turbina de<br />

exaustão do turbo.<br />

Ele gira um dínamo, que transforma o calor em<br />

eletricidade que também é enviada à bateria de<br />

potência.<br />

Esses dois geradores carregam uma bateria e o piloto pode usar essa potência extra através de um botão no volante,<br />

liberando essa energia adicional por até 34 segundos a cada volta.<br />

Essa eletricidade acelera o turbo e o motor ao mesmo tempo, liberando até 4 Mega-Joules (MJ) para o motor e mais 2<br />

MJ para o turbo. Isso representa mais uns 160 HPs no pé direito do piloto. É como um botão de nitro!<br />

TOCANDO FLAUTA<br />

A barulho dos novos motores desapontou a todos em 2015, não era o barulho de um motor de corrida.<br />

Para melhorar o espetáculo, a FIA determinou a mudança do escapamento, de uma saída única para até três saídas, com<br />

um ou dois tubos mais estreitos somados à saída principal. De acordo com Roberto Dalla, da Marelli – empresa<br />

responsável pela aplicação dessa idéia, será possível manter a frequência do som mas com maior amplitude,<br />

aumentando a sensação de barulho.<br />

Os carros com motores Mercedes-Benz testaram na Espanha com dois tubos extras (2). O resultado você pode conferir<br />

em: https://www.youtube.com/watch?v=m29Tjm2Jr3M<br />

2<br />

17


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong>


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O TIME<br />

A própria Willams reconhece: seu maior ativo são<br />

seus empregados. A empresa emprega hoje cerca de<br />

600 funcionários, entre pessoal administrativo, da<br />

equipe de apoio e da equipe de pista.<br />

14 19


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O TIME<br />

ç<br />

CLAIRE WILLIAMS<br />

CHEFE DE EQUIPE DELEGADA<br />

Filha de Sir Frank <strong>Williams</strong>, Claire graduou-se em Ciências<br />

Políticas em 1999, aos 24 anos de idade, e foi trabalhar em<br />

Silverstone como Chefe de Imprensa.<br />

Desde pequena, Claire sempre esteve presente nos<br />

bastidores da equipe de seu pai, assim não foi surpresa ela<br />

começar a trabalhar na <strong>Williams</strong> em 2002, como Chefe de<br />

Comunicações.<br />

Após sete anos nessa função, Claire assumiu o posto de<br />

Diretora de Comunicações da <strong>Williams</strong> Holdings PLC,<br />

englobando todo o Grupo <strong>Williams</strong>. No ano seguinte, com a<br />

abertura do capital da empresa, Claire foi nomeada também<br />

Diretora de Relação com Investidores, uma posição de muita<br />

responsabilidade nas finanças da <strong>Williams</strong>.<br />

Acumulando as duas funções, Claire acabou promovida a um<br />

assento no Conselho de Diretoria, no posto de Diretora de<br />

Marketing e Comunicações em abril de 2012.<br />

20<br />

Em 2013, ela expandiu suas funções na equipe,<br />

assumindo o cargo de Chefe de Equipe Delegada, em suporte<br />

ao seu pai, passando a cuidar das atividades da equipe de <strong>F1</strong><br />

no dia-a-dia e no planejamento de longo prazo.<br />

No novo posto, ela cuidou do contrato de fornecimento de<br />

motores com a Mercedes-Benz para o biênio 2015-15, assim<br />

como pelas contratações de Felipe Massa, Rob Smedley e Pat<br />

Symonds.<br />

Marido e filhos? Seu maior sonho no momento, ela mesma<br />

diz: “Eu quero ganhar corridas!”


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O TIME<br />

FELIPE MASSA & DAVE ROBSON<br />

PILOTO E ENGENHEIRO DE PISTA DO CARRO # 19<br />

FELIPE MASSA<br />

Origem : São Paulo, BRASIL<br />

Nascimento: 25 de abril de 1981<br />

Altura : 1,66m<br />

Peso: 60 kg<br />

Este paulistano começou a correr de kart em 1990, e aos 16<br />

anos já estreava nos carros, pilotando um Fórmula Chevrolet,<br />

categoria em que se sagrou campeão no ano seguinte.<br />

Em 2000, foi para a Europa, correr no Italiano de F-Renault,<br />

vencendo já na corrida de estréia e continuou vencendo. Animada,<br />

sua equipe o convidou a participar também no Europeu da<br />

categoria, e Massa acabou o ano campeão italiano e europeu de F-<br />

Renault.<br />

O passo seguinte foi a Fórmula 3000 européia, e Massa<br />

venceu seis das oito corridas do campeonato de 2001, recebendo<br />

como prêmio nada menos que um contrato com a Scuderia Ferrari.<br />

Estava aberto o caminho para a <strong>F1</strong>, e a Ferrari patrocinou um teste<br />

para ele na equipe Sauber para avaliar suas reações ao volante de<br />

um carro muito mais potente.<br />

Massa estreou na <strong>F1</strong> pela Sauber em 2002 e na sua segunda<br />

corrida marcou seu primeiro ponto, numa época em que apenas o<br />

seis primeiros pontuavam. Marcou ao todo 4 pontos nesse seu ano<br />

de estréia no Mundial e a Ferrari o aproveitou como piloto de<br />

testes exclusivamente da equipe em 2003.<br />

De volta à Sauber em 2004-05, ele somou 12 pontos no<br />

primeiro ano e 11 no ano seguinte. Em setembro de 2005, foi<br />

chamado pela Ferrari para ser seu piloto titular no campeonato de<br />

2006, entrando na vaga deixada por Barrichello.<br />

Na Ferrari, Massa mostrou seu potencial. Conquistou seu<br />

primeiro pódium no GP da Europa, 5ª. etapa, e sua primeira poleposition<br />

na Turquia, vencendo essa corrida com segurança.<br />

2008 foi seu grande ano na Ferrari, e com 6 poles e 6 vitórias,<br />

ele ficou a apenas 1 ponto de tornar-se Campeão Mundial. Seu<br />

acidente na Hungria em 2009 , levando uma fortíssima pancada na<br />

cabeça, o afastou das pistas pelo restante do ano.<br />

Mais três temporadas pela Ferrari não trouxeram novos<br />

bons resultados, e Massa assinou por dois anos com a <strong>Williams</strong><br />

para correr por Grove em 2014-15 e recentemente renovou para<br />

mais 2 anos. Fica na <strong>Williams</strong> até 2017<br />

Site oficial : felipemassa.com.br<br />

DAVE ROBSON Inglês, nasceu em 16 de outubro de 1976 e<br />

cresceu na região de Middlesbrough.<br />

Seu interesse por engenharia nasceu da ênfase que sua<br />

escola de Ensino Médio dava a essa disciplina, e a facilidade de<br />

empregos nessa área na sua região o levaram a conseguir um<br />

estágio na British Steel.<br />

Formou-se engenheiro em Oxford, no St. John’s College, no<br />

ano 2000 e graças à sua tese de formatura, foi contratado pela<br />

McLaren como Engenheiro de Materiais.<br />

Após quatro anos no departamento de projetos, Dave passou<br />

a trabalhar na equipe de testes, ajudando no desenvolvimento dos<br />

carros com os pilotos de testes Pedro de la Rosa e Alex Wurtz.<br />

Em 2008, tornou-se Analista de Performance na equipe<br />

titular, trabalhando no carro de Heikki Kovalainen, e ajudou seu<br />

piloto a conseguir a pole-position no GP da Inglaterra e tornar-se o<br />

100º. Piloto a vencer um Grande Prêmio, com a vitória na Hungria.<br />

Com a chegada de Jenson Button na McLaren em 2010,<br />

Dave passou a trabalhar no carro do então Campeão Mundial de<br />

Pilotos e, na metade do ano, assumiu o posto de Engenheiro de<br />

Pista do carro número 1.<br />

Com a notável melhora de competitividade da <strong>Williams</strong> em<br />

2014, Dave aceitou mudar-se para Grove. Desde então, trabalha<br />

junto com Felipe Massa atrás das vitórias que todos estão<br />

sonhando para esta temporada.<br />

Xavier Marcos<br />

Data Engineer (Massa)<br />

21


O TIME<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

VALTTERI BOTTAS & JONATHAN EDDOLLS<br />

PILOTO E ENGENHEIRO DE PISTA DO CARRO # 77<br />

VALTTERI BOTTAS<br />

País de Origem : Nastola, FINLÂNDIA<br />

Nascimento: 28 de agosto de 1989<br />

Altura : 1,73m<br />

Peso: 70 kg<br />

Valtteri começou a correr de kart com apenas 6 anos e foi<br />

aumentando sua experiência nos pequenos monopostos por 10<br />

temporadas.<br />

Igual a seu companheiro de equipe, Bottas correu o Europeu<br />

e o Regional de F-Renault e venceu os dois títulos, em 2008,<br />

vencendo 17 das 28 corridas em que participou.<br />

Em 2009 ele passou para a Fórmula 3 e venceu o Masters F3,<br />

fazendo a pole e melhor volta. Repetiu o feito em 2010, tornandose<br />

o primeiro piloto a vencer o Master duas vezes.<br />

Campeão da GP3 no ano de estréia, assinou com a <strong>Williams</strong><br />

para ser piloto de testes nas temporadas de 2010-11, assumindo<br />

como Piloto Reserva para 2012, participando de 15 treinos oficiais.<br />

Elevado a Piloto Oficial em 2013, Bottas sobreviveu ao pior<br />

ano da história da <strong>Williams</strong> e manteve-se na equipe para 2014,<br />

quando fez uma temporada excepcional, com 6 pódiums e o<br />

quarto lugar no Mundial de Pilotos, com 186 pontos que ajudaram<br />

a equipe <strong>Williams</strong> a ficar em terceiro no Mundial de Construtores.<br />

Foi bem novamente em 2015 e agora espera se colocar em<br />

condições de conquistar sua primeira vitória na Fórmula 1.<br />

Site oficial : valtteribottas.com<br />

JONATHAN EDDOLLS Inglês, de 1 de fevereiro de 1981.<br />

Mexer nas máquinas da fazenda onde cresceu fez nascer nele<br />

o interesse pela mecânica. Durante dois anos na sua juventude,<br />

que ele chama de “os anos <strong>Williams</strong>-Mansell”, Jonathan restaurou<br />

um velho trator da família e foi nessa época que seu interesse<br />

pela <strong>F1</strong> se instalou.<br />

Formou-se engenheiro em Oxford, no Christ Curch College,<br />

no ano 2003 e foi um aluno excepcional, tendo recebido várias<br />

menções como o Primeiro da Classe. Seu projeto de graduação no<br />

quarto ano valeu-lhe medalhas da Universidade de Oxford e o<br />

prestigioso Prêmio SET (Sciences, Engineering and Technology),<br />

com que o governo britânico premia seus estudantes mais<br />

destacados em cada ano.<br />

Em seu terceiro ano de faculdade, Jonathan fez um estágio no<br />

Departamento de Pesquisa e Materiais da <strong>Williams</strong> e foi<br />

contratado pela equipe assim que se graduou. Tornou-se<br />

Engenheiro de Dados em 2005.<br />

A partir de 2011, ele participou também do grupo de<br />

performance que analisava os dados após cada corrida.<br />

Subiu junto com Bottas para a equipe titular em 2013, como<br />

Engenheiro de Pista do finlandês, e continua no posto com as<br />

excelentes performances do carro 77. Se objetivo é o mesmo de<br />

seu piloto, é vencer a sua primeira corrida na <strong>F1</strong>.<br />

22<br />

Patric Gustafsson<br />

No 1 Mechanic (Bottas)


Pilotos Auxiliares<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

O TIME<br />

ALEX LYNN<br />

PILOTO DE DESENVOLVIMENTO<br />

País de Origem : Essex, INGLATERRA<br />

Nascimento: 17 de setembro de 1993<br />

Altura : 1,75m<br />

Peso: 67 kg<br />

Mais um que também começou no kart, aos onze anos.<br />

Mais um que fez sua estréia nos carros na F-Renault.<br />

Campeão da F-Renault inglesa em 2012 e do GP de Macau de<br />

Fórmula 3 de 2013, campeão da GP3 em 2014, Alex Lynn começou<br />

na <strong>Williams</strong> como Piloto de Desenvolvimento, o homem<br />

encarregado dos testes no simulador da fábrica em 2015. Foi<br />

muito bem nessa função e até testou na pista no meio do ano, e<br />

assim foi confirmado pela equipe para continuar em 2016.<br />

“Apreciei a oportunidade de continuar o meu trabalho na<br />

<strong>Williams</strong>. Será muito bom ajudar a desenvolver o carro e ganhar<br />

conhecimento técnico e humano”, afirma Lynn.<br />

Site oficial : alexlynnracing.com<br />

PAUL DiRESTA<br />

PILOTO RESERVA<br />

País de Origem : Uplhall, ESCÓCIA<br />

Nascimento: 16 de abirl de 1986<br />

Altura : 1,85m<br />

Peso: 78 kg<br />

Outro kartista de origem, mais um que fez sua estréia nos<br />

carros na F-Renault. Em 2004 foi eleito o Piloto Jovem do Ano<br />

pela Confederação Britânica (BDRC). No ano seguinte subiu para a<br />

F3 e, em 2006, sagrou-se campeão europeu de F3 batendo seu<br />

companheiro de equipe Sebastian Vettel e venceu o Masters F3.<br />

Em 2007 Paul foi correr no DTM pela Mercedes e aprendeu os<br />

segredos da categoria, ganhando o título de 2010 depois de ser<br />

terceiro e vice. A Mercedes então o levou para a <strong>F1</strong>, com um lugar<br />

na equipe Force India.<br />

Em 2014 diResta voltou para o DTM, e este ano vai dividir seu<br />

tempo entre a categoria de turismo alemã e a função de piloto<br />

reserva da <strong>Williams</strong> Martini Racing.<br />

Site Oficial : Não Encontrado. twitter.com/pauldiresta<br />

O interior da fábrica da <strong>Williams</strong><br />

23


O TIME<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Os Homens das pranchetas<br />

PAT SYMONDS<br />

DIRETOR TÉCNICO<br />

Patrick Symonds foi anunciado DT da <strong>Williams</strong> em julho de 2013, após<br />

um breve período como consultor na Marussia.<br />

Esse breve relato não dá conta da enorme e excepcional experiência<br />

deste inglês de Bedford que começou na <strong>F1</strong> na equipe Toleman em 1980.<br />

E ali ele fez sua carreira toda na <strong>F1</strong>, subindo de posto enquanto a equipe<br />

se tornava Benetton e depois Renault <strong>F1</strong>. Engenheiro de Pista de<br />

Alessandro Nannini, Teo Fabi e de Michael Schumacher nos dois títulos<br />

do alemão pela Benetton.<br />

Pat também acumulava nesse período a função de Chefe de Pesquisa. Com a saída de Rory Byrne para a Ferrari em 1996, Symonds<br />

assumiu o posto de Diretor Técnico. Quando a Renault assumiu as operações em 2002 , ele tornou-se Diretor Técnico Executivo.<br />

O currículo deste Engenheiro Aerodinâmico de 62 anos (11 de julho de 1953) aponta mais de 30 vitórias e sete campeonatos mundiais,<br />

tendo trabalhado com pilotos do quilate de Ayrton Senna, Michael Schumacher e Fernando Alonso.<br />

Na <strong>Williams</strong>, Pat foi o responsável técnico pelo modelo FW37 de 2015. Esperava-se mais daquele carro, alguns pontos ficaram abaixo do<br />

desempenho projetado, mas as correções do projeto podem significar um bom carro da <strong>Williams</strong> nesta temporada!<br />

ED WOOD<br />

PROJETISTA CHEFE<br />

Engenheiro graduado em Manchester, Wood começou no<br />

automobilismo como mecânico da Jaguar nos protótipos do Grupo C em<br />

1988 e continuou com a TWR por mais alguns anos.<br />

Doutor em Engenharia Mecânica por Oxford em 1996, no ano seguinte<br />

Eddie entrou na <strong>F1</strong> pelas mãos da Ferrari, como Engenheiro de Pesquisa.<br />

Dois anos depois foi para a Renault, antes de assumir o posto de<br />

Engenheiro Chefe no programa de rally da Prodrive para a Subaru.<br />

Desde 2006, Wood é o Projetista Chefe da <strong>Williams</strong>.<br />

JASON SOMMERVILLE<br />

CHEFE DE AERODINÂMICA<br />

Outro técnico que começou na TWR, neste caso desenvolvendo o carro<br />

da Volvo no BTCC de 1995. Seis vitórias em 95, mais cinco em 96.<br />

Em 1997 Sommerville mudou-se para a <strong>Williams</strong> Engineering, como<br />

engenheiro aerodinamicista. Foi o responsável pelo desenvolvimento do<br />

protótipo que a <strong>Williams</strong> construiu para a BMW em 1998, que culminou<br />

com a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1999.<br />

Nesse ano, Jason passou para a equipe de <strong>F1</strong>, trabalhando no primeiro<br />

<strong>Williams</strong>-BMW, o modelo FW22.<br />

Em 2003 Sommerville saiu da <strong>Williams</strong> e foi para a Toyota como Aerodinamicista Chefe. Foi ele quem desenvolveu o difusor duplo em<br />

2009, que significou um passo à frente no desenvolvimento desse equipamento.<br />

Com a saída da Toyota da <strong>F1</strong>, Jason foi trabalhar na Renault e ali ficou até 2011 como Líder de Projetos Aerodinâmicos. Em agosto daquele<br />

ano, Sommerville retornou à <strong>Williams</strong> como Chefe de Aerodinâmica. Tem muito dele no carro deste ano, sem dúvidas!<br />

24


Os Gerentes<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> FW37<br />

O TIME<br />

ROD NELSON<br />

CHEFE DE PERFORMANCE<br />

Engenheiro de Pista da Benetton no período de 1997 a 2006, Nelson<br />

passou para a <strong>Williams</strong> como Chefe de Operações em 2007.<br />

Permaneceu em Grove por três anos, e então foi para a Lotus como<br />

Chefe de Performance Senior.<br />

Retornou à <strong>Williams</strong> como Chefe de Testes Performance em 2014, ano<br />

do espetacular retorno da <strong>Williams</strong> ao topo da <strong>F1</strong>. Envolvido em algumas<br />

situações de confronto ao longo do ano, Nelson passou em 2015 para a<br />

chefia de performance da equipe de testes, sendo o principal canal entre<br />

Rob Smedley e a fábrica, além de chefiar a sala de telemetria nas<br />

corridas, recebendo e interpretando os dados recebidos on line dos<br />

carros na pista e repassando as informações para as tomadas de decisão<br />

da equipe.<br />

ROB SMEDLEY<br />

CHEFE DE PERFORMANCE<br />

Seu primeiro time na <strong>F1</strong> foi a Stewart, em 1998-99. Com a compra da<br />

equipe pela Ford-Jaguar, Rob mudou-se para a Jordan como engenheiro<br />

de aquisição de dados. Subiu de posto para Engenheiro de Pista em 2003.<br />

Em 2004, assumiu a equipe de testes da Ferrari, onde trabalhou com<br />

Felipe Massa. Quando Massa assumiu o posto de titular da Scuderia, Rob<br />

foi para a equipe titular também, como Engenheiro de Pista de Massa.<br />

E mais uma vez ele acompanhou o brasileiro: quando Massa trocou a<br />

Ferrari pela <strong>Williams</strong> no final de 2013, não demorou muito até que o<br />

time de Grove anunciasse Smedley como Chefe de Performance.<br />

Braço-direito de Pat Symonds, Smedley será o chefe no Pit Wall e fará a<br />

comunicação entre a equipe de pista e a fábrica.<br />

OUTROS NOMES IMPORTANTES NA EQUIPE:<br />

Diretor Esportivo:<br />

Steve Nielsen<br />

Mecânico-Chefe :<br />

Mark Pattinson<br />

Coordinador da Equipe :<br />

James Broughton<br />

Encarregado da Estratégia :<br />

Richard Lockwood<br />

Encarregado das Operações de Engenharia : Jakob Andreasen<br />

Encarregado da Ciência Veicular :<br />

Max Nightingale<br />

Engenheiro Sênior de Desempenho : Andrew Murdoch<br />

Engenheiro Sênior de Sistemas Veiculares : Carl Gaden<br />

Engenheiro de Sistemas Veiculares : Charlie Hooper<br />

Aerodinamicista de Pista :<br />

Paul <strong>Williams</strong><br />

Piloto de Desenvolvimento no Simulador : Gary Paffett<br />

25


Piers Courage<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> FW37<br />

FRANK WILLIAMS<br />

TEAM PRINCIPAL<br />

Falar de Sir Francis Owen Garbett <strong>Williams</strong> é falar um pouco da própria<br />

história da Fórmula 1.<br />

Após uma breve carreira de piloto, mantida com seus ganhos num<br />

emprego de motorista de confeitaria, ele fundou sua própria equipe,<br />

aos 24 anos. A Frank <strong>Williams</strong> Racing Cars participou de corridas de<br />

Fórmula 3 e de Fórmula 2 com Tony Trimmer e Piers Courage entre<br />

1966 e 1968.<br />

Em 1969, <strong>Williams</strong> comprou um carro a Jack Brabham (Black Jack disse<br />

algumas vezes que não se lembrava de ter visto a cor do dinheiro de<br />

Frank, e por isso considerava que o carro estava emprestado!) e com<br />

financiamento de seu rico amigo e piloto Piers Courage entrou para a<br />

<strong>F1</strong> em 1969. Além de herdeiro da fábrica de cervejas, Piers era um<br />

ótimo piloto, e o Brabham não era um mau carro, o que rendeu<br />

algumas corrida excepcionais à dupla, como dois segundos lugares<br />

(Mônaco e Watkins Glen).<br />

Para 1970, a gangue contratou Alejandro de Tomaso para construir um<br />

carro para a <strong>Williams</strong>. Deveriam ter ficado com o Brabham!<br />

Desenhado por um ainda inexperiente Gianpaolo Dallara, o carro não<br />

rendeu nada nas quatro primeiras corridas do ano. Na quinta, veio a<br />

tragédia! Piers saiu da pista em Zandvoort, seu carro capotou e<br />

explodiu em chamas, matando o piloto e amigo.<br />

A morte de Courage devastou Frank <strong>Williams</strong> de diversas maneiras.<br />

Até hoje dizem que por isso Frank trata seus pilotos com certa<br />

distância.. Sem o amigo e sem fundos para continuar, <strong>Williams</strong> deixou<br />

a <strong>F1</strong> após o GP dos Estados Unidos, a penúltima corrida do ano.<br />

Ainda devastado emocionalmente, ele montou um pequeno time<br />

para disputar a Fórmula 2 em 1971 e venceu em Ímola com Pace.<br />

1972 viu a <strong>Williams</strong> de volta à <strong>F1</strong>, com carros March para Henry<br />

Pescarolo e José Carlos Pace. “Pesca” não teve um ano bom na <strong>F1</strong>,<br />

mas Pace pontou logo de cara e repetiu a dose na Bélgica. Frank<br />

estava de volta ao jogo em 1973, com forte patrocínio e a Iso-<br />

Rivolta como sócio, mas os resultados nunca foram animadores.<br />

Apenas duas colocações inesperadas, um quarto lugar em<br />

Monza/74 e um segundo na Alemanha/75, não impediram que<br />

<strong>Williams</strong> quebrasse. Ele vendeu a equipe a Walter Wolf em 1976,<br />

permanecendo como chefe de equipe.<br />

O carro comprado por Wolf, o Hesketh 308C, era um <strong>F1</strong> ruim, e<br />

nem o gênio de Jacky Ickx pode dar alguma esperança de<br />

resultados. Reestruturando a equipe para 1977, Wolf dispensou<br />

Ickx e Frank <strong>Williams</strong>; e o que parecia ser o final da história<br />

revelou-se a chance para Sir Frank iniciar uma nova vida, desta vez<br />

um conto de fadas de muito sucesso!<br />

Dono de seu próprio nariz novamente. Frank e Patrick Neve, 1977<br />

26<br />

Courage no Brabham em 1969


EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> FW37<br />

Enquanto alinhava um March 761B para o belga Patrick Neve, Frank<br />

negociava patrocínio com os príncipes sauditas, numa época em que<br />

os árabes estavam comprando o mundo com seus petrodólares.<br />

Ao mesmo tempo, entrou em contato com um engenheiro pouco<br />

conhecido, um certo Patrick Head, a quem ofereceu sociedade em<br />

troca do projeto de um novo carro de Fórmula 1.<br />

Nascia a <strong>Williams</strong> Grand Prix Ltd.<br />

O primeiro carro de Patrick Head, o modelo FW-06 nas cores<br />

sauditas, correu com apenas um piloto, o australiano Alan Jones, e<br />

mostrou-se bastante competitivo, mas a Lotus dominou a <strong>F1</strong> em<br />

1978 com seus revolucionários carros-asa, e os carros convencionais<br />

como o FW-06 não tinham a menor chance contra os JPS pretos e<br />

dourados. Assim, o caminho era desenhar um carro-asa, e o FW-07<br />

que saiu da prancheta de Head veio para dar um fim aos anos de<br />

vacas magras que Frank <strong>Williams</strong> viveu desde sempre.<br />

Introduzido apenas na quarta corrida de 1979, agora num time de<br />

dois carros – Clay Regazzoni foi contratado para correr ao lado de<br />

Jones, o carro abandonou seus dois primeiros GPs, mas em seguida<br />

Alan Jones fez segundo lugar em Mônaco, os dois carros chegaram<br />

nos pontos na França e então finalmente Clay Regazzoni deu à<br />

<strong>Williams</strong> sua tão aguardada primeira vitória, em plena Silverstone,<br />

no GP da Inglaterra. A Fórmula 1 tinha uma nova força.<br />

Alan Jones venceu três dos quatro GPs seguintes e a <strong>Williams</strong><br />

terminou 1979 como vice-campeã dos construtores, um prelúdio<br />

para os dois anos seguintes, quando a <strong>Williams</strong> conquistou o bicampeonato<br />

de Construtores e Alan Jones o Mundial de Pilotos de<br />

1980.<br />

Alan Jones e Frank <strong>Williams</strong><br />

A partir dali, a <strong>Williams</strong> tornou-se uma potência na <strong>F1</strong>. Venceu o<br />

Mundial de Pilotos de 1982 com Keke Rosberg, o Mundial de<br />

Construtores de 1986 em parceria com os motores da Honda,.<br />

Infelizmente, em 1986 Frank sofreu um acidente de carro na França<br />

que o deixou paraplégico, mas isso é pouco para um homem com a<br />

coragem e a garra de Frank <strong>Williams</strong>! Ele seguiu adiante e venceu os<br />

dois Mundiais (Pilotos e Construtores) em 1987 com Nelson Piquet.<br />

Após um intervalo em que perdeu os motores Honda, a equipe de<br />

Grove voltou ao topo, agora com motores Renault, e faturou os<br />

títulos em 1992 e 1993, com Mansell e Prost.<br />

Apesar da tragédia com Ayrton Senna em 1994, morto na quarta<br />

prova do Mundial, a equipe foi tri-campeã de Construtores nesse<br />

ano.<br />

Campeã novamente, desta vez com dois filhos de campeões, Damon<br />

Hill em 1996 e Jacques Villeneuve em 1997, nada parecia abalar suas<br />

estruturas. A <strong>Williams</strong> vencera 10 Mundiais desde a estréia do FW07<br />

em 1979 e estava no topo já há 17 anos.<br />

Mas a <strong>F1</strong> dá voltas, e não só na pista. A Renault, parceira de longa<br />

data, decidiu sair da Fórmula 1. Sem apoio de uma fábrica, a<br />

<strong>Williams</strong> perdeu competitividade. Ao mesmo tempo, montando um<br />

time de estrelas e calçando pneus feitos especialmente para seu<br />

carro, a Ferrari assumiu o domínio a partir de 1999. Foram 6 títulos<br />

seguidos de Construtores para a equipe de Maranello.<br />

A resposta da <strong>Williams</strong> veio numa nova parceria, com a bávara BMW<br />

em 2000. Apesar de voltar a vencer e ser vice-campeã em 2002 e<br />

2003, a parceria foi tensa. A BMW queria assumir o controle da<br />

equipe, deixando <strong>Williams</strong> no comando, mas o velho Frank já vivera<br />

essa experiência e disse não aos alemães. Rompeu-se assim a<br />

associação com a BMW no final de 2005.<br />

Após um ano fraco com os motores Cosworth, a <strong>Williams</strong> assina o<br />

fornecimento da Toyota. Mas os resultados são apenas medianos, as<br />

vitórias não acontecem mais. Com a saída da Toyota da <strong>F1</strong> em 2009,<br />

voltam os motores Cosworth.<br />

2011 traz de volta um velho parceiro, a Renault. Os resultados<br />

continuam fracos, exceto uma improvável vitória de Pastor<br />

Maldonado no GP da Espanha/2012, até hoje a última vitória de um<br />

carro <strong>Williams</strong> na <strong>F1</strong>. 2013 foi o pior ano da <strong>Williams</strong>, a seco de<br />

pontos pela primeira vez desde 1977.<br />

Finalmente em 2014 chegam os motores Mercedes, e a história dá<br />

outra guinada, desta vez no sentido certo. Novas vitórias virão.<br />

Silverstone, 14 de julho de 1979: Clay Regazzoni vence o GP da Inglaterra, a primeira de 114 vitórias da <strong>Williams</strong> na <strong>F1</strong>.<br />

27


EDIÇÃO<br />

ESPECIAL<br />

Fórmula 1 - 2016<br />

• O Calendário da Temporada 2016<br />

• As Pistas Onde A Fórmula 1 Vai Correr<br />

• As Equipes, Seus Carros, Seus Pilotos<br />

• O Que Acontece No Fim de Semana<br />

• Os Pneus Deste Ano – Tem Novo Composto<br />

• Todos Os Campeões Mundiais e Muito Mais !<br />

28


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Temporada 2016 - O que muda<br />

2016 será um ano de transição para a Fórmula 1. Será o último ano com as atuais regras técnicas no que<br />

refere a aerodinâmica e dimensões do carro. Por isso, os carros desta temporada são basicamente<br />

desenvolvimentos dos carros 2015.<br />

Buscando aumentar o interesse do público em<br />

geral, a FIA introduziu algumas mudanças no formato da<br />

competição para este ano.<br />

Na parte técnica, a adoção de saídas extras ligadas<br />

ao escapamento principal visam apenas aumentar o<br />

barulho dos carros.<br />

Para melhorar a segurança dos pilotos, as laterais do<br />

cockpit foram elevadas em 20 mm.<br />

Este ano serão permitidas cinco trocas de motores -<br />

eram 4 antes; e poderão ser feitas até 32 modificações<br />

no desenho das peças ao longo da temporada, as<br />

chamadas “fichas”, o que deixa espaço para o<br />

desenvolvimento da Unidade de Potência durante o ano.<br />

A grande mudança técnica deste ano, contudo,<br />

vem nos pneus. A Pirelli desenvolveu um novo tipo de<br />

pneu, o ultra-macio, muito mais veloz que os atuais, que<br />

estará disponível no Q3 em todas as corridas junto com<br />

os dois tipos para pista seca escolhidos pelo fornecedor.<br />

Ao final da Classificação, cada piloto poderá escolher<br />

dois dos três compostos para a corrida.<br />

É provável que o ultra-macio só seja usado no Q3,<br />

mas a Classificação em si mesma mudou radicalmente<br />

em 2016. Os períodos de Q1, Q2 e Q3 não mudam, mas<br />

a cada 90 segundos (= uma ou duas voltas) o último<br />

colocado é eliminado – o que meio que obriga que a<br />

maioria dos pilotos restantes esteja na pista o tempo<br />

todo para garantir não ser ele o eliminado da vez.<br />

Os comissários da A FIA também estarão mais<br />

atentos aos “alargamentos” de pistas dos pilotos nas<br />

curvas e a competição passará a usar o Safety Car Virtual<br />

nas sessões de classificação em vez de parar a sessão –<br />

uma estupidez, porque assim a contagem do tempo não<br />

para, mas não veremos carros na pista. Ou a FIA pensa<br />

que as equipes vão queimar pneus andando devagar sob<br />

bandeiras amarelas?<br />

Em compensação, o DRS poderá ser usado assim que o<br />

Safety Car Virtual for retirado. Antes o DRS só ficava<br />

ativo depois de duas voltas. Mais ultrapassagens assim!<br />

Outra mudança esportiva interessante é a limitação<br />

do que a equipe poderá dizer ao piloto. Instruções<br />

sobre acertos do carro no volante, durante a<br />

corrida, estão proibidos. Tem piloto dizendo que vai<br />

ter que pilotar com post-its pelo cockpit para<br />

lembrar de tudo o que precisa monitorar de agora<br />

em diante... Mas agora eles vão ter que pilotar<br />

mesmo, não é?<br />

Saída extra do<br />

escapamento<br />

Os canos extras poderão adotar qualquer<br />

configuração, como nos dois exemplo acima<br />

Joguem suas fichas, senhores! Até 32 delas poderão ser<br />

usadas para desenvolver os motores ao longo do ano.<br />

A Pirelli criou o pneu ultra-macio, de faixa roxa<br />

29


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

CALENDÁRIO 2016<br />

O Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2015 será disputado entre 20 de março e 27 de novembro, com<br />

um número recorde de 21 corridas nos cinco continentes. A novidade será o Grande Prêmio da Europa, no<br />

circuito de Baku, no Azerbaijão. Veja o calendário da Fórmula 1 este ano:<br />

ROUND 1 - 20 de Março<br />

. GP da AUSTRÁLIA (Melbourne)<br />

58 Voltas<br />

ROUND 2 - 3 de Abril<br />

GP do BAHRAIN (Sakhir)<br />

57 Voltas<br />

ROUND 3 - 17 de Abril<br />

GP da CHINA (Xangai)<br />

56 Voltas<br />

ROUND 4 - 1 de Maio<br />

GP da RUSSIA (Sochi)<br />

53 Voltas<br />

30


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

ROUND 5 - 15 de Maio<br />

GP da ESPANHA (Cataluña)<br />

66 Voltas<br />

ROUND 6 - 29 de Maio<br />

GP da MÔNACO (Mônaco)<br />

56 Voltas<br />

ROUND 7 - 12 de Junho<br />

GP do CANADÁ (G. Villeneuve)<br />

57 Voltas<br />

ROUND 8 - 19 de Junho<br />

GP da EUROPA (Baku/Azerbaijão)<br />

56 Voltas<br />

31


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

ROUND 9 - 3 de Julho<br />

GP da ÁUSTRIA (Spielberg)<br />

70 Voltas<br />

ROUND 10 - 10 de Julho<br />

GP da INGLATERRA<br />

(Silverstone) / 52 Voltas<br />

ROUND 11 - 24 de Julho<br />

GP da HUNGRIA (Budapeste)<br />

70 Voltas<br />

ROUND 12 - 31 de Julho<br />

GP da ALEMANHA<br />

(Hockenheim) / 52 Voltas<br />

32


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

ROUND 13 - 28 de Agosto<br />

GP da BÉLGICA (Spa-<br />

Francorchamps) / 44 Voltas<br />

ROUND 14 - 4 de Setembro<br />

GP da ITÁLIA (Monza)<br />

53 Voltas<br />

ROUND 15 - 18 de Setembro<br />

GP de CINGAPURA (Singapore)<br />

61 Voltas<br />

ROUND 16 - 2 de Outubro<br />

GP da MALÁSIA (Kuala Lumpur)<br />

56 Voltas<br />

33


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

ROUND 17 - 9 de Outubro<br />

GP do JAPÃO (Suzuka)<br />

53 Voltas<br />

ROUND 18 - 23 de Outubro<br />

GP dos ESTADOS UNIDOS<br />

(Austin - TX) / 56 Voltas<br />

ROUND 19 - 30 de Outubro<br />

GP do MÉXICO (Hers. Rodriguez)<br />

71 Voltas<br />

ROUND 20 - 13 de Novembro<br />

GP do BRASIL (Interlagos)<br />

52 Voltas<br />

ROUND 21 - 27 de Novembro<br />

GP de ABU DHABI (Yas Marina)<br />

55 Voltas<br />

34


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

AS EQUIPES<br />

Mercedes <strong>F1</strong> W-07<br />

Mercedes Grand Prix Ltd<br />

Mercedes Grand Prix Operations Centre<br />

Brackley, Northamptonshire<br />

NN13 7BD, England<br />

Internet: www.mercedes-amg-f1.com<br />

Mercedes-Benz PU106C Hybrid<br />

# 44 Lewis Hamilton / HAM<br />

Inglaterra<br />

. # 6 Nico Rosberg / ROS<br />

Alemanha<br />

Ferrari S<strong>F1</strong>6-H<br />

Ferrari 1.6 V6<br />

Scuderia Ferrari<br />

Ferrari SpA<br />

Via Ascari 55-57<br />

41053 Maranello (MO) - Italia<br />

Internet: www.ferrari.it<br />

# 5 Sebastian Vettel / VET<br />

Alemanha<br />

# 7 Kimi Raikkonnen / RAI<br />

Finlândia<br />

<strong>Williams</strong><strong>F1</strong> Ltd<br />

Station Road<br />

Grove, Wantage,<br />

Oxfordshire OX12 0DQ, England<br />

Internet: www.williamsf1.com<br />

<strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Mercedes-Benz<br />

PU106B Hybrid<br />

# 77 Valtteri Bottas / BOT<br />

Finlândia<br />

# 19 Felipe Massa / MAS<br />

Brasil<br />

35


O MUNDIAL 2016 - As Equipes EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Red Bull RB-12<br />

# 3 Daniel Ricciardo / RIC<br />

Australia<br />

# 33 Max Verstappen / VES<br />

Holanda - A partir de R5 Espanha<br />

Red Bull Racing Ltd<br />

The Stewart Building, Bradbourne Drive, Tilbrook, Milton Keynes<br />

Buckinghamshire, MK7 8BJ England / Internet: www.redbullracing.com<br />

. # 26 Daniil Kvyat / KVY<br />

Russia - Até R4 Rússia<br />

Force India <strong>F1</strong><br />

Dadford Road<br />

Silverstone, NN12 8TJ - England<br />

Internet: www.forceindiaf1.com<br />

# 11 Sergio Perez / PER<br />

Mexico<br />

# 27 Nico Hülkenberg / HUL<br />

Alemanha<br />

Force India VMJ – 09<br />

Mercedes-Benz PU106B Hybrid<br />

Renault RS–16 Renault ENERGY <strong>F1</strong><br />

Lotus Renault GP<br />

Whiteways Technical Centre<br />

Enstone - Oxfordshire OX7 4EE - ENGLAND<br />

Internet: www.lotusrenaultgp.com<br />

# 20 Kevin Magnussen / MAG<br />

# 30 Jolyon Palmer / PAL<br />

36


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

Toro Rosso STR 11<br />

Ferrari 1.6 V6<br />

Toro Rosso<br />

Via Spallanzani No.21<br />

48018 Faenza (RA) - Italia<br />

Internet:<br />

www.tororosso.com<br />

# 55 Carlos Sainz / SAI<br />

Espanha<br />

# 33 Max Verstappen / VES<br />

Holanda - Até R4 Rússia<br />

. # 26 Daniil Kvyat / KVY<br />

Russia - A partir de R5 Espanha<br />

Team Sauber Formel 1<br />

Wildbachstrasse 9<br />

8340 Hinwil, Switzerland<br />

Internet: www.sauberf1team.com<br />

Sauber C34<br />

Ferrari 1.6 V6<br />

# 9 Marcus Ericsson / ERI . # 12 Felipe Nasr / NAS<br />

Suécia<br />

Brasil<br />

Manor Grand Prix Racing Ltd<br />

Overthorpe Road<br />

OX16 4PM Banbury – Oxfordshire - England<br />

Internet:<br />

manorf1team.com<br />

Manor MR T-05<br />

Mercedes PU106B Hybrid<br />

# 88 Rio Haryanto / HAR # 94 Pascal Wehrlein / WEH<br />

Indonésia<br />

Alemanha<br />

37


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

McLaren MP4 – 31 Honda RA615 Hybrid<br />

McLaren International Ltd<br />

Unit 22 Woking Business Park, Albert Drive<br />

Sheerwater, Woking, Surrey GU21 5SA England<br />

Internet:<br />

www.mclaren.co.uk<br />

# 14 Fernando Alonso / ALO<br />

Espanha<br />

# 22 Jenson Button / BUT<br />

Inglaterra<br />

Haas VF-16<br />

Haas <strong>F1</strong><br />

1581 Roger Dale Carter Blvd<br />

Kannapolis, NC 28081, Estados Unidos<br />

Ferrari 1.6 V6<br />

Internet:<br />

www.haasf1team.com<br />

# 8 Romain Grosjean / GRO<br />

França<br />

# 21 Esteban Gutierrez/ GUT<br />

México<br />

CAMPEONATO MUNDIAL DE FÓRMULA 1 - 2016<br />

Sistema de Pontuação (*)<br />

Posição P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10<br />

Pontos 25 18 15 12 10 8 6 4 2 1<br />

(*) Para o Mundial de Construtores, somam-se os pontos dos dois carros conforme a posição de chegada.<br />

Por exemplo, um carro chegando em primeiro e o outro em quinto, a marca soma 35 pontos (P1=10 + P5=10)<br />

38


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O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

OS PNEUS<br />

Os pneus na <strong>F1</strong> são todos de uma mesma marca, os de 2016 são feitos pela Pirelli. O fabricante dos pneus leva este ano 5<br />

compostos para cada corrida: os dois de piso molhado e dois para pista seca (estes sempre pulando um nível de dureza – ou são os<br />

super-macios mais os médios ou são os macios junto com os duros) e a novidade, os ultra-macios. Com mais escolhas, ficará mais<br />

complicado para as equipes definir estratégias conforme a adaptação do carro aos pneus em cada tipo de circuito.<br />

Os pneus de tempo seco, conhecidos<br />

como slicks, são caracterizados pela banda<br />

de rodagem completamente lisa, sem<br />

blocos ou canais. Os compostos diferentes<br />

significa que os pneus são adequados de<br />

acordo com o tipo de asfalto, o número e<br />

severidade das curvas, e a velocidade final<br />

nas retas.<br />

ULTRA-MACIO / ROXO<br />

Este é um novo pneu de marca para este ano, que colocam ênfase na<br />

aderência mecânica.<br />

À medida que é o pneu muito mais suave na gama, concebido abaixo do<br />

Super-macio, tem um aquecimento muito rápido e enorme desempenho de<br />

pico, mas por outro lado é relativamente limitada sua vida útil. O Ultra-macio<br />

não é um pneu exclusivamente de qualificação, mas está indo nessa direção.<br />

Suas marcas roxas foram escolhidos como o resultado de uma campanha<br />

inovadora de mídia social, com os fãs que votam pela sua cor preferida.<br />

SUPER-MACIO / VERMELHO<br />

O segundo composto mais macio da gama é ideal para circuitos lentos e<br />

sinuosos, especialmente no tempo frio, quando é necessária aderência<br />

mecânica máxima. A vantagem do super-macio é ter um tempo de<br />

aquecimento extremamente rápido e ser muito aderente, mas por outro<br />

lado uma característica importante é, naturalmente, aumento da<br />

degradação.<br />

Este é um composto de baixa faixa de trabalho, ou seja, dura pouco, e<br />

sempre irá para a pista junto com os pneus Médios , os de faia branca.<br />

MACIO / AMARELO<br />

Este é um dos pneus usados ​com maior frequência, atingindo um bom<br />

equilíbrio entre desempenho e durabilidade, com o acento na performance.<br />

Ainda é inclinado para velocidade em vez de longas distâncias, mas é, no<br />

entanto, capaz de proporcionar às equipes uma vantagem competitiva, tanto<br />

no início da corrida em tanque cheio e quando utilizado como um pneu<br />

'corrida' no final.<br />

Este é um composto gama de funcionamento elevada, posto à disposição das<br />

equipes junto com os compostos do tipo Duro, os de cor laranja.<br />

MÉDIO / BRANCO<br />

Teoricamente este é o mais perfeitamente equilibrado de todos os pneus,<br />

com um compromisso entre performance e durabilidade. Como resultado,<br />

é extremamente versátil, mas seu melhor campo de trabalho é em circuitos<br />

que tendem para velocidades elevadas, altas temperaturas e elevadas<br />

cargas de energia.<br />

Este é um composto de faixa de trabalho média, ideal para pistas curtas e<br />

asfalto pouco abrasivo.<br />

A – Roda : 13 pol<br />

B – Diam Pneu de Seco : 660mm<br />

C – Diam Pneu Biscoito : 670mm<br />

D – Largura Diant : 245mm<br />

E – Largura Traseiros: 325mm<br />

INTERMEDIÁRIO / VERDE<br />

Os intermediários são os mais versáteis dos pneus para chuva,<br />

capazes de dispersar cerca de 25 litros de água por segundo na<br />

velocidade máxima.<br />

Eles podem ser usados ​em uma pista úmida ou um pouco molhada,<br />

bem como por algumas voltas no trilho de secagem que se forma<br />

quando cessa de chover. Aquecem muito rápido e se desgastam<br />

também de forma veloz e não aderem muito em pista seca.<br />

DURO / LARANJA<br />

O pneu mais duro na gama da Pirelli é projetado para os circuitos que colocam<br />

as mais altas cargas de energia através dos pneus, com curvas rápidas ou<br />

superfícies abrasivas, e muitas vezes são caracterizados por temperaturas<br />

ambientes elevadas.<br />

O composto leva mais tempo para aquecer, mas oferece durabilidade máxima<br />

- que muitas vezes significa que ela desempenha um papel fundamental na<br />

estratégia de corrida.<br />

Este é um composto com uma janela de funcionamento ótima mais elástica.<br />

Os pneus de chuva, os biscoitos, podem ser<br />

facilmente reconhecidos pelos sulcos profundos<br />

no padrão de piso e lamelas para drenar água no<br />

asfalto molhado. Os intermediários dispõem de<br />

canais que são menos profundas que o<br />

“molhado”. Tanto um como o outro têm diâmetro<br />

ligeiramente maior que os slicks para piso seco.<br />

CHUVA / AZUL<br />

Os pneus de chuva, ou Biscoitos, ou Wets, têm o pode dispersar até 65 litros<br />

de água por segundo na velocidade máxima, a solução para a chuva pesada.<br />

As últimas evoluções do azul Cinturato deixaram-no também eficaz em uma<br />

pista secando, com o aumento da durabilidade. O resultado é uma melhor<br />

dirigibilidade em uma ampla variedade de condições.<br />

No início de 2016, a Pirelli realizou o primeiro teste pneus de chuva específica<br />

com a Fórmula contemporânea, no circuito de Paul Ricard, na França, a fim de<br />

aperfeiçoar o desenvolvimento dos mais recentes pneus de chuva.<br />

40


O MUNDIAL 2016<br />

EDIÇÃO ESPECIAL - <strong>Williams</strong> <strong>FW38</strong><br />

UM FIM DE SEMANA TÍPICO NA <strong>F1</strong><br />

Quinta-Feira<br />

Sexta-Feira<br />

Dia de montar os carros; noite de festa<br />

No autódromo, é dia dos mecânicos juntarem as peças que chegaram nas caixas e<br />

montar carros de <strong>F1</strong> com elas. Na verdade, até o piso do box chega no pacote!<br />

Também nesse dia os patrocinadores levam seus pilotos a almoços e recepções<br />

com seus clientes locais e a imprensa, para fazer suas ações de relacionamento.<br />

E no final da tarde a FIA organiza uma Entrevista Coletiva com pilotos e outros<br />

membros das equipes, enquanto os mecânicos treinam os pit-stops.<br />

À noite os integrantes do circo da F-1 têm mais recepções e festas para atender,<br />

tadinhos...<br />

Dia de acertar os carros na pista<br />

O dia começa com as inspeções técnicas dos Fiscais da FIA.<br />

Tudo pronto, às 10:00h local tem início o TL-1, o primeiro treino livre para acerto dos<br />

carros. Aqui começa o apronto para o Treino Oficial e para a Corrida. Nos treinos<br />

livres, a equipe recole dados de desgaste de pneus, consumo, se os acertos básicos<br />

trazidos dos simuladores estavam corretos, etc., Os treinos livres duram 90 minutos<br />

e é comum cada carro da equipe andar com quantidade de combustível, ângulo de<br />

asa e pneus de tipos diferentes, para comparação de dados.<br />

Das 14:00h às 15:30 local, ocorre o TL2, e os testes continuam.<br />

Finalizado esse treino, a FIA promove outra Coletiva com os jornalistas credenciados.<br />

Sábado<br />

Domingo<br />

Dia do Treino de Classificação para o Grid<br />

Dia de corrida!!!<br />

Findo o Treino de Classificação, começa o trabalho dos mecânicos para preparar o<br />

carro para a corrida, porém apenas pode-se trocar os pneus, completar o tanque e<br />

fazer alguns ajustes nas asas, pois os carros são mantidos num parque fechado até a<br />

hora da corrida. Os dez primeiros no treino têm que largar com os pneus que usaram<br />

no Q2, a menos que mude a condição do clima. Os demais são livres para escolher.<br />

Separam-se os pneus de cada carro para a hora do pit-stop e é feito o briefing final.<br />

Às 13:30 local os carros se encaminham para suas posições de largada. Com os carros<br />

alinhados, acontece uma procissão de celebridades e outros VIPs para estar perto dos<br />

carros, embora os mecânicos possam ainda proceder alguns ajustes finais. 10 minutos<br />

antes da largada, todo o pessoal “festivo” é convidado a sair da pista e ficam apenas<br />

os mecânicos a cuidar dos carros. A 1 minuto da largada, esse pessoal também<br />

precisa liberar a pista e então é dado o sinal para a Volta de Apresentação.<br />

Completada essa volta...LARGADA!<br />

Dada a bandeirada de chegada, os três primeiros vão ao pódio receber seus prêmios e<br />

ali mesmo são entrevistados para a tevê. Em seguida, vão para a Sala de Imprensa<br />

conversar com os jornalistas. Ufa, acabou...para eles! Nos boxes, já começa o insano<br />

trabalho de desmontar os carros e embalar as peças para a corrida seguinte...<br />

Na noite anterior, os engenheiros analisaram os dados e passaram as informações<br />

para os chefes de equipe delinearem a estratégia para o treino cronometrado e para<br />

a corrida. Com isso, a manhã é dedicada a preparar o carro para o Treino de<br />

Classificação (TC), que vai definir as posições de largada. Às 11:00h ocorre o último<br />

treino livre, quando verificam se os acertos feitos para o TC estão corretos.<br />

Às 14:00h começa o Treino Cronometrado, com os 20 minutos do Q1, treino que<br />

classifica os 15 carros mais rápidos para continuar lutando por uma posição melhor<br />

enquanto os eliminados já fixam suas posições no grid de largada.<br />

14:27h é o horário previsto para começar o Q2, fase que vai eliminar mais cinco<br />

carros e já definir as suas posições de largada.<br />

Finalmente é hora de definir a pole-position! É o Q3, o treino final para os dez mais<br />

velozes. 10 minutos de pura emoção. Aqui se definem os dez primeiros no grid.<br />

Ao final desse treino, os três melhores dão uma nova Entrevista Coletiva à Imprensa.<br />

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O MUNDIAL 2016<br />

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Alocação dos pneus para o Grand Prix<br />

Previsão de cada equipe;<br />

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Resumo da corrida anterior;<br />

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Todas as informações e opiniões aqui contidas são de responsabilidade do editor. Todos os direitos reservados.<br />

Proibida a reprodução total ou parcial sem consentimento do editor.<br />

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