RELATÓRIO FINAL

(Manifestação da plateia. Pague o que deve pelo menos!
Tem que pagar o que deve!)
O SR. EDUARDO ADRIANO KOELLE - Se o POSTALIS nos
indicasse hoje outro administrador fiduciário, nós
colocaríamos outro administrador, transferiríamos a carteira.
Nós renunciamos aquilo que nós pudemos renunciar. Alguns
fundos não nos foram indicado gestores. Mantivemos a
administração em casa.
O SR. DEPUTADO PAULO AZI - V.Sa. já fez oficialmente
essa intenção? V.Sa. já colocou oficialmente ao POSTALIS?
O SR. EDUARDO ADRIANO KOELLE - O que nós
colocamos ao POSTALIS foram as cartas de renúncia aos
fundos em questão. Fundos cujos investimentos vão maturar
mais no longo prazo, se eles não tiverem um gestor a
indicar, nós vamos prejudicar, em última análise, os
cotistas.”.
Depreende-se, portanto, que diante do prazo de
vigência indeterminado estipulado no contrato celebrado entre Postalis e
BNY Mellon (cláusula décima), ambas as partes se encontram em posição
de rescindir o contrato sem, conduto, entrar em acordo.
Cabe-nos notar que este “impasse” entre Postalis e BNY
Mellon só beneficia uma das partes, quem seja, o BNY Mellon que, a
despeito de alegar não ter mais interesse na continuidade do contrato,
prossegue prestando o serviço de Administração Fiduciária atrelada à
exclusividade de investir em Fundos de Investimento igualmente
administrados pelo próprio BNY Mellon sendo ainda que, em alguns casos,
os Fundos de Investimento também são Geridos pela referida instituição.
Tudo isso, evidentemente, sendo regularmente
remunerado mediante cobrança de taxas por cada um dos serviços
prestados.
Parece-nos, portanto, situação bastante cômoda e
favorável àquela instituição financeira que contrasta com a expectativa e
apreensão dos pensionistas dos Fundos dos Trabalhadores dos Correios.
Diante deste impasse, esta Comissão Parlamentar de
Inquérito procurou tanto o BNY Mellon, quanto o Postalis, para discutir a
relação contratual e os prejuízos financeiros sofridos pelo Fundo de Pensão
dos Trabalhadores dos Correios, com um único propósito: mediar as
tratativas entre Contratante e Contratado com o objetivo de buscar uma
solução consensual de dissolução do contrato e que, em última instância,
beneficiasse diretamente os participantes e beneficiários do Postalis.
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