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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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Portanto, as reavaliações da Vale não poderiam<br />

turbinar o FRB já que as ações não foram vendidas e nem poderiam ser<br />

naquela época, pelos termos do contrato firmado no momento da<br />

compra. Nesse sentido, a Diretoria da Funcef descumpriu as regras do FRB<br />

e lançou valores referentes a resultados positivos apenas contábeis, e não<br />

financeiros, para viabilizar aumentos de benefícios ocorridos em 2010 e<br />

2011.<br />

Como já explicado anteriormente, viabilizar aumentos<br />

reais de benefícios via o FRB foi o pretexto para poder vender títulos<br />

públicos para poder fazer aplicações diversas no mercado de capitais.<br />

Essas aplicações, feitas de acordo com interesses diversos daqueles dos<br />

participantes, apresentavam alto risco e, com frequência, grandes<br />

prejuízos, inclusive com sérios riscos de perda total, como é o caso do FIP<br />

Sondas, FIP OAS Empreendimentos e Gradiente. Todavia, usando-se de<br />

artifícios contábeis e financeiros esse prejuízo foi mascarado e, pelo<br />

contrário, ajudou a gerar superávit para bancar aumentos de benefícios,<br />

num primeiro momento, até 2011 e, adiar as medidas de equalização do<br />

déficit, que já seriam necessárias desde 2012, não fossem essas práticas<br />

ilegais. Iremos a seguir fazer uma avaliação geral sobre esses<br />

investimentos, as fragilidades de governança da Funcef sobre eles e os<br />

principais artifícios utilizados para inflar os resultados, também chamados<br />

de “pedaladas da Funcef”.<br />

As diretorias responsáveis pela prospecção e gestão<br />

de investimentos da Funcef são, respectivamente, Diretoria de<br />

Investimentos e Diretoria de Participações Societárias e Imobiliárias. Além<br />

da seleção e gestão dos investimentos, está sob responsabilidade dessas<br />

diretorias o processo de elaboração e acompanhamento da Política de<br />

Investimentos, a qual define os critérios orçamentários de distribuição dos<br />

recursos a serem investidos, no que diz respeito à macro alocação,<br />

caracterizando conflito de interesses que fragiliza o processo. A gestão da<br />

micro alocação também é atribuição dessas diretorias.<br />

O modelo vigente desde 2009 de análise de propostas<br />

de investimentos em geral incluiu a participação das áreas de risco e<br />

controle, vinculadas à Diretoria de Planejamento e Controladoria.<br />

Anteriormente era requerida apenas análise de conformidade para as<br />

decisões relacionadas a investimentos mobiliários e imobiliários. Essa<br />

configuração de gestão e governança adotada na Funcef fragiliza a<br />

segurança e os controles sobre as decisões tomadas em seus processos de<br />

investimentos.<br />

Por exemplo, a opção pela gestão de parte da<br />

carteira de investimentos por meio de fundos de investimentos e as<br />

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