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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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preço em 51,72%, no ano de 2008, quando o mercado despencou em<br />

função da crise do subprime nos EUA. Porém, do ponto de vista contábil,<br />

em razão da metodologia utilizada, não houve reflexo correspondente na<br />

precificação da Vale – e consequentemente nos resultados da FUNCEF –,<br />

já que a queda no valor do ativo lançado contabilmente foi de R$ R$<br />

5,024 bilhões em 2007, para R$ 4,988 bilhões em 2008, praticamente nula:<br />

0,7%.<br />

O descompasso entre o valor de mercado e o valor<br />

lançado no balanço contábil pela Funcef proporcionou um saldo contábil<br />

– e não financeiro, frisa-se –, possibilitando contabilmente o pagamento<br />

dos aumentos permanentes de benefícios da ordem de 5,35%, sem<br />

garantia do custeio atuarial, principalmente considerando a<br />

impossibilidade de realização da participação da FUNCEF na Vale antes<br />

do ano de 2017, em razão de contrato de acordo de acionistas existente<br />

entre ela e outros fundos de pensão com investimento na Companhia.<br />

Em 2008, com a reabertura da adesão ao saldamento<br />

com regras idênticas às praticadas no exercício de 2006, houve<br />

movimentação de recursos entre os planos de benefícios, não obstante o<br />

resultado deficitário no exercício (R$ 3,189 bilhões), em função dos<br />

impactos da crise financeira mundial nas aplicações em renda variável,<br />

indicando o início da reversão do ciclo favorável que alimentou esses<br />

ativos, iniciado com o grande salto no valor das ações da Vale em 1999.<br />

Até então, conforme citado anteriormente, o método<br />

de precificação da Vale para fins contábeis era baseado numa média<br />

ponderada de seus preços negociados em bolsa nos últimos seis meses,<br />

permanecendo assim até 2009, quando foi alterado para o método de<br />

avaliação econômico-financeira, por meio de laudo emitido por empresa<br />

contratada, baseado no fluxo de caixa da companhia descontado a<br />

valor presente. A avaliação era realizada uma vez ao ano, não havendo<br />

data base definida. A mudança de metodologia levou a Auditoria<br />

Independente KPMG a emitir uma ênfase em seu parecer sobre as<br />

demonstrações contábeis da FUNCEF, em 2010, no sentido de que<br />

quando da efetiva realização do investimento Carteira Ativa II (Vale), os<br />

valores poderiam ser substancialmente diferentes daqueles registrados<br />

contabilmente.<br />

Tratando-se de ativo precificado por meio de laudo de<br />

avaliação econômico-financeira, elaborado por empresa especializada,<br />

a mensuração do referido montante é efetuada por meio da utilização de<br />

técnicas significativamente afetadas pelas premissas utilizadas, como as<br />

taxas de desconto e as estimativas de fluxos de caixa. A mudança de<br />

método produziu um aumento no preço do ativo, em 2009, da ordem de<br />

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