RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16 Relatorio-14-04-16

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De 1995 até 1997, o plano de benefícios definidos REG/REPLAN apresentou-se superavitário, entretanto registrou déficit nos exercícios de 1998 e 2000 e déficit acumulado no exercício de 2001. O déficit ocorrido no exercício de 1998 no REG/REPLAN foi de R$ 765,77 milhões, o ativo total do plano era de R$ 6,685 bilhões, enquanto sua reserva matemática era R$ 5,794 bilhões, com isso, o resultado acumulado ainda se manteve positivo, apesar do déficit deste ano (vide tabela a seguir). No exercício de 1999, o plano apresentou um superávit de R$ 1,600 bilhão, com isso, o déficit apresentado em 1998 foi momentaneamente revertido pelo resultado atípico apresentado pela carteira de investimentos da FUNCEF em razão dos resultados da bolsa de valores que apresentou crescimento excepcional no índice Ibovespa de 151,93%, caracterizando-se como um ponto fora da curva, já que seu desempenho foi negativo em 33.46% em 1998 e negativo em 10,72% em 2000. Em 2000, ocorreu outro grande déficit no exercício, da ordem de R$ 1,418 bilhão, porém, no acumulado, o saldo ainda continuou levemente positivo. Já em 2001 o plano apresentou seu primeiro resultado acumulado negativo para o período, da ordem de R$ 100 milhões, demonstrando que a ameaça ao equilíbrio do plano continuava latente na estrutura de suas contas, pressionando seus resultados. Na tabela abaixo, demonstra-se a evolução comparativa dos resultados do REG/REPLAN consolidado de 1994 a 2015 (R$ milhões): Ano Resultado Exercício Resultado Acumulado Ativo Total Recursos Garantidores dos Planos de Benefícios (RGPB) Provisões Matemáticas Rentabilidade Meta Atuarial INPC Ibovespa Vale3ON SELIC PIB DÓLAR 679

1994 240,46(b) 929,32 1059,6 2727,5 49,86 5,9 0,85 1995 135,49 375,95 5.093,92 4.980,11 4.583,03 0,86% 29,30% 21,98 -1,26 -10,62 40,25 4,2 0,97 1996 575,85 951,80 5.925,72 5.836,24 4.784,47 16,92% 15,67% 9,12 63,76 -11,21 24,92 2,15 1,04 1997 47,03 998,83 6.641,36 6.482,78 5.193,45 12,69% 10,60% 4,34 44,83 .19,48 40,84 3,38 1,12 1998 -765,77 233,06 6.685,18 6.449,94 5.794,05 -4,33% 8,64% 2,49 -33,46 -39,7 28,96 0,04 1,21 1999 1.367,72 1.600,78 7.719,10 6.139,84 5.729,92 30,90% 14,98% 8,43 151,93 322,6 19,04 0,25 1,79 2000 -1.418,33 182,45 8.047,32 6.373,85 7.277,00 5,31% 11,66% 5,27 -10,72 10,71 15.84 4,31 1.96 2001 -282,68 -100,23 8.682,28 7.953,26 8.124,39 23,36% 16,05% 9,44 -11,02 32,17 19,05 1,31 2.32 2002 343,66 243,43 9.702,16 9.329,20 8.892,05 19,56% 21,60% 14.74 -17,01 103,69 24,9 2.66 3,53 2003 243,43 14.703,59 14.283,91 10.584,96 21,55% 17,06% 10,36 97,34 72,83 16,33 1.15 2,89 2004 243,43 17.754,07 17.159,48 11.264,44 22,87% 12,61% 6,13 17,81 38,45 17,75 5,71 2,65 2005 243,43 20.911,91 19.047,73 13.017,87 19,01% 11,35% 5,05 27,71 30,76 18,05 3,16 2,34 2006 77,68 387,59 24.628,83 26.675,07 21.311,60 24,03% 8,98% 2,81 32.93 36,41 13,19 3,96 2,14 2007 343,87 731,46 30.307,22 29.540,68 25.644,98 28,45% 10,94% 5,15 43,65 88,9 11,18 6,09 1,77 2008 -3.189,94 -2.458,48 30.830,47 29.615,76 30.338,57 1,62% 12,34% 6,48 41,22 -51,72 13,67 5,17 2,34 2009 2.170,51 -287,97 36.328,32 34.779,37 32.594,63 20,27% 9,84% 4,11 82,66 83,39 8,65 2010 674,51 386,54 40.614,60 39.367,18 35.911,43 17,22% 12,32% 646 1,04 13,75 10,67 7,53 1,67 2011 -356,14 30,40 43.668,09 42.337,08 39.225,06 11,04% 11,91% 6.07 -18,11 -24,11 10,9 2,73 1,88 2012 1.459,17 -1.428,77 46.155,42 44.376,18 42.211,18 8,99% 12,04% 6,2 7,4 13,4 7,29 1,03 2,04 2013 -1.712,63 -3.141,40 47.760,41 45.543,88 44.850,74 7,01% 11,37% 5,56 -15,5 -10,94 9,9 2,49 2,34 2014 3.394,18 -6.535,58 47.232,52 45.418,44 47.098,78 4,12% 12,07% 6.23 -2,91 -34,55 11,65 0,1 2,66 2015(a) -3.254,34 -9.789,92 48.071,19 46.403,69 51.251,15 4,89% 6,8 6,15 -13,75 13,65 -3,8 3,1 - 0,33 1,74 2 – Apurações desta CPI e procedimentos instaurados por órgãos de controle externo De acordo com o Relatório nº 12 de 2012, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), a FUNCEF realizou, entre 2009 e 2012, um conjunto de procedimentos que inflaram artificialmente seus ativos e reduziram seus compromissos, de forma a demorar muito mais tempo para evidenciar três anos consecutivos de déficit e, mesmo assim, apresentar um resultado menos negativo que o real. A FUNCEF subestimou o crescimento real dos benefícios do Plano REG/REPLAN, levando a um cálculo das provisões matemáticas inferiores à real, portanto, reduzindo seu passivo. Acerca desse assunto a PREVIC afirmou no âmbito do Relatório nº 12 de 2012 que: “as informações retratadas são contundentes e não deixam margem para questionamento: o valor efetivamente observado equivale a mais de cinco vezes o que havia sido 680

1994 240,46(b) 929,32 1059,6 2727,5 49,86 5,9 0,85<br />

1995 135,49 375,95 5.093,92 4.980,11 4.583,03 0,86% 29,30% 21,98 -1,26 -10,62 40,25 4,2 0,97<br />

1996 575,85 951,80 5.925,72 5.836,24 4.784,47 16,92% 15,67% 9,12 63,76 -11,21 24,92 2,15 1,04<br />

1997 47,03 998,83 6.641,36 6.482,78 5.193,45 12,69% 10,60% 4,34 44,83 .19,48 40,84 3,38 1,12<br />

1998 -765,77 233,06 6.685,18 6.449,94 5.794,05 -4,33% 8,64% 2,49 -33,46 -39,7 28,96 0,04 1,21<br />

1999 1.367,72 1.600,78 7.719,10 6.139,84 5.729,92 30,90% 14,98% 8,43 151,93 322,6 19,04 0,25 1,79<br />

2000 -1.418,33 182,45 8.047,32 6.373,85 7.277,00 5,31% 11,66% 5,27 -10,72 10,71 15.84 4,31 1.96<br />

2001 -282,68 -100,23 8.682,28 7.953,26 8.124,39 23,36% 16,05% 9,44 -11,02 32,17 19,05 1,31 2.32<br />

2002 343,66 243,43 9.702,16 9.329,20 8.892,05 19,56% 21,60% 14.74 -17,01 103,69 24,9 2.66 3,53<br />

2003 243,43 14.703,59 14.283,91 10.584,96 21,55% 17,06% 10,36 97,34 72,83 16,33 1.15 2,89<br />

2004 243,43 17.754,07 17.159,48 11.264,44 22,87% 12,61% 6,13 17,81 38,45 17,75 5,71 2,65<br />

2005 243,43 20.911,91 19.047,73 13.017,87 19,01% 11,35% 5,05 27,71 30,76 18,05 3,16 2,34<br />

2006 77,68 387,59 24.628,83 26.675,07 21.311,60 24,03% 8,98% 2,81 32.93 36,41 13,19 3,96 2,14<br />

2007 343,87 731,46 30.307,22 29.540,68 25.644,98 28,45% 10,94% 5,15 43,65 88,9 11,18 6,09 1,77<br />

2008 -3.189,94 -2.458,48 30.830,47 29.615,76 30.338,57 1,62% 12,34% 6,48 41,22 -51,72 13,67 5,17 2,34<br />

2009 2.170,51 -287,97 36.328,32 34.779,37 32.594,63 20,27% 9,84% 4,11 82,66 83,39 8,65<br />

2010 674,51 386,54 40.614,60 39.367,18 35.911,43 17,22% 12,32% 646 1,04 13,75 10,67 7,53 1,67<br />

2011 -356,14 30,40 43.668,09 42.337,08 39.225,06 11,04% 11,91% 6.07 -18,11 -24,11 10,9 2,73 1,88<br />

2012 1.459,17 -1.428,77 46.155,42 44.376,18 42.211,18 8,99% 12,04% 6,2 7,4 13,4 7,29 1,03 2,04<br />

2013 -1.712,63 -3.141,40 47.760,41 45.543,88 44.850,74 7,01% 11,37% 5,56 -15,5 -10,94 9,9 2,49 2,34<br />

2014 3.394,18 -6.535,58 47.232,52 45.418,44 47.098,78 4,12% 12,07% 6.23 -2,91 -34,55 11,65 0,1 2,66<br />

2015(a) -3.254,34 -9.789,92 48.071,19 46.403,69 51.251,15 4,89% 6,8 6,15 -13,75 13,65 -3,8 3,1<br />

-<br />

0,33<br />

1,74<br />

2 – Apurações desta CPI e procedimentos instaurados<br />

por órgãos de controle externo<br />

De acordo com o Relatório nº 12 de 2012, da<br />

Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), a<br />

FUNCEF realizou, entre 2009 e 2012, um conjunto de procedimentos que<br />

inflaram artificialmente seus ativos e reduziram seus compromissos, de<br />

forma a demorar muito mais tempo para evidenciar três anos<br />

consecutivos de déficit e, mesmo assim, apresentar um resultado menos<br />

negativo que o real.<br />

A FUNCEF subestimou o crescimento real dos benefícios<br />

do Plano REG/REPLAN, levando a um cálculo das provisões matemáticas<br />

inferiores à real, portanto, reduzindo seu passivo.<br />

Acerca desse assunto a PREVIC afirmou no âmbito do<br />

Relatório nº 12 de 2012 que:<br />

“as informações retratadas são contundentes e não deixam<br />

margem para questionamento: o valor efetivamente<br />

observado equivale a mais de cinco vezes o que havia sido<br />

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