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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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Mesmo depois de 1994, após o processo de<br />

estabilização da economia, o Brasil sofreu as consequências de crises<br />

econômicas e financeiras como a do México em 1994, dos Tigres Asiáticos<br />

em 1997, da Rússia em 1998 e do subprime em 2008. Atualmente o Brasil<br />

está atravessando sua maior crise desde 1929.<br />

Nenhum fundo de pensão está imune aos efeitos de<br />

tais crises, sejam internas ou externas, e as consequências desses ciclos de<br />

turbulência no seu patrimônio pode ser uma redução do seu colchão de<br />

solvência ou até mesmo a realização de resultados deficitários<br />

acumulados. Todavia, é preciso que haja uma correta interpretação e<br />

classificação dos componentes de seus resultados deficitários para corrigir<br />

eventuais equívocos e mesmo apurar responsabilidades por erros, desvios<br />

e crimes cometidos, que podem ter causado ou potencializado resultados<br />

deficitários, oportunamente creditados a crises conjunturais.<br />

Cabe aos gestores de um fundo de pensão atuarem<br />

com zelo, diligência, perícia e responsabilidade, no sentido de promover a<br />

mitigação dos riscos e garantir o seu principal objetivo, que é o<br />

pagamento de benefícios aos seus participantes. Para tanto, contam com<br />

instrumentos e técnicas bastante disseminadas tanto para a gestão de<br />

ativos quanto passivos.<br />

Para a gestão de passivos há um vasto ferramental<br />

para elaboração de avaliações atuariais que permitem projetar as<br />

despesas de benefícios e arrecadação de contribuições futuras, a partir<br />

de premissas e hipóteses biométricas, demográficas e econômicofinanceiras<br />

de acordo com as características das massas de participantes.<br />

De acordo com nossa legislação, essas avaliações atuariais devem ser<br />

revistas anualmente, visto que determinadas premissas podem se<br />

modificar alterando o resultado e comprometendo o futuro dos<br />

participantes. O princípio maior do Sistema Fechado de Previdência<br />

Complementar é o de assegurar a preservação do equilíbrio econômicofinanceiro<br />

e atuarial dos planos de benefícios, sendo os demais princípios<br />

instrumentos essenciais para sua viabilização.<br />

Da mesma forma, há um conjunto de técnicas bem<br />

disseminadas para a gestão de ativos, comprometidas com uma visão<br />

prudente da relação risco e retorno, bem como de alinhamento entre os<br />

prazos de retorno dos investimentos e a necessidade de liquidez para<br />

efetivar o pagamento de benefícios. Tal modelo de gestão integrada de<br />

ativo e passivos é conhecida pela sigla em inglês ALM (Asset Liability<br />

Management).<br />

Nesse sentido, a Lei Complementar nº 109/2001<br />

estabelece, no seu Art. 7º, que os planos de benefícios atenderão padrões<br />

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