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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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Então, foram incluídas premissas injustificáveis para<br />

superestimar o valor: Taxa de Perpetuidade no valor de R$ 586 milhões e<br />

mais R$ 255 milhões denominado de “Ajuste Econômico”.<br />

Apesar desses absurdos, o laudo da Deloitte foi aceito<br />

tanto pela Funcef quanto pela Caixa Econômica Federal na condição de<br />

Administradora e Gestora do FIP OAS.<br />

É importante destacar que a mesma pessoa que<br />

assinou o laudo da OAS Empreendimentos para a Funcef, foi punida pela<br />

Justiça Federal, em segunda instância, por elaborar um laudo fraudulento<br />

para uma empresa sediada no Estado do Paraná, a Pedro Mufatto e Cia.<br />

Ltda.<br />

Nesse outro caso, o laudo fraudulento avaliou a<br />

empresa para venda com valor de mercado menor do que o real, com o<br />

intuito de gerar uma menor tributação. Tal fato indica que, a bem da<br />

verdade, os laudos de avaliação podem facilmente serem manipulados<br />

no sentido de atender o interesse do cliente-contratante, ora<br />

supervalorizando, ora subavaliando.<br />

É importante destacar que como o valor da OAS<br />

Empreendimentos foi reajustado apenas para efeitos do patrimônio líquido<br />

do FIP, não teve nenhum impacto fiscal – até mesmo se tivesse a<br />

reprecificação dos ativos no balança contábil da OAS, incidiram imposto<br />

por ganho de capital.<br />

Com base nesse parecer, a FUNCEF assinou boletim de<br />

subscrição de 20% das cotas de um FIP, pelo valor de R$ 400 milhões, que<br />

tinha em seu portfólio de investimento uma única empresa, em<br />

dificuldades, com três anos seguidos de prejuízos, cujo valor patrimonial<br />

era de R$ 237 milhões.<br />

Outra prova que denota a análise e aprovação<br />

“apressada” do investimento é o fato de que na data de aprovação, em<br />

20 de novembro de 2013, a Funcef não tinha recursos orçamentários no<br />

pipeline de sua política de investimentos, ou seja, não detinha recursos<br />

disponíveis para essa linha de investimentos (tanto que fez o primeiro<br />

aporte no FIP OAS somente em fevereiro de 2014).<br />

É importante destacar que a Ata da Reunião de<br />

Diretoria da Funcef de 20.11.2013 que aprovou o investimento no FIP OAS<br />

Empreendimentos, cita que o Diretor de Investimentos, Maurício Marcellini<br />

Pereira, registrou recomendação para vincular a aprovação à<br />

transformação da segunda parcela de R$ 200 milhões, em um direito da<br />

FUNCEF (opção), tendo em vista a restrição da Política de Investimento em<br />

vigor, e o cumprimento das premissas de desempenho da Companhia.<br />

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