RELATÓRIO FINAL

FUNCEF, para prestar consultoria para a FUNCEF, para
avaliar o investimento na OAS: a própria Deloitte. Olhem o
conflito de interesses! Vejam só: a Deloitte fazia avaliação
para a OAS, trabalhava para a OAS, prestava serviço à
OAS. Aí a FUNCEF... E o celular do Léo Pinheiro trocando
mensagens com o Carlos Borges deixa isso muito claro:
Comemoram! E eles trabalham para que a FUNCEF
contratasse a própria Deloitte, para dizer à FUNCEF se o
investimento da OAS prestava ou não. Isso é muito grave.
Isso é extremamente grave e isso foi feito de forma
acertada, no jeitinho como o celular indica, inclusive com as
suspeitas, trazidas pelas mensagens, de participação do Sr.
Jaques Wagner e do Sr. Jorge Hereda, ex-Presidente da
Caixa Econômica. (Palmas.) Sobre isso, o senhor gostaria
de dizer alguma coisa, Sr. Vaccari?
O SR. JOÃO VACCARI NETO - Vou me manter em silêncio.
Acerca da relação entre a OAS Empreendimentos e a
Bancoop, o Edifício Solaris (Ex-Mar Cantábrico), localizado na cidade do
Guarujá, no litoral paulista, foi transferido à construtora OAS
Empreendimentos por deliberação coletiva dos respectivos cooperados,
adotada em assembleia realizada em 27 de outubro de 2009 e
confirmada pela adesão individual de cada cooperado. Esse acordo
específico de transferência foi homologado pelo Poder Judiciário em 11
de novembro de 2009 (processo nº 1190/2009, do Setor de Conciliação do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo).
De acordo com o Balanço da OAS Empreendimentos
de 2010, o TAC previa que os cooperados deveriam arcar com a
diferença do valor pago para o valor de mercado do imóvel. Aqueles
que não concordassem receberiam o valor pago atualizados
monetariamente até a data do ressarcimento. Especificamente em
relação ao edifício Solaris, em 31 de dezembro de 2010, 59 titulares
haviam assinado o acordo com a OAS Empreendimentos e outros 25
estavam ainda em negociação. Não havia ainda nenhuma desistência
até aquela data.
O interesse direto de João Vaccari Neto na OAS
Empreendimentos explica sua possível interferência junto à FUNCEF para
que fosse aprovado o investimento de R$ 500 milhões no FIP OAS pois, a
despeito de todas as limitações legais e do enorme risco envolvido nessa
aplicação decorrente da situação financeira da OAS, o Sr. Vaccari já
havia contado com a referida companhia para solucionar e por fim à
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