RELATÓRIO FINAL

Relembra-se que o preço adotado foi R$ 14,48 e a
Previc já aponta um preço de R$ 13,77 como acima do coerente a ser
pago.
4.2. CVM
Sobre o Caso Itausa chegou a informação a esta
Comissão Parlamentar de Inquérito que há denúncia formal apresentada
perante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que instaurou o
procedimento RJ2015-10822.
Todavia, por se tratar de procedimento ainda em fase
instrutória e tramitar em sigilo em decorrência das informações e das
questões discutidas, não abordaremos os fatos debatidos naquela esfera
administrativa.
5 – Conclusão
De acordo com o demonstrado, fica evidente que
Petros pagou, baseando-se em duas premissas evidentemente falsas, um
preço acima do aceitável quando da compra das ações da ITAUSA
pertencentes à Camargo Corrêa gerando um prejuízo de R$422.498.564,00
milhões de reais, em valores não atualizados.
A primeira premissa equivocada, explícita nos
documentos API-031/2010 e API-043/2010, é que o valor da Itaúsa deveria
ser a soma dos seus ativos. Já ficou evidente, que essa diferença entre
soma de ativos e valor de mercado não é uma distorção e sim uma
característica economicamente fundamentada que não pode ser
simplesmente ignorada ou subestimada.
Petros se utiliza de outra falácia para justificar a
aquisição a valor acima do mercado das ações da Itausa, a que estaria
pagando um valor a mais devido a possibilidade de participação na
gestão da companhia. Relembra-se que a participação da Camargo
Corrêa, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas e com os
normativos da Itaúsa, não dão direito a indicação de conselheiro.
É inadmissível que os quadros funcionais: gerentes,
diretores, e conselheiros da Petros, que devem ser e são qualificados para
as respectivas funções, indiquem ou aprovem um investimento que
ultrapassa a cifra de R$ 3 bilhões de reais embasados em premissas de
precificação que são claramente inverídicas.
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