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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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O SR. HENRIQUE JÄGER - Não, não. Há empresas que<br />

com 10% você pode indicar. Não sei se era o caso da<br />

Itaúsa, mas há empresas que com 10% você já pode indicar.<br />

Nem o senhor Henrique Jäger nem os documentos da<br />

transação enviados pela Petros a esta CPI conseguem esclarecer em que<br />

circunstâncias se viabilizou a indicação do Sr. José Sergio Gabrielli para o<br />

conselho da Itaúsa. Não há qualquer acordo formal que garantisse essa<br />

vaga a Petros.<br />

Gabrielli é uma figura sabidamente ligada ao Partido<br />

dos Trabalhadores, ocupou o cargo de Secretário de Planejamento no<br />

Governo da Bahia, comandado pelo governador Rui Costa (PT), foi<br />

presidente da Petrobras de 2005 a 2012 e tem seu nome repetidamente<br />

citado pela mídia em notícias relacionadas a Operação Lava-Jato<br />

inclusive como suposto beneficiário de presentes de construtoras.<br />

Observa-se que, conforme confirmado pelo Sr.<br />

Henrique Jäger, a Petros aumentou sua participação na Itaúsa de forma a<br />

obter os 15% necessários para formalização de sua cadeira no Conselho<br />

de Administração da companhia mediante a compra de ações em bolsa.<br />

Tal participação só foi atingida em meados do ano de 2013, cerca de dois<br />

anos após a indicação ao conselho.<br />

É pertinente destacar o depoimento do Sr. Silvio<br />

Sinedino Pinheiro, presidente do Conselho Fiscal à época do investimento<br />

em Itaúsa, prestado a esta CPI:<br />

O SR. DEPUTADO MARCUS PESTANA - V.Sa. comentou<br />

alguns investimentos, observou que, durante o curso todo de<br />

sua participação na PETROS, não detectou, não encontrou<br />

nenhuma evidência de desvios e de operações fraudulentas;<br />

mas, na sua própria fala, V.Sa. foi muito crítico em relação a<br />

algumas decisões.<br />

Então, voltando à ITAUSA, o problema da ITAUSA - pareceme<br />

- não é tanto a qualidade do ativo, embora esteja certo o<br />

que V.Sa. apontou, a falta de liquidez pelo regime de<br />

funcionamento do grupo Itaú, que é um grupo fechado,<br />

blindado, para o controle familiar. Mas a qualidade do ativo...<br />

Não há nenhuma dúvida de que é uma empresa sólida. Mas<br />

o problema da questão da ITAUSA é o formato da operação:<br />

a compra de um bloco de ações de um determinado grupo,<br />

no caso o Grupo Camargo Corrêa. Só faz sentido comprar<br />

um bloco de ações, que pode até ter uma valoração superior<br />

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