RELATÓRIO FINAL

na precificação justificada na valorização do ativo? Além disso, a própria
Petros identificava um potencial de valorização dessas ações e usou-se
desse argumento a favor da realização do negócio, consta no API-
031/2010:
“Avaliamos a Itaúsa com recomendação de compra e preço
alvo de R$20,52, representando um potencial de valorização
de 64,5%, para o final de 2010”.
Ou seja, quando a previsão de valorização do ativo
começa a acontecer e o negócio começa a ficar mais vantajoso para a
Petros, seus dirigentes, sem nenhum motivo plausível, aceitam mudar as
condições do negócio para novamente este se tornar ruinoso.
Entende-se que a PN até seria mais adequada para
servir de base a precificação devido ao volume de negociações superior
e proximidade entre os preços. O novo período escolhido para apuração
da média (05/08/2010 – 02/12/2011), no entanto, mostrou-se prejudicial a
Petros. A tabela abaixo, elaborada a partir de dados da BM&FBOVESPA,
compara a média ponderada por volume das ações Itaúsa (ON e PN) nos
períodos de 24/03/2010 a 14/09/2010 e 05/08/2010 a 02/12/2011:
24/03/2010 - 14/09/2010 05/09/2010 - 02/12/2010
ITAÚSA PN 11,84 12,91
ITAÚSA ON 12,15 12,72
No API-031/2010 foi utilizada para embasar a
precificação a média das cotações ON no período de 24/03/2010 a
14/09/2010, no API-043-2010, a média das ações PN no período de
05/09/2010 a 02/12/2010. Nota-se que a Petros sempre elegeu a ação com
maior cotação média no período para embasar o preço.
(e) Desconto de Holding e prêmio de controle
Uma vez explicitado o prejuízo inerente da troca do
modelo de precificação, passemos a analisar o modelo de precificação
que veio a ser adotado para a compra e suas consequências.
A fórmula de precificação que veio a ser efetivamente
utilizada pela Petros equivale matematicamente a: Preço de Aquisição =
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