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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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Sua companhia, especializada em válvulas industriais e<br />

equipamentos para o setor de petróleo e gás, captou R$ 400<br />

milhões na Bovespa há quatro anos e hoje vale R$ 1,2<br />

bilhão. Entre seus principais sócios estão o fundo de pensão<br />

Petros, dos funcionários da Petrobras, e o BNDESpar,<br />

empresa de participações do BNDES.<br />

Na roda da fortuna do pré-sal, que promete colocar o País<br />

no panteão das grandes potências petrolíferas do mundo, a<br />

Lupatech tem posição privilegiada. Em um projeto de<br />

exploração de petróleo de R$ 20 bilhões, por exemplo, pode<br />

abocanhar de 2% a 4% para fornecer seus produtos. O<br />

dinheiro já está entrando. No dia 16, Perini anunciou um<br />

novo contrato com a Petrobras. Irá receber R$ 150 milhões<br />

para proteger internamente os tubos dos poços da estatal.<br />

Porém, as boas notícias terminam por aí.<br />

Um processo rumoroso que corre na Justiça do Rio Grande<br />

do Sul, ao qual DINHEIRO teve acesso, está causando<br />

problemas para o empresário. Em dezembro passado, sua<br />

holding familiar, a Lupapar, dona de 25% da Lupatech,<br />

sofreu uma penhora milionária de ações da controlada.<br />

Perini teve de entregar ações da empresa avaliadas em R$<br />

6,8 milhões, devido a um processo envolvendo uma antiga<br />

dívida pessoal, no valor de R$ 5,6 milhões.<br />

O bloqueio das ações foi feito em favor de uma empresa de<br />

cobrança, a Libro Companhia Securitizadora de Crédito<br />

Financeiro, de São Paulo. O caso teve origem em outros<br />

negócios da família Perini e tem todos os ingredientes<br />

de um escândalo de governança corporativa, com<br />

acusações de movimentação irregular de recursos e<br />

ocultação de patrimônio para fugir de credores.<br />

Tudo começou com um fracasso empresarial dos Perini no<br />

ramo agropecuário. No início da década, dois frigoríficos da<br />

família em Cuiabá faliram e deixaram um passivo de R$ 60<br />

milhões em valores da época. Entre os credores, estavam<br />

fazendeiros que deixaram de receber pelo abate de seus<br />

bois e bancos que haviam emprestado dinheiro para o<br />

negócio. Esse caso foi relatado em detalhes na edição 162<br />

da DINHEIRO, publicada em outubro de 2000. Desde então,<br />

os credores tentam receber os recursos na Justiça.<br />

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