RELATÓRIO FINAL

O SR. ALBERTO YOUSSEF - O ouvir dizer de mercado
sempre existiu, mas eu com ele, nunca tivemos essa
tratativa.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Efraim Filho) - E o do
mercado, quais eram as insinuações que saíam do
mercado?
O SR. ALBERTO YOUSSEF - Que o Vaccari era um dos
operadores de alguns fundos de pensão, no caso PETROS,
e pode ser que FUNCEF também. Mas, de ouvir dizer, não
posso lhe dar certeza disso e nunca tratei de assunto
nenhum com o Vaccari a respeito disso.”
Os termos de colaboração premiadas do Sr. Barusco e
os depoimentos do Sr. Carlos Alberto Pereira da Costa e do Sr. Alberto
Youseff indicam que João Vaccari Neto atuou influenciando Diretores da
Petrobras nos negócios daquela companhia em busca de vantagens
indevidas e indicam a possibilidade de ter influenciado da mesma forma
diretores da PETROS e da FUNCEF.
Vale lembrar que para constituir a Sete Brasil, como já
demonstrado, foi necessário captar investidores que dispunham de capital
bastante grande para investir, aceitassem mais facilmente o risco do
inédito e arrojado negócio de construção de sondas no Brasil e dessem
credibilidade ao projeto. Os idealizadores do projeto buscaram, então,
primeiramente os Fundos de Pensão, notadamente a PETROS e esta, nas
palavras de João Carlos de Medeiros Ferraz, “abriu um canal de
comunicação” com os demais Fundos de pensão. Dentre os Fundos de
Pensão, os que mais aportaram recursos no FIP Sondas foram justamente
PETROS e FUNCEF.
Dessa forma, não se pode desconsiderar a
possibilidade de João Vaccari Neto ter atuado de forma a influenciar as
decisões da PETROS e da FUNCEF de investir na Sete Brasil visando as
vantagens indevidas obtidas nos contratos daquela Companhia.
5 – Conclusão
Os depoimentos e documentos que compõem este
apuratório demonstram que os recursos aportados pelos Fundos de
Pensão na Sete Brasil, por meio do FIP Sondas, foram essenciais para iniciar
e levar a frente o projeto inédito e audacioso de construir sondas de
exploração e extração de petróleo na camada brasileira do pré-sal.
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