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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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do COMPERJ’ por JULIO CAMARGO, que comentou com<br />

PAULO ROBERTO COSTA e então foi feita licitação, de<br />

maneira que ‘naturalmente’ seria paga propina em favor de<br />

PAULO; QUE a propina era embutida dentro da formação da<br />

proposta de preços, no ‘item de planilha’ da empresa; QUE o<br />

pagamento de propinas e o seu volume intensificou-se com<br />

o aumento do faturamento da PETROBRAS, o aumento dos<br />

preços cobrados pelas empresas e a alta demanda da<br />

companhia; QUE em 2003 a Engenharia gerenciava e<br />

realizava por ano em torno de US$ 3 bilhões de dólares e,<br />

quando o declarante saiu da companhia em 2011, estava-se<br />

investindo US$ 3 bilhões de dólares por mês, sendo que a<br />

propina era proporcional, ‘é matemático isso’; (...)QUE<br />

RENATO DUQUE tinha uma proximidade muito grande, um<br />

contato ‘muito forte’ com JOÃO VACCARI; QUE DUQUE e<br />

VACCARI costumavam se encontrar no hotel Windsor<br />

Copacabana, no Rio de Janeiro/RJ, e no Meliá da Alameda<br />

Santos em São Paulo/SP; QUE VACCARI mantinha contato<br />

com RENATO DUQUE para saber do andamento dos<br />

contratos na PETROBRAS e tratar de contratos novos e, às<br />

vezes, o declarante participava a pedido de DUQUE, pois<br />

tinha as informações sobre os contratos, o andamento dos<br />

projetos e de licitações; QUE nesses encontros também era<br />

falado sobre o pagamento de propinas”<br />

Esse trecho é especialmente revelador. Primeiro<br />

informa que na Petrobras não era incomum “bolar” um projeto, fazer uma<br />

licitação e disso “naturalmente” se obter propina. Depois informa que<br />

João Vaccari cobrava de Renato Duque os andamentos dos contratos já<br />

firmados e tratava com ele sobre novos contratos, obviamente, em razão<br />

das propinas que rendiam, indicando que os negócios/contratos da<br />

Diretoria de Duque eram prospectados sob a supervisão de João Vaccari<br />

Neto.<br />

Ainda sobre o Sr. João Vaccari Neto, o Sr. Carlos<br />

Alberto Pereira da Costa e o Sr. Alberto Youseff, ambos investigados na<br />

Operação Lava Jato, declararam a esta CPI 229 :<br />

229<br />

Depoimentos prestados à CPI Fundos de Pensão em 27/10/2015. Disponível em: <<br />

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/parlamentar-deinquerito/55a-legislatura/cpi-fundos-de-pensao/documentos/notas-taquigraficas/nt271015-fnp-semrevisao<br />

> Acessado em: 21/03/2015.<br />

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