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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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maior custo dos financiamentos. Neste cenário mais<br />

pessimista, o retorno esperado é IPCA + 11%a.a.”<br />

Em que pese o memorando GPM-020/2012 ter citado<br />

atrasos na entrega das sondas como um dos fatores considerados para<br />

revisão da taxa de retorno, fica evidente que ele se refere a uma<br />

possibilidade de atraso quanto ao novo sistema, portanto, nada registra<br />

sobre os graves atrasos já conhecidos e aponta como principal razão<br />

dessa revisão a diminuição de captação financeira pela Sete Brasil por<br />

meio de dívidas subordinadas, com a consequente necessidade de se<br />

obter aproximadamente mais R$ 650 milhões por meio de seus acionistas.<br />

A variação demasiadamente alta entre o que foi<br />

planejado e o que estava sendo executado, em especial o aumento de<br />

70%, em apenas 5 meses, da necessidade de capital próprio da<br />

companhia, era um sinal claro já naquele momento de que as<br />

expectativas estavam muito, mas muito distantes da realidade do projeto<br />

e exigiam uma análise cautelosa do investimento. Porém, nada disso foi<br />

devidamente considerado pela PETROS.<br />

Por fim, importa dizer, também não foi feita qualquer<br />

análise sobre o risco que representava concentrar todo aquele valor num<br />

único fundo e sobre o risco que representava aquele investimento<br />

considerando os Recursos Garantidores dos Planos de Benefícios.<br />

Dessa forma, não existiu naqueles memorandos a<br />

cautela natural, a prudência exigida de qualquer investidor em não expor<br />

seus recursos de maneira temerária a elevados riscos.<br />

Os dois memorandos foram subscritos individualmente<br />

por Manuela Cristina Lemos Marçal, Gerente Executiva de Participações<br />

Mobiliárias, e foram encaminhados ao então Diretor de Investimentos da<br />

Petros, Sr. Carlos Fernando Costa, o qual, na condição de Relator na D.E.<br />

dos processos 218 de decisão sobre a subscrição de novas quotas no FIP<br />

Sondas, endossou as avaliações e recomendações daqueles<br />

memorandos e propôs à Diretoria Executiva a subscrição de novas quotas<br />

no valor final de R$ 1,042 bilhão, mantendo a sua participação em 19,21%<br />

no FIP Sondas.<br />

Impõe registrar que a PETROS possuía o entendimento<br />

de que R$ 150 milhões já estavam previamente aprovados para<br />

subscrição no FIP Sondas em razão de o Conselho Deliberativo ter<br />

autorizado em março de 2011 a subscrição de R$ 500 milhões e a Petros<br />

218 Processo DE-157/2012 de 21/03/2012, Ata nº 1889, e Processo DE-265/2012 de 27/04/2012, Ata nº<br />

1899.<br />

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