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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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aos mesmos riscos de atraso de entrada em operação das sondas, para<br />

os quais os mitigadores previstos, repita-se, já se mostravam ineficazes.<br />

Importa lembrar ainda que atrasos nas entregas das<br />

sondas representavam adiamentos das receitas da Sete Brasil, logo,<br />

prejudicavam a capacidade de pagamento das dívidas contraídas e<br />

influenciavam direta e negativamente no resultado da companhia, por<br />

consequência, também nos resultados dos seus investidores.<br />

Portanto, fica evidente, a DIRIN/GERIN não se restringiu<br />

a observar o limite estabelecido pela política de investimento da PREVI.<br />

Em que pese essa política ser um importante escudo contra a elevada<br />

exposição a riscos, ela não é e não pode ser a única defesa. Para alívio<br />

de seus beneficiários, a área técnica da PREVI foi além e identificou, com<br />

facilidade, outros fatores que elevavam o risco do negócio e decidiu por<br />

não recomendar qualquer nova subscrição de quotas no FIP Sondas.<br />

3.2. PETROS<br />

Diferente da PREVI, a PETROS decidiu subscrever novas<br />

quotas no FIP sondas e o fez subscrevendo mais R$ 1,042 bilhão e manteve<br />

a sua participação de 19,21% na composição do Fundo.<br />

A decisão da PETROS foi amparada por dois<br />

documentos da sua área técnica, respectivamente os memorandos GPM-<br />

013/2012, de 19/03/2012, e o GPM-020/2012, de 26/04/2012.<br />

Portanto, a PETROS, que desde outubro de 2011 –<br />

conforme revelou a PREVI na Nota DIRIN/GERIN-2011/093, de 17/11/2011,<br />

item 4.30 – sabia sobre o sério risco de o Estaleiro Atlântico Sul entregar as<br />

primeiras sondas além do prazo limite de 24 meses para atrasos, já sabia<br />

em março de 2012 que de fato o EAS ultrapassaria esse prazo, pois, em<br />

15/03/2012 já era pública a notícia 215 de que a Samsung, parceira que<br />

detinha a expertise e a tecnológica necessárias para construção das<br />

sondas, havia deixado a sociedade com o EAS sem que este sequer<br />

tivesse iniciado a construção da primeira sonda. Sabia, então, da mesma<br />

forma, que os mitigadores previstos para esse risco eram ineficazes.<br />

Mesmo assim, desprezando a cautela que o<br />

investimento exigia, sobretudo pelos fatos já conhecidos, novamente a<br />

PETROS não fez qualquer avaliação sobre os reais riscos do negócio e<br />

tomou como suficientes os riscos e os mitigadores desses riscos previstos<br />

215 Notícia do Valor Econômico de 15/03/2016 com o título “Samsung deixa o Estaleiro Atlântico Sul”.<br />

Disponível em: http://www.valor.com.br/empresas/2572894/samsung-deixa-o-estaleiro-atlantico-sul<br />

Acessado em 02/03/2016.<br />

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