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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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os operadores de perfuração, com quem dispunha de capital num<br />

volume bastante grande. Aí surgiu a Sete Brasil”.<br />

Desse modo, a condição essencial para atrair quem<br />

detinha a tecnologia e o conhecimento necessários para construir as<br />

sondas no Brasil foi diminuir a sua participação financeira e,<br />

consequentemente, o seu risco no negócio. Por isso, a necessidade de se<br />

criar a Sete Brasil para que fosse a provedora desse enorme capital e<br />

assumisse os riscos que os operadores não estavam dispostos a assumir.<br />

O modelo financeiro desenhado para o projeto previu<br />

que 20% dos recursos necessários seriam de capital próprio da Sete Brasil e<br />

os demais 80% seriam obtidos por financiamentos de bancos brasileiros,<br />

notadamente o BNDES, e bancos estrangeiros. Previu ainda que do capital<br />

próprio, a Petrobras participaria diretamente da companhia com 5% e o<br />

restante deveria ser captado junto a grandes investidores por meio do<br />

Fundo de Investimento em Participações Sondas – FIP Sondas.<br />

Logo, era condição essencial para todo o projeto a<br />

captação, por meio do FIP Sondas, de investidores que aceitassem mais<br />

facilmente o risco do inédito negócio e que dispunham de muito capital<br />

para investir, pois isso proporcionaria confiança para que outros<br />

investidores entrassem no projeto e, por consequência, para que bancos<br />

financiassem o negócio. Por isso, buscaram inicialmente os Fundos de<br />

Pensão. O Sr. Ferraz declarou sobre isso:<br />

“O SR. JOÃO CARLOS DE MEDEIROS FERRAZ – (...) O<br />

projeto prosseguiu em 2010 — eu ainda estava na<br />

PETROBRAS naquela época —, e eu, a nossa equipe e<br />

nossos assessores financeiros externos fomos, como se diz<br />

no mercado, fazer um road show. Nós fomos ao mercado<br />

oferecer a participação na sociedade, oferecer a investidores<br />

institucionais que viessem participar do projeto. O primeiro<br />

investidor que nós contatamos foi a PETROS, o que foi uma<br />

decisão natural, pois a PETROS é o fundo de pensão da<br />

PETROBRAS. A PETROBRAS tem uma relação muito<br />

próxima com a PETROS, e, através dessa relação, nós<br />

conseguimos uma reunião com o Diretor de Investimentos<br />

da PETROS na época, mostramos o projeto a ele, e ele<br />

achou bastante interessante, principalmente pela mitigação,<br />

pelo programa de mitigação de riscos que nós tínhamos,<br />

pela longevidade do projeto e pela expectativa de retorno<br />

que existia. Essa primeira reunião foi bastante frutífera, teve<br />

um bom resultado, e foi agendada uma série de outras<br />

reuniões com o grupo técnico da PETROS. A partir dessas<br />

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