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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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Estamos falando de unidades que custam, em termos de<br />

investimentos e de custo de construção, entre 600 e 800<br />

milhões de dólares cada uma; não estou falando só no<br />

Brasil, mas em qualquer lugar do mundo. Então, o custo de<br />

construção de cada unidade variava de 600 a 800 milhões<br />

de dólares, dependendo da especificação de cada unidade.<br />

Isso, multiplicado por 40, gerava um volume de dinheiro a<br />

ser investido de que esses prestadores de serviço não<br />

dispunham. Eles eram ótimos prestadores de serviço, tinham<br />

capacidade técnica de prestação de serviço muito boa, mas<br />

não tinham capital suficiente para assumir essa empreitada.<br />

Por outro lado, a PETROBRAS também não queria, ela<br />

mesma, construir essas unidades com recursos próprios.<br />

Nem isso era objeto da PETROBRAS, visto que a indústria<br />

não fazia isso. (...) Para construir essas unidades no Brasil,<br />

estaleiros internacionais, que detinham tecnologia para<br />

construção dessas sondas, tinham que trazer para o Brasil<br />

essa tecnologia, trazer o seu know-how e estabelecer filiais<br />

no Brasil. A PETROBRAS precisava convencer os<br />

prestadores de serviço tradicionais. Existem de 25 a 30<br />

prestadores de serviços de boa qualidade no mundo que<br />

operam em águas ultraprofundas. A PETROBRAS precisava<br />

convencer esses prestadores de serviço a também assumir<br />

a responsabilidade, o risco, de construir sondas pela<br />

primeira vez no Brasil. Diante do impasse que se<br />

estabeleceu, a solução encontrada foi a de unir quem sabia<br />

operar muito bem, que eram os operadores de perfuração,<br />

com quem dispunha de capital num volume bastante grande.<br />

Aí surgiu a Sete Brasil. A Sete Brasil nunca foi idealizada<br />

para ser uma operadora de perfuração. Ela foi idealizada<br />

para ser uma empresa de capital, uma empresa de<br />

investimentos, agregando uma série de investidores<br />

institucionais brasileiros e estrangeiros. Ou seja, era uma<br />

fornecedora de capital. A Sete Brasil, associada com<br />

operadores tradicionais de perfuração, iria criar joint<br />

ventures, estabelecer parcerias, sociedades, com esses<br />

operadores e explorar junto esses negócios.”<br />

Portanto, a PETROBRAS precisava convencer<br />

prestadores de serviços internacionais que dominavam essa tecnologia e<br />

possuíam o know-how a assumir “a responsabilidade, o risco, de construir<br />

sondas pela primeira vez no Brasil.” A solução encontrada foi, nas palavras<br />

do Sr. Ferraz, destaque-se, “unir quem sabia operar muito bem, que eram<br />

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