RELATÓRIO FINAL

CASO 9 - GRADIENTE: Funcef e Petros
1. Introdução: aspectos gerais do investimento
A Gradiente, fabricante de produtos eletrônicos,
iniciou programa de restruturação no ano de 2008 ao fim de reerguer a
marca e reinseri-la no mercado brasileiro.
Em dezembro de 2009, diante da grave crise financeira
em que se encontrava, a Gradiente apresentou um plano de
recuperação extrajudicial para pagamento de dívidas superiores a R$
380.000.000,00 (trezentos e oitenta milhões de reais) tendo o referido plano
sido homologado pelos credores em maio de 2010.
A tentativa de reinserção da marca “Gradiente” no
mercado foi implementada por meio da Companhia Brasileira de
Tecnologia Digital (CBTD), empresa criada para exercer suas atividades
comerciais através do uso da licença da marca "Gradiente" e do
arrendamento de ativos operacionais da IGB Eletrônica S.A. (atual
denominação da Gradiente Eletrônica S.A).
A CBTD recebeu recursos no montante total de R$
68.000.000,00 (sessenta e oito milhões de reais) por meio de emissão
privada de debêntures conversíveis em ações e participativas.
As debêntures, por sua vez, foram subscritas em abril
de 2011 e totalmente integralizadas (última tranche realizada em
30.06.2011) pelo Fundo de Investimento em Participações Enseada (“FIP
Enseada”), único debenturista.
1.1. Entidades envolvidas e processo de aquisição
O FIP Enseada – fundo de investimento que adquiriu a
totalidade das debêntures emitidas pela Companhia Brasileira de
Tecnologia Digital –, foi capitalizado e composto por quatro cotistas com
participações iguais de 25% (vinte e cinco por cento), conforme quadro
abaixo:
FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES ENSEADA:
25%
- Jabil do Brasil Indústria Eletroeletrônica Ltda., subsidiária Brasileira da Jabil
Circuit Inc. (multinacional americana líder na manufatura de produtos eletrônicos
com abrangência global);
25% - Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM);
25% - Fundação Petrobras de Seguridade Social (PETROS);
25% - Fundação dos Economiários Federais (FUNCEF).
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