RELATÓRIO FINAL

não houve tempo para exame detido do Auto de Infração e dos
Relatórios de Fiscalização que certamente contribuiriam para com o
esclarecimento dos fatos investigados.
4.2. Operação Lava-Jato
Inicialmente, cumpre notar que a FUNCEF, além de
investir no Caixa FIP Cevix e posteriormente no FIP Desenvix – Fundos de
Investimentos que tinham como companhias-alvo empresas controladas
pelo Grupo Engevix –, também realizou outro negócio milionário com o
referido grupo empresarial.
Em meados de 2010, a Funcef e o Grupo Engevix
adquiriram o estaleiro situado na cidade de Rio Grande-RS, pertencente à
empresa W Torre, num investimento que girou em torno de R$ 100 milhões.
Importante salientar que foi o referido estaleiro que seria posteriormente
utilizado pela Sete Brasil para construção das sondas contratadas junto à
Petrobras.
Todavia, no que interessa ao caso investigado por esta
Comissão Parlamentar de Inquérito, compete-nos salientar que em
depoimentos de colaboração premiada celebrados no interim da
Operação Lava Jato, a Engevix é citada pelos colaboradores como fonte
pagadora de propinas por contratos celebrados com à Petrobras e à Sete
Brasil.
Em ambos os casos, o Sr. João Vaccari Neto, à época
tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), é citado como beneficiário
de parte da mencionada propina paga pela Engevix, representada seu
ex-presidente Gerson Almada, por intermédio da empresa Jamp
Empreendimentos e Participações Ltda, de Milton Pascowitch.
‣ GERSON ALMADA, sócio e dirigente da Engevix, era
quem definia como o pagamento da propina seria feito: se
em doações oficiais ou pagamento por fora em espécie
diretamente ao ex-Tesoureiro do PT.
‣ MILTON PASCOWITCH era o interlocutor da Engevix
com a Petrobras e o PT, e viabilizava e operacionalizava o
pagamento de propina ao ex-Tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto.
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