RELATÓRIO FINAL

(...)
III – entidades abertas e fechadas de previdência
complementar;
A indústria de FIDCs brasileira apresentou relevante
crescimento nos últimos anos. Segundo dados da Comissão de Valores
Mobiliários, a soma do patrimônio líquido de tais fundos saltou de R$ 14,8
bilhões em dezembro de 2005 para R$ 53,3 bilhões em dezembro de 2014
(Anexo 9).
Tal crescimento funda-se no fato de os FIDCs
frequentemente mostrarem-se atrativos para as diversas partes envolvidas:
As empresas conseguem transformar seus
recebíveis em caixa a taxas mais vantajosas do que
aquelas usualmente oferecidas por instituições
financeiras;
As instituições financeiras utilizam-se de FIDCs
como forma de ajudar a manter seu balanço
equilibrado, cedendo recebíveis que, do contrário,
estariam em sua carteira própria;
Para os investidores, como as Empresas Fechadas
de Previdência Complementar, os FIDCs são
interessantes na medida em que a receita do fundo
(primordialmente os pagamentos efetuados pelos
devedores) é suficiente para cobrir seus custos,
principalmente com a aquisição dos direitos creditórios,
e com a remuneração dos prestadores de serviços, de
forma que o excedente proporcione uma
rentabilidade consideravelmente superior a aplicações
mais conservadoras;
Dessa forma, sob o ponto de vista dos investidores, é
essencial que o FIDC mantenha uma carteira de boa qualidade, assim
entendida como aquela com níveis de inadimplência baixos o bastante
para manter a rentabilidade compatível com os riscos envolvidos no
investimento.
Com esse objetivo, o fundo conta com uma série de
prestadores de serviço, sendo o principal deles o administrador que, por
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