RELATÓRIO FINAL

mantença da GAMA FILHO. Ocorre que a própria GALILEO
SPE foi criada com o objetivo de obter tais recursos, logo, por
que obter empréstimos no mercado geral?
Dos R$ 100 milhões arrecadados pela emissão de debêntures,
R$ 26 milhões seriam destinados apenas ao pagamento de
um “contrato de não concorrência” com os então
representantes da Sociedade GAMA FILHO. O estranhamento
da vultuosidade quanto ao valor diz respeito ao fato de que
em sendo a GAMA FILHO uma filantrópica, tal acordo parece
desnaturar tal qualificação.
O valor arrecadado com a emissão de debêntures deveria ser
utilizado na aquisição dos ativos da GAMA FILHO relacionados
aos Campi da Barra da Tijuca, Piedade e Centro. Tais terrenos
foram adquiridos?
Não foram analisados os Balanços da GALILEO por nenhum
fundo de pensão antes da realização do aporte.
A ata da 484ª Reunião do COMIN (POSTALIS), realizada em
13/04/2011, menciona: “O membro Ricardo Oliveira Azevedo
apresenta ao Comitê relatório de investimento em Debêntures
de SPE emitidos pela empresa GALILEO”. O referido relatório é
datado de 29/04/2011, posterior a realização da reunião.
O relatório de análise do investimento da POSTALIS é
excessivamente superficial e praticamente replica as
informações apresentadas pela própria GALILEO. Além disso,
tece conclusões controversas e sem fundamentos, como por
exemplo a questão acerca da solidez dos recebíveis. Não há
nenhuma análise objetiva dos riscos do negócio, o referido
relatório, na prática, serve apenas para cumprir uma
formalidade.
Na data de 28/10/2009, o Ministério da Educação recebe
denúncia a respeito do excesso de alunos na Universidade
Gama Filho e na data de 31/12/2010 o Ministério da
Educação através de despacho n.º 130/2010 – reduz a oferta
de vagas para no máximo 170 anuais. Cumpre destacar que
Sr. MÁRCIO ANDRÉ MENDES DA COSTA em sede de
questionamento no Ministério Público assegurou que o
Ministério de Educação somente notificou a universidade
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