RELATÓRIO FINAL

Os documentos que embasaram a aprovação do
investimento tanto no Postalis, quanto na Petros, procuraram criar um
cenário otimista e fictívio quanto ao risco/rentabilidade do investimento.
Todavia, a realidade era muito diferente daquela
apresentada pelo proponente do investimento aos Fundos de Pensão,
como apurado e apontado por esta Comissão Parlamentar de Inquérito
nesta oportunidade. Um dos fatores importantes que enseja nossa
assertiva é o fato inconteste de que a empresa-alvo do investimento já
apresentada a época saúde financeira debilitada, bem como a questão
de o investimento não possuir garantias adequadas.
O que de fato restou constatado foi a utilização de
argumentos inverídicos na “análise” realizada por ambos os Fundos de
Pensão, ao mesmo tempo que ignoraram fatos relevantes como a
estrutura societária da empresa e sua saúde financeira “desconhecida”
(os fundos não solicitaram nem se quer o balanço patrimonial das
empresas).
No Postalis o investimento foi aprovado no Comitê de
Investimentos antes mesmo da elaboração do “Relatório de Análise” do
investimento – que na verdade tem uma conotação mais descritiva do
que propriamente analítica, repita-se –, caracterizando assim mais um
indício da manipulação e temeridade da aquisição das debêntures.
Não bastasse, ambos os fundos e o agente fiduciário
permaneceram apáticos enquanto a situação financeira do Grupo
Galileo se agravava vertiginosamente e denúncias e investigações
apontavam para irregularidades dentro das universidades. Tal atitude só
seria possível caso os responsáveis por fiscalizar o investimento, fundos e
agente fiduciário, estivessem envolvidos.
Reforça o envolvimento de membros da Diretoria do
Postalis e de forma mais acentuada do Sr. Adilson Florêncio da Costa o
fato de o mesmo ter aprovado unilateralmente o investimento, posto que
dentro do valor de alçada que o cargo de Diretor Financeiro lhe conferia,
e num segundo momento, em 2012 depois de ter deixado o referido cargo
– por força de sanção aplicada pela Previc, frisa-se – foi indicado para
integrar o Conselho da Galileo.
Outros pontos controversos merecem destaque acerca
do Grupo Galileo e os agentes envolvidos nesse investimento:
O valor arrecadado com a emissão de debêntures deveria ser
utilizado no pagamento de empréstimos tomados pela
GALILEO EDUCACIONAL para amealhar a transferência de
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