24.07.2016 Views

RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

Relatorio-14-04-16

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

comportamento futuro. Com isso, a norma procura evitar o uso de<br />

premissas inadequadas sob pena da apuração de desequilíbrios.<br />

Caso todas as premissas utilizadas na previsão tenham<br />

o seu desempenho confirmado conforme o esperado, o plano<br />

permanece com o mesmo resultado atuarial do ano anterior. Porém esse<br />

fato é muito raro em virtude da quantidade de variáveis envolvidas nos<br />

cálculos, de sua volatilidade e do seu caráter de expectativa.<br />

Uma das premissas mais importantes utilizadas em<br />

projeções atuariais é a taxa de juros atuarial. Essa taxa serve basicamente<br />

para dois fins: o primeiro é calcular quanto é o montante do passivo<br />

atuarial do Plano de Benefícios na data-base; o segundo é definir a<br />

rentabilidade esperada para os investimentos do Plano. Em resumo, a taxa<br />

de juros atuarial é a taxa pela qual se processa o desconto dos fluxos de<br />

caixa futuros a valor presente e que também reflete a expectativa de<br />

rentabilidade dos investimentos.<br />

A taxa de juros atuarial é definida normalmente como<br />

sendo um percentual de rendimento real, ou seja, de rendimento além da<br />

inflação. Por isso é comum verificar taxas de juros atuariais definidas pela<br />

fórmula IPCA + 6% ao ano (Índice de Preços ao Consumidor Amplo mais<br />

seis pontos percentuais ao ano). Uma taxa como essa significa dizer que<br />

espera-se que o rendimento dos investimentos seja igual a seis pontos<br />

percentuais acima da inflação oficial, ou seja, que o ganho real (acima<br />

da inflação) dos investimentos seja de 6% ao ano.<br />

Ao final do exercício, a verificação de rendimentos<br />

inferiores a IPCA + 6% ao ano impactaria negativamente o resultado do<br />

plano, aumentando déficit ou diminuindo superávit. Por outro lado, a<br />

verificação de rendimentos superiores à taxa de juros atuarial impactaria<br />

positivamente o resultado do plano, reduzindo déficit ou aumentando<br />

superávit. Tanto o déficit quanto o superávit são considerados<br />

desequilíbrios para um Plano de Previdência.<br />

O mesmo efeito ocorre com relação às demais<br />

premissas atuariais: tábua de mortalidade, rotatividade, aumento real dos<br />

salários de contribuições entre outros. Caso ao final do exercício a<br />

previsão realizada nos cálculos atuariais não se confirmar, haveria impacto<br />

no resultado do plano, gerando desequilíbrios, seja déficit, seja superávit.<br />

A apuração de um déficit pode significar que as<br />

contribuições ao Plano estão abaixo do necessário ou que os benefícios<br />

estão acima dos suportáveis. Por outro lado, um superávit pode significar<br />

que as contribuições ao Plano estão excessivas, onerando em demasiado<br />

os participantes em relação aos benefícios previstos, sem necessidade.<br />

28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!