RELATÓRIO FINAL

econômica, biométrica, social e demográfica.
O cálculo atuarial difere do cálculo financeiro porque,
além de considerar o valor do dinheiro no tempo (aplicando taxas de
desconto ou de atualização de acordo com estimativas), também
considera outras premissas, tais como expectativa de vida, aumento real
dos salários, aumento real dos benefícios, rotatividade dos participantes,
entre outras.
O exemplo a seguir, apesar de simples, reflete um
pouco da distinção entre esses cálculos:
- Um homem deseja receber daqui a 5 anos o valor de R$ 1
mil. Quanto ele precisa contribuir a cada ano até lá?
Opção 1: Cálculo matemático. R$ 1.000 dividido por 5 anos
é igual a R$ 200 por ano;
Opção 2: Cálculo financeiro. Resulta do cálculo da opção 1
agregado pela taxa de desconto de 6% a.a. que é igual a R$
132,56 ao ano.
Opção 3: Cálculo Atuarial. Resulta do cálculo da opção 2
agregado pela aplicação de premissas, como, por exemplo,
tábua de mortalidade resultando em R$ 127,13 ao ano.
Do exemplo acima, verifica-se que a aplicação de
premissas atuariais reduz o valor das prestações anuais, pois leva em
conta, no exemplo, o risco de falecimento antes de receber o valor no
final do período de 5 anos. Além dessa premissa de mortalidade, os
cálculos atuariais em Fundos de Pensão envolvem diversas outras
premissas, como já mencionado.
As premissas são definidas a cada ano no para cálculo
do Plano de Custeio do ano subsequente. Assim, elas refletem uma
expectativa de como diversas variáveis irão se comportar no ano
seguinte.
Se por um lado a aplicação dessas premissas permite o
estabelecimento de parcelas de contribuições inferiores, por outro existe
um risco de que a premissa utilizada seja excessivamente otimista ou
pessimista, fatos que levariam a apuração de superávits ou déficits.
Atualmente, a legislação impõe que as premissas
utilizadas sejam aderentes, ou seja, sejam harmônicas em relação ao
desempenho recente das varáveis e ajustadas às expectativas do
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