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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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O Ministério Público recorreu da decisão para que o<br />

bloqueio dos bens seja ampliado para R$ 584,7 milhões, atingindo todas as<br />

pessoas e empresas mencionadas na ação. Asseverou que o montante<br />

indisponível deve garantir, em caso de condenação, não só o<br />

ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos, mas também o<br />

pagamento da multa de duas vezes o valor do dano. O recurso ainda não<br />

foi julgado.<br />

A ação civil pública tramita perante o juízo da 26ª<br />

Vara Cível Federal da Subseção Judiciária de São Paulo (processo nº<br />

0011479-76.2015.4.03.6100).<br />

Outrossim, há notícias de que existem investigações<br />

em curso na Polícia Federal e no Ministério Público Federal para apurar a<br />

possível prática de crimes relacionados aos investimentos ruinosos<br />

realizados pelo Postalis, incluindo o “Projeto Cajamar”.<br />

3.3. Diligências realizadas pela CPI<br />

Os representantes de associações dos beneficiários e<br />

os dirigentes do Postalis foram convocados a prestar depoimentos à<br />

Comissão, na condição de testemunhas, acerca deste e de outros<br />

investimentos malsucedidos realizados durante o período compreendido<br />

entre os anos de 2003 e 2015.<br />

Luiz Alberto Menezes Barreto, Presidente da<br />

Associação dos Profissionais dos Correios — ADCAP, foi ouvido no dia<br />

20.08.2015 e fez a seguinte denúncia acerca do investimento no imóvel<br />

em Cajamar/SP:<br />

“(...) A compra de Cajamar. Sim, nós temos conhecimento. A<br />

compra de Cajamar é um terreno que o POSTALIS comprou para<br />

construir um prédio para alugar para os Correios. Demorou muito<br />

a ser recebido, isso causou prejuízo para o Fundo, sim. Tá?<br />

Demorou muito, não sei por quais questões, se o Correio não<br />

queria receber, se faltava alguma coisa ou não faltava. Mas sobre<br />

isso os Diretores do POSTALIS têm que ser questionados aqui, os<br />

detalhes, e pedir os documentos desse, desse... O que a gente<br />

sabe é que foi constituída uma empresa chamada LATAM, na<br />

Austrália, 3 meses antes do negócio, e que o POSTALIS ia<br />

comprar por um valor e pagou quase 50 milhões a mais. É isso<br />

que a gente sabe. (...)” (ipsis litteris)<br />

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