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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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Valor envolvido: R$ 4.567.199,51 mil (taxa de administração<br />

paga entre janeiro de 2013 e julho de 2014 para o FIM ASM<br />

Carbono)”.<br />

O FIP Bioenergia, negócio extremamente deficitário,<br />

notabiliza-se pelo fato de possuir em sua gênese relatório de rating da LF<br />

Rating, a mesma agência que forneceu avaliação não obstativa de outro<br />

investimento deficitário, concernente ao Banco BVA, que levou a<br />

operação pelo Postalis, quatro dias antes de intervenção do Banco<br />

Central na referida instituição financeira.<br />

A LF Rating é mencionada na seguinte matéria<br />

jornalística, que tratou de denominado “shopping de rating”, quadro<br />

disfuncional que já ensejou reforma normativa no âmbito da Comissão de<br />

Valores Mobiliários (CVM), e início de processo modificativo legal no<br />

universo desta Casa Legislativa:<br />

“Empresas selecionam classificação que mensura risco<br />

de crédito mais favorável<br />

Agências de classificação de risco deram notas altas e<br />

consideraram “seguros” vários bancos brasileiros que<br />

quebraram recentemente.<br />

O Banco BVA, por exemplo, ganhava da classificadora<br />

LF Rating nota BBB (“moderada segurança”) quatro dias<br />

antes de sofrer intervenção do BC, em 19 de outubro.<br />

Da Austin Rating, o BVA ganhava nota BBB+ (“risco baixo”)<br />

menos de dois meses antes da intervenção.<br />

O mesmo ocorreu com bancos como o Cruzeiro do Sul, que<br />

foi liquidado em setembro com um rombo de R$ 3,1 bilhões,<br />

e o Panamericano, que sofreu intervenção em 9 de<br />

novembro de 2010.<br />

Tais notas afetam as empresas de duas formas. De um lado,<br />

investidores usam ratings para se guiar. Alguns fundos só<br />

aplicam em papéis tidos como seguros. De outro,<br />

financiadores avaliam o risco por meio delas: quanto menor<br />

a nota, mais caro fica tomar dinheiro emprestado.<br />

Com a chancela das agências de rating, fundos de pensão<br />

como a Petros, segundo maior do Brasil, podiam investir em<br />

papéis mais arriscados, que levavam o carimbo de<br />

“seguros”. A Petros tinha R$ 80 milhões em três fundos<br />

ligados ao BVA e aplicava em papéis do banco.<br />

SHOPPING DE RATING<br />

201

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