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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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Esses títulos foram comprados por quatro pessoas físicas<br />

(Eduardo Jorge Chame Saad, Fernando Teixeira de Mello, José de<br />

Vasconcellos e Silva e Olímpio Uchoa Vianna), que agiram por meio da<br />

empresa Estratégia Investimentos para obter as cotas em leilão. A<br />

Estratégia foi a única participante do leilão e comprou as cotas por R$ 135<br />

milhões, equivalentes a 24.716 contratos. No mesmo dia do leilão, a<br />

Estratégia vendeu parte dos contratos adquiridos no leilão por R$ 135,49<br />

milhões aos investidores. Entre janeiro e maio de 2005, os investidores<br />

venderam créditos para a Nominal DTVM que os repassou para o fundo<br />

ASM FIDC FCVS por um valor total de R$ 354 milhões. A primeira destas<br />

operações ocorreu ainda no mesmo dia do leilão, quando 4.596 contratos<br />

foram vendidos para a Nominal por R$ 142,2 milhões e em seguida<br />

repassados para o FDIC por R$ 142,36 milhões. Além destas operações, os<br />

investidores usaram parte dos créditos para adquirir cotas do ASM FIDC<br />

FCVS.<br />

Uma das medidas dos ganhos dos investidores é a<br />

diferença entre o valor atribuído aos créditos nas carteiras do fundo que<br />

teve cotas oferecidas em leilão e o valor dos mesmos créditos registrados<br />

no fundo comprador, o ASM FIDC FCVS. De acordo com a data escolhida<br />

e com o número de contratos, a variação chegou a superar os 400%.<br />

Eduardo Saad trabalhou com Antonio Mello no Banco<br />

Fleming Graphus. Os outros três compradores trabalhavam na empresa de<br />

consultoria financeira Talent. Antonio Mello citou que os 4 foram os<br />

estruturadores da operação. Eduardo Saad foi sócio de outro sócio de<br />

empresas do grupo ASM (Carlos Henrique Farias, sócio da ASM<br />

Management, tornou-se sócio de Eduardo Saad na Apya<br />

Empreendimentos em 2006, cujo capital social era de R$ 65 milhões).<br />

A ASM, por meio de duas empresas distintas (ASM Asset<br />

Management DTVM e ASM Administradora de Recursos Ltda.) assessorou o<br />

Estado do Rio de Janeiro no leilão, de um lado, e captou recursos dos<br />

fundos de pensão, de outro lado. Em síntese, ele participou da compra e<br />

da venda. Três fundos de pensões aplicaram R$ 135 milhões antes do leilão<br />

ser realizado, dentre eles o Postalis, que aplicou R$ 80 milhões. A soma das<br />

aplicações é exatamente o que as pessoas físicas pagaram no leilão. Os<br />

demais fundos de pensão entraram depois.<br />

Eduardo Saad não aportou qualquer dinheiro próprio,<br />

utilizando recursos aportados antecipadamente pelos fundos de pensão.<br />

O POSTALIS aportou R$ 80 milhões em dezembro, o CELOS (patrocinado<br />

pelas Centrais Elétricas de Santa Catarina) aplicou R$ 30 milhões também<br />

em dezembro e o REGIUS (patrocinado pelo Banco Regional de Brasília) R$<br />

25 milhões em janeiro.<br />

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