RELATÓRIO FINAL

(i) a LCA apresentou um valor baseado em fluxo de caixa
descontado para projetos que ainda estavam no papel, ou
seja, nem haviam sido iniciados ainda (continuam assim até
hoje), que são as usinas de Quissamã e Bom Jesus do
Itabapoana;
(ii) não considerou as debêntures emitidas pela Canabrava
Agrícola no valor de R$ 20 milhões;
(iii) Portanto, mesmo considerando as premissas pouco
confiáveis de receitas e despesas das empresas que
realmente existiam, no cenário intermediário da LCA, o
grupo valeria R$ 319,6 milhões. Isto representa menos de
metade do valor avaliado.
Para fazer duo diligence, a PETROS contratou a
empresa Santos Abreu e Britto Advogados. Essa empresa mostrou o
grande nível de endividamento do grupo Canabrava:
Até o momento não encontramos contingências relevantes
que possam ensejar um parecer negativo com respeito às
empresas do Grupo Canabrava, exceto pelos passivos
financeiros (vide seção de Contratos financeiros), passivo
imobiliário (vide planilha de saldo remanescente dos
contratos de arrendamento e parceria rural na seção
Contratos Financeiros) e passivos fiscais (vide Seção de
Aspectos Tributários), os quais montam um valor expressivo
e merecem ser avaliados com cautela por potenciais
investidores no FIP.
Ademais, é importante destacar que a falta de cumprimento
dos contratos de garantia das Debêntures de emissão da
Agrícola pode ensejar o vencimento antecipado da dívida,
sendo recomendada a imediata regularização do fluxo de
recursos dos recebíveis cedidos fiduciariamente.
O escritório Santos Abreu e Britto Advogados além de
listar uma dívida tributária de cerca e R$ 9,2 milhões, dívidas de CCIs,
debêntures e financiamentos agrícolas de R$ 200,9 milhões e R$ 33,2
milhões de dívidas de arrendamentos, afirmou que:
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