RELATÓRIO FINAL

obrigação de devolver esse valor, porque ele era um
administrador fiduciário. Tinha a garantia.
O SR. ADILSON FLORÊNCIO DA COSTA - É, ele teria,
porque ele não observou a legislação aplicável à época e,
por um ativo operacional ou não, isso acabou passando.
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - O senhor conheceu a
figura, a pessoa do Sr. Fabrízio Neves?
O SR. ADILSON FLORÊNCIO DA COSTA - Conheci.
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - Ele operou isso?
O SR. ADILSON FLORÊNCIO DA COSTA - Ele era o gestor
do fundo. Existia...
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - Qual era o fundo?
O SR. ADILSON FLORÊNCIO DA COSTA - Atlântica. A
gestora era a Atlântica. O Mellon era o administrador
fiduciário.
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - Como se deu essa
operação? Era um investimento em títulos da dívida pública
brasileira?
O SR. ADILSON FLORÊNCIO DA COSTA - Isso.
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - E como é que...
O SR. ADILSON FLORÊNCIO DA COSTA - Existe uma
regulamentação específica, Sr. Relator, que determina que
80% do valor aplicado nesse tipo de fundo têm que estar em
títulos públicos da União negociados no exterior, e que os
outros 20% podem ser livremente aplicados em qualquer
título no mercado mundial. No caso específico da Atlântica, a
opção por esses títulos de crédito privado era por notas
estruturadas. Na realidade, esse fundo, quando constituído,
tinha como objetivo unicamente ter uma carteira constituída
em dólar. A unidade era um fundo em dólar, que deveria se
comportar de acordo com a PTAX. Então, isso mostra,
inclusive, o acerto. Tinha uma lógica na definição dessa
estratégia, porque existia uma correlação negativa entre o
desempenho do dólar e o desempenho da bolsa. Então, um
equilibrava o outro. E assim ocorreu.
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - Certo, mas ele
transformou um título brasileiro ou ele comprou outros
títulos? Como ocorreu isso? Que títulos ele comprou?
O SR. ADILSON FLORÊNCIO DA COSTA - Isso ocorreu já
no final de 2011, salvo engano...
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - Na sua gestão?
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