RELATÓRIO FINAL

O SR. PRESIDENTE (Deputado Efraim Filho) - Isso de reais,
não de dólares?
O SR. ALEXEJ PREDTECHENSKY - É. De reais, de reais.
O SR. DEPUTADO MARCUS PESTANA - Numa operação
de hedge, para garantir... É um seguro quanto à flutuação
cambial. Mas era melhor fazer no Chase ou no Safra do que
fazer com o Dr. Fabrizio.
O SR. ALEXEJ PREDTECHENSKY - Não, na realidade nós
não estávamos fazendo com o Dr. Fabrizio. Nós estávamos
fazendo era com o Mellon. O Mellon era responsável pelos
seus gestores.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Efraim Filho) - Em alguns
artigos de imprensa, o Mellon chega a cogitar que teria
havido, por parte do POSTALIS, uma autorização direto com
o Fabrizio, passando por fora. Isso não procede, não é?
O SR. ALEXEJ PREDTECHENSKY - Primeiro, não procede.
Segundo, vamos até raciocinar por absurdo. O contrato que
o POSTALIS tinha era com o Mellon. O Mellon mandou uma
carta para o POSTALIS, e o contrato, é claro que o
POSTALIS não tem gerência sobre os gestores, a
responsabilidade é dele, o poder discricionário é dele.
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - O Mellon consultou o
POSTALIS?
O SR. ALEXEJ PREDTECHENSKY - Quem?
O SR. DEPUTADO SERGIO SOUZA - O Mellon chegou a
consultar o POSTALIS? O senhor disse que o Mellon
mandou uma carta ao POSTALIS?
O SR. PRESIDENTE (Deputado Efraim Filho) - Não
consultou, porque a alegação do Mellon, inclusive, é de que
desconhecia, que o Fabrizio fez a operação sem sequer o
conhecimento do Mellon.
O SR. ALEXEJ PREDTECHENSKY - Não, isso depois, né?
A carta que o Mellon mandou ao POSTALIS foi que, em
maio de 2010, a CVM abriu um processo administrativo
contra a Atlântica, que é a Latam, que era a empresa do
Fabrizio. Não se sabia o teor da investigação da CVM, mas,
por precaução, o Mellon mandou uma carta para nós, à
época, dizendo: “Olha, por precaução, nós não sabemos o
que está acontecendo, o fundo está congelado. O fundo está
congelado. Não mexe, só pode mexer com a assinatura de
ambas as partes.” Ele mandou essa carta, primeiro, por
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