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RELATÓRIO FINAL

Relatorio-14-04-16

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ATLÂNTICA REAL SOVEREIGN. Tais negociações foram identificadas no<br />

curso de fiscalizações de rotina realizadas na corretora norte-americana<br />

Latam Investments LLC (“LATAM”).<br />

Com base nessas informações, a CVM abriu<br />

investigação formal, decidindo por apresentar termo de acusação em<br />

desfavor das seguintes pessoas jurídicas e naturais: BNY MELLON DTVM e<br />

do seu então presidente JOSÉ CARLOS LOPES XAVIER DE OLIVEIRA, que era<br />

o responsável pela prestação de serviços de administração de carteiras<br />

de valores mobiliários à época dos fatos; ALEXEJ PREDTECHENSKY, expresidente<br />

do POSTALIS; e, também, FABRIZIO DULCETTI NEVES, ANDRÉ<br />

BARBIERI PERPÉTUO, CRISTIANO GIORGI MULLER CARIOBA ARNDT e<br />

LEANDRO ECKER, todos ligados à corretora ATLÂNTICA, que não foi<br />

incluída na acusação por já ter sido extinta.<br />

Conforme se apurou, mais de US$ 16 milhões foram<br />

desviados dos fundos de investimento BRASIL SOVEREIGN II e ATLÂNTICA<br />

REAL SOVEREIGN, por meio da triangulação na compra e venda de títulos<br />

privados.<br />

Segundo a CVM:<br />

A LATAM, corretora contratada pela gestora para realizar<br />

negócios em nome dos fundos nos Estados Unidos,<br />

comprava títulos que, logo em seguida, eram vendidos a<br />

determinados adquirentes que, por sua vez, imediatamente<br />

os revendiam aos fundos, por preço muito superior ao de<br />

compra.<br />

De forma mais grave, verificou-se que mais de 70% dos<br />

valores desviados envolveram a atuação de sociedades ligadas a pessoas<br />

relacionadas com a corretora ATLÂNTICA (gestora de referidos fundos) e<br />

do fundo de pensão POSTALIS, mais especificamente ao seu ex-presidente<br />

ALEXEJ PREDTECHENSKY.<br />

O modus operandi consistia na participação<br />

‘estratégica’ de tais sociedades na cadeia de negociação dos ativos,<br />

com o intencional propósito de inflar o valor dos títulos para, ao final,<br />

vendê-los por valor bem acima do mercado para os fundos BRASIL<br />

SOVEREIGN II e ATLÂNTICA REAL SOVEREIGN.<br />

Para se ter noção do grau de parasitismo das<br />

sociedades envolvidas, cumpre destacar que a FINRA constatou que 95%<br />

das receitas da corretora estadunidense LATAM foram obtidas a partir de<br />

operações dos fundos BRASIL SOVEREIGN II e ATLÂNTICA REAL<br />

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